RECITAL DE PIANO NO ECLB
ADIADO PARA O DIA 06 DE JULHO, ÀS 20H
Jornal fundado por Ésio Martins Bastos em 25 de dezembro de 1946 e dirigido por Luciano Augusto Bastos no período 2003-2011. E-mail: onortefluminense@hotmail.com
segunda-feira, 24 de junho de 2013
domingo, 23 de junho de 2013
domingo, 9 de junho de 2013
PLACA DE RUA DESRESPEITA COLÔNIA LIBANESA
A irresponsabilidade administrativa em relação às placas de rua não se limita, no caso de Bom Jesus, ao favorecimento da indústria de placas.
É a conclusão que qualquer pessoa passa a ter, quando olha para a placa de rua onde deveria constar três palavras: "República do Líbano". A prefeitura simplesmente trocou o nome, a seu bel prazer, e inseriu na placa duas palavras: "Republicano Libano".
"Rua República do Líbano" virou "Rua Republicano Líbano" |
O desrespeito com personalidades do município também está configurado em outras placas. É o caso do nome do 1o. prefeito de Bom Jesus, após a 2a. emancipação, José de Oliveira Borges. Na placa de rua, passou a ser nominado, como nunca fora antes: "José de O. Borges", sem alusão à palavra "rua".
O nome do 1o. prefeito da 2a. emancipação de Bom Jesus, José de Oliveira Borges, foi grafado, na placa, como José de O. Borges |
Outros dois nomes de rua também tiveram abreviação de nome, para não prejudicar a propaganda comercial: Ruas João Ferreira Soares e Joaquim Ferreira Ramos.
João Ferreira Joares, tornou-se "João F. Soares" |
Joaquim Ferreria Famos tornou-se "Joaquim F. Ramos" |
HOSPITAL: LUZES PARA O FUTURO E ESCÂNDALO DO PASSADO
Banco de Sangue irá viabilizar o funcionamento da UTI |
Em meio a notícias que apontam para a recuperação do Hospital São Vicente de Paulo, como a inauguração da Pediatria, o retorno do funcionamento do Banco de Sangue e da UTI, assim como a instalação de Clínica Psiquiátrica, uma sombra do passado atingiu literalmente o pátio do Hospital.
Pediatria deve ser inaugurada em breve |
Tal sombra se refere ao escândalo relativo à grande quantidade de material hospitalar que teve data de validade vencida nos anos de 2010 e 2012 e ficou depositada no interior do nosocômio desde então.
Não se trata de remédios e sim de material, em geral, de plástico, que, por este motivo, poderá ser utilizado, no máximo, em reciclagem.
Não se tem notícia das providências que o Conselho Deliberativo, órgão que fiscaliza os atos da direção do Hospital, teria tomado para apurar as responsabilidades.
A atual administração do Hospital aguarda parecer do setor jurídico para as providências pertinentes em relação ao destino a ser dado a este material hospitalar.
Grande quantidade de material hospitalar teve prazo de validade vencida nos anos de 2010 e 2012. |
O associado André Luiz tem liberdade para fiscalizar o Hospital |
VALIDADE VENCIDA EM 2010 E 2012
Vejam, abaixo, as informações constantes nas caixas indicando os prazos de validade do material hospitalar.
SOCIEDADE APOIA DIREÇÃO DO HOSPITAL
Colégio Estadual Feliciano Tardin manifestou apoio à direção do Centro Popular |
Não obstante o apontado escândalo e os grandes obstáculos que a direção do Hospital tem enfrentado, a transparência com que a mesma tem tratado os assuntos do nosocômio faz com que sociedade continue dando seu apoio e acreditando na recuperação do Hospital São Vicente de Paulo.
Da série Entrevistas de O Norte Fluminense
Maria Elisa Rezende Ribeiro, a dona Mariinha |
Maria Elisa Rezende Ribeiro, a dona Mariinha, nasceu no dia 06/11/1924, na Fazenda do Barro Branco, propriedade de seu avô, o Cel Luiz Vieira de Rezende, o 2o. prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, de janeiro a maio de 1892. Ex-aluna do Colégio Rio Branco, ali formou-se professora e trabalhou por vários anos.
O Cel Luiz Vieira de Rezende é oriundo de Laranjal (MG), enquanto sua esposa, Amélia Augusta Dias Lopes de Rezende, nasceu em São João Nepomuceno (MG) . Após as núpcias, o casal mudou-se para a Fazenda Boa Fortuna, em Calheiros.
Coronel Luiz Vieira de Rezende (acervo da Câmara Municipal de Bom Jesus do Itabapoana) |
O Cel Luiz Vieira de Rezende é oriundo de Laranjal (MG), enquanto sua esposa, Amélia Augusta Dias Lopes de Rezende, nasceu em São João Nepomuceno (MG) . Após as núpcias, o casal mudou-se para a Fazenda Boa Fortuna, em Calheiros.
Dona Mariinha é filha de Breno Vieira de Rezende e Lucília Bastos de Rezende. Deve-se registrar que a mãe de dona Mariinha, Lucília, é bisneta do alferes Francisco da Silva Pinto.
Eis a sua genealogia:
Lucília Bastos de Rezende e Breno Vieira de Rezende, pais de Mariinha |
Eis a sua genealogia:
Maria Elisa
Mãe: Lucília Figueiredo Bastos Rezende + Breno Vieira de Rezende
Avó: Virgilina Figueiredo Bastos (Nhazinha) + Ildefonso Garcia Bastos
Bisavó: Maria Madalena Pinto Figueiredo + Carlos Rodrigues Firmo
Trisavô: Francisco da Silva Pinto + Francisca de Paula Figueiredo
Dona Mariinha possui 9 irmãos: Luís (falecido), Moacir (falecido), Alzira, Dirce, Hilda (falecida), Renato, Antônio Carlos (falecido), Marina e Célia.
Foi casada com Modesto Moraes Ribeiro e teve convívio intenso com a mãe deste, Francisca Moraes Ribeiro, conhecida como "Doninha", esposa de Francisco Alves Ribeiro de Aquino, o "Chichico das Areias", proprietário da Fazenda das Areias, e neto do Barão de Aquino.
Doninha e Regina |
Foi Doninha quem relatou a dona Mariinha muitos fatos sobre a vida de Chichico das Areias. A mãe deste, Elsa Cândida de Aquino, filha do Barão de Aquino, faleceu quando Chichico contava com 6 meses de idade. Por este motivo, o pai de Chichico, o capitão Modesto Ribeiro, resolveu mudar-se para a fazenda Santa Rita, localizada em Natividade (RJ), trazendo seus dois filhos: Chichico e José.
Foi Preta Eva quem criou Chichico das Areias. Este tornou-se proprietário da Fazenda das Areias quando se tornou maior de idade, com o apoio de seu pai e de parte da herança recebida. A máquina de café da fazenda foi nominada "Eva", por conta da estima de Chichico pela ama de leite.
"O pai de Chichico relacionou-se com Eva, nascendo daí o mulato Josino. Posteriormente, o Capitão Modesto casou-se em Carangola (MG), com dona Carola, tendo um filho de nome Edmundo", diz dona Mariinha.
"O pai de Chichico relacionou-se com Eva, nascendo daí o mulato Josino. Posteriormente, o Capitão Modesto casou-se em Carangola (MG), com dona Carola, tendo um filho de nome Edmundo", diz dona Mariinha.
Chichico das Areias casou-se com Doninha quando contava com 28 anos de idade. Doninha era filha de João Catarina, proprietário da Fazenda do Bonito, que se dedicava principalmente à criação de gado.
O casal ateve 10 filhos: Irma, Alice, Vera, Elisa, Ercília, Maria Teresa, Ceni, Zezé, Modesto e Francisca.
Dona Mariinha se recorda da Fazenda das Areias: " havia máquinas de café, de arroz e para debulhar milho. Recordo-me de 3 grandes tachos utilizados para se fazer açúcar, assim como do engenho de serra, empregado para serrar madeiras. Havia, também, um grande alojamento para os empregados".
A partir da esquerda: Edmundo (irmão de Chichico), José Seródio, Nido, Djalma, Alice, Modesto, Chichico,Tira Couro e Zezé |
"Por volta das 3h, o café estava pronto com broa para os empregados. Recordo-me de três: Tiracouro, José Messias e José Macaco. As mulheres iam também para a roça colher café em Pedra Branca e Tijuco Preto. Cerca de 4 tropas, consistindo de 10 a 12 burros cada uma, e dois tropeiros, saíam para as plantações de café, que se localizavam longe da sede da fazenda, retornando por volta das 16h. Às 14h era servida a janta, e, às 19h, Doninha oferecia uma ceia a todos", lembra Mariinha.
Doninha faleceu com 64 aos de idade e, por este motivo, Chichio das Areias resolveu mudar-se para Bom Jesus do Itabapoana, onde faleceu. Em seu inventário, objetivando preservar a Fazenda das Areias, estabeleceu que a mesma não poderia ser vendida pelos herdeiros, assim como os dois alqueires ao redor da mesma.
Doninha e irmãos. Em pé: Tavico, Teresinha, Amélia e Nido. Sentadas: Otelina e Doninha, em seu último aniversário |
Mariinha e Modesto |
Fazenda das Areias, no distrito de Pirapetinga de Bom Jesus... |
...e o outrora quarto de Chichio das Areias e Doninha |
Fazenda das Areias em sua época áurea |