quinta-feira, 31 de agosto de 2017

AMANHÃ: OS 86 ANOS DE ISMAEL BORGES DE ALVARENGA



 
                                                Ismael Borges de Alvarenga





  Ismael Borges de Alvarenga nasceu em Barra do Pirapetinga no dia 1º/09/1931. Filho de Otto Leite de Alvarenga e Maria Borges de Alvarenga, teve 8 irmãos: Daniel (falecido), Nair, Messias (falecido), Teresa, Noêmia, Luiz, Izaias e José.


Fazenda da Braúna em foto de 1940. Na parte de cima, Célia Alvarenga, prima de Ismael


Ainda criança, com cerca de nove anos, foi morar em Braúna, onde seu avô, Felicíssimo Leite Alvarenga - nascido em Miraí (MG) -  e sua avó Albertina Pereira Alvarenga - nascida em Cataguases  (MG) - possuíam uma fazenda. Nessa fazenda, acordava às 5 hroas, "fazia sol ou chuva", para ajudar seu pai nos afazeres do campo, como, por exemplo, no engenho de cana-e-açúcar, puxando cavalo para mover o mesmo, fazendo açúcar e rapadura, além de trabalhar na ordenha das vacas.

Ismael trabalhou ainda na fábrica de manteiga, fundada em 1910 por seu avô, Messias Borges Ribeiro. Com o falecimento deste, passou a trabalhar com seu tio Antônio José Borges, que assumiu a direção da fábrica.


 Fazenda da Barra, em 1948. À direita, a Fábrica de Manteiga fundada em 1910


                                                      Ismael com 22 anos de idade


Bodas de Ferro dos pais de Ismael, no Abrigo dos Velhos, em 1992, celebrada por Pe. Francisco


Ismael reconhece que o fato de ter começado a trabalhar cedo, acabou trazendo um certo prejuízo à sua infância e a seus estudos, uma vez que a escola era longe e de difícil acesso. Antes de completar 18 anos, contudo, mudou-se para Bom Jesus, para prestar o serviço militar, indo morar na casa do seu irmão Daniel.

Sua intenção era fazer o serviço militar e trabalhar. Por ter pouco estudo e ser muito franzino, os obstáculos se avolumavam.

Mas Ismael possuía persistência e garra, e foi com essas qualidades que conseguiu um serviço na Empresa Brasil, trabalhando como frentista e lavador de carros. " Não foi nada fácil, também", exclama Ismael, que aponta que "Aurélio Sueth foi praticamente o meu anjo da guarda, me ajudou muito. Ele era contador da Empresa Brasil. Sabedor da minha pouca escolaridade e do meu enorme esforço, foi até à Gráfica Gutenberg e comprou uns cadernos para fazer caligrafia e contas. Com muita dedicação, fui melhorando meu modo de escrever".

Com o passar do tempo, e vendo o esforço de Ismael, Aurélio acabou promovendo-o para trabalhar no escritório da empresa, conferindo talões. Depois, trabalhou como trocador de ônibus. Ismael diz ser sempre grato a "Aurélio Sueth e Ademar Dias".

Sua fama de rapaz esforçado e trabalhador foi correndo de boca-a-boca.

Ismael foi apresentado, certo dia, a José Bastos ("um grande empreendeor, diga-se de passagem"), que fez a ele uma proposta irresistível na época. Mas, Nanadir, Alair e Toninho, da Empresa Brasil, quando souberam da situação chamou-o para conversar, pois não queriam que ele saísse da empresa, propondo-lhe um aumento de salário.

Dona Rosinha Tatagiba também chamou-o em particular pedindo que não saísse da empresa. Ela disse:  "Ismael, não saia, nós gostamos muito de você! Eu gostaria de saber quanto você quer ganhar para continuar conosco. Recordo-me que ela era muito carinhosa e atenciosa. Ela sempre me oferecia um saboroso lanche e tinha sempre uma palavra amiga! Isso não tem dinheiro que pague", diz Ismael.

Continua ele: "Meu pai sempre falava: gratidão custa pouco, mas vale muito! O tempo foi passando e, no dia 1o. de agosto de 1951, fui contratado por José Bastos Borges, passando a ser o primeiro empregado com carteira assinada das Organizações Borges". Quando a sociedade completou 70 anos, no ano passado, o Varejão entregou a Ismael uma placa de "agradecimento pela dedicação e exemplo". Segundo Ismael, "José Bastos era um homem visionário, foi o meu grande amigo. Aquele foi um período de muita aprendizagem ".

Como tudo na vida passa, seu irmão Daniel comprou um armazém e chamou-o para trabalhar com ele. Assim, trabalhou com seu irmão por três anos. Por fim, resolveu trabalhar por conta própria. "Foram outros tempos difíceis", ressalta Ismael, que comprou uma máquina de pilar arroz, mas não pôde dar prosseguimento a essa atividade pois era muito alérgico. Montou, então, uma fábrica de sabão que também não teve êxito. Como bom brasileiro, contudo, Ismael não desistia, não entregava os pontos à toa.

Um dia, resolveu procurar Geraldo do Anísio, seu afilhado de casamento, para trocar umas ideias com. "A partir desta conversa, ele sugeriu que eu fosse trabalhar com jóias, comercializando-as. Ubiracy, seu concunhado, comentou com seu irmão Jacy sobre sua nova atividade comercial e este lhe disse:  'Vou lhe dar um caratão do sr. Victor, um comerciante judeu, do Rio de Janeiro. Você o procura e usa o meu nome'". E assim fez. Ismael foi com s cara e coragem. Ficou maravilhado com tantas jóias bonitas e com a atenção recebida. "Sou muito grato ao Jacy por isso! Vendi jóias por um bom tempo, mas, depois, acabou se tornando uma atividade de alto risco e resolvi parar".

Posteriormente, prestou prova para se tornar corretor de imóveis. Foi aprovado e está nesta profissão há 38 anos, atuando, agora, com seu filho Ismael Júnior.

Durante esses anos de corretor de imóveis, paralelo a esta atividade, fez parte da direção do Hospital São Vicente de Paulo a partir de 1982, e é com muito orgulho que fala sobre o mesmo: "É como se fosse uma extensão de meu lar. Lá fiz muitos amigos, e, em especial, Moacyr Valinho, que foi o gerente,  e Maria Helena, responsável pelo setor de hotelaria. Ismael se recorda, também, dos médicos Dr Jota e Dr. Aloísio Iran, assim comos dos dirigentes do Centro Popular, Carlos Borges Garcia, Aurélio Damião, Quintino Carlos Vieira e Álvaro Moreira".

Quando Ismael assumiu a direção do Hospital, "o São Vicente não devia a ninguém, mas também não possuía crédito.Filinho da Caixa D'água era o único que vendia medicamentos para o Hospital. Ocorre que o Governo Federal destinou milhares de consultas, enquanto o Governo Estadual liberou centenas de AIHs. Darcy Coutinho, como secretário, e Paulinho Bousquet, na tesouraria, foram peças fundamentais para o Hospital, assim como o dr. Davson de Oliveira, diretor da área técnica. O Secretário Municipal de Saúde, dr. Agostinho Boechat, teve atuação determinante junto à Secretaria Estadual. Além disso, a Fundação Banco do Brasil, com o apoio de Cleber Coimbra, forneceu ao Hospital quase todos os equipamentos necessários. A UTI e a frente do Hospital foram construídos com recursos do próprio São Vicente de Paulo", assinala Ismael.


Com o apoio da população e dos governos das esferas  federal, estadual e municipal, o Hospital passou a ser referência na região.

Hoje, Ismael fica extremamente triste ao ver a situação do Hospital, "que foi um orgulho para nós bonjesuenses".

Em 1990, foi eleito vereador, realizando atuação importante em favor da sociedade, em especial na defesa do Abrigo José Lima, através do Centro Social Coração de Maria.

Ao final da entrevista, Ismael agradeceu "a Deus, por minha família, meus amigos e pela minha vida. Eu sempre falo que a minha infância foi muito sofrida, mas o principal não faltou, que foi o carinho dos meus pais e muita espiritualidade e respeito. Agradeço também à minha esposa Zélia, pessoa exemplar, trabalhadora e dedicada. Agradeço aos meus filhos Isamel Júnior, Claudia e Maria Lúcia, assim como a meus genros Adyr, Paulo César e a minha nora Irma Carla. Agradeço aos meus queridos netos: Paula, Natália, Laís, Marina, Aline, Luísa, Hugo e Pedro. Agradeço, por fim, a todos os meus inúmeros amigos, a quem envio o meu grande abraço".

A sociedade bonjesuense, contudo, é que é grata a Ismael Borges pelos inúmeros serviços a ela prestados e pelo exemplo de vida que dá às novas gerações.


                                Homenagem do Varejão a Ismael: Ouro da Casa


O NORTE FLUMINENSE PARABENIZA ISMAEL BORGES DE ALVARENGA, DESEJANDO-LHE MUITOS ANOS DE VIDA!

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

FAZENDA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA É ATRAÇÃO EM SÃO JOSÉ DO CALÇADO (ES)





O empresário bonjesuense conhecido como Elias Joias está restaurando a sede da antiga Fazenda da Memória, em São José do Calçado.

Além disso, construiu uma capela inspirada no século XVIII em honra a Nossa Senhora de Fátima. "A capacidade da capela é de cerca de 15 pessoas. Estou mudando o nome da Fazenda, por causa de minha devoção à Nossa Senhora", afirmou ele, que ainda está realizando obras para a finalização do seu projeto.










terça-feira, 29 de agosto de 2017

BOM JESUS DO NORTE SE DESPEDE DO CIRCUITO CULTURAL COM ALEGRIA E ESPERANÇA EM DIAS MELHORES






Pode-se dizer que a noite do dia 28 de agosto, no Quiosque Ponto de Encontro, localizado na Praça Astolpho Lobo, em Bom Jesus do Norte (ES), constituiu-se em um momento mágico que entrelaçou alegria e esperança em dias melhores.

Com efeito, por ocasião do encerramento das atividades do 8º Circuito Cultural Arte Entre Povos - organizada por Toninho Gualhano com o apoio da comunidade - foi possível verificar a grandeza do evento, através dos trabalhos desenvolvidos especialmente pelos jovens que participaram das oficinas de artes plásticas, cerâmica, aproveitamento de material reciclável, contação de histórias e documentário.

O renomado artista plástico cubano Francisco Rivero orientou a produção artística de seus pupilos, fazendo com que possamos vislumbrar o aparecimento de vários artistas plásticos norte bonjesuenses.

A artesã Edilene Peris, com sua habilidade na cerâmica, propiciou que muitos jovens tenham as condições de se devotar à atividade, como meio de expressão artística, ou na confecção de artesanato para fins de fonte de renda.

A artista plástica Eunice Caldas ministrou oficinas de aproveitamento de material reciclável, estimulando os jovens a ter um olhar aprimorado para o mundo que nos cerca, e capacitando-os para a criação de um artesanato qualificado.

A escritora Neusa Jordem, por sua vez, através das oficinas de contação de histórias, arrebatou o público com o seu dom de comunicação, despertando nos jovens a capacidade da poesia e o interesse na literatura, o alimento da alma.

Já os aclamados cineastas Phillip Johnston e Rocío Salazar trouxeram toda a experiência para despertar nos jovens a capacidade de serem agentes na construção de uma nova linguagem através das imagens, potencializando o despertar da formação de novos cineastas.

Ocorreu, também, nesta memorável noite, uma pequena Feira de Artesanato, a respeito da qual um das expositoras salientou, no final: "vendi, aqui, mais do que vendi na Feira do Merco Noroeste em Itaperuna". Esta, realmente, é outra vertente de um ambiente cultural, onde o público participante tem anseio por produtos artísticos. Outra pequena Feira de Livros também proporcionou a venda de várias obras trazidas por Neusa Jordem.

Toninho Gualhano e a comunidade de Bom Jesus do Norte deram, dentro do 8º Circuito Cultural Arte Entre Povos - organizado nacionalmente pelo Centro Cultural Maria Beatriz, de Laje do Muriaé (RJ) - uma bela demonstração de que a sociedade anseia por arte e cultura, instrumentos de construção de uma sociedade humana.


Toninho Gualhano e os artistas do Circuito Cultural

Jailton da Penha entregou o certificado à artista plástica Eunice Caldas

Francisco Rivero e as novas artistas plásticas de Bom Jesus do Norte


Colégio Estadual Horácio Plínio recebeu oficina de documentário, na manhã do dia 28 de agosto


     Centro Educacional Rosa de Souza Pereira recebeu oficinas de cerâmica, aproveitamento de material reciclável e contação de histórias no dia 28 de agosto

O trabalho dos alunos do Centro Educacional Rosa de Souza Pereira foi exposto na Feira de Artesanato

Livros tiveram grande procura























segunda-feira, 28 de agosto de 2017

CONVITE PARA O ENCERRAMENTO DO CIRCUITO CULTURAL EM BOM JESUS DO NORTE (ES)



CONVITE !!!!

Hoje, às 19h30min, no Quiosque Ponto de Encontro, na Praça da Igreja São Geraldo, encerramento do 8º Circuito Cultural Arte Entre Povos, com muitas atrações: exposição de lindas peças feitas pelos participantes durante as oficinas; feira de artesanato; cinema; música e apresentação de Contação de História, além de pinturas de arte.

Vamos prestigiar, participe!

Antônio Gualhano
Organizador local do Circuito Cultural


domingo, 27 de agosto de 2017

"CIRCUITO CULTURAL É OPORTUNIDADE DE RESGATARMOS A ESPERANÇA", DIZ ORGANIZADOR EM BOM JESUS DO NORTE (ES)



Neusa Jordem e a oficina de Contação de Histórias, no Salão Paroquial

Passados três dias do Circuito Cultural em Bom Jesus do Norte, no sul capixaba, e com atividades ainda a serem realizadas amanhã, quando o evento se encerrará no Quiosque Ponto de Encontro (na Praça Astolpho Lobo) - conferir programação no final - o organizador Toninho Gualhano já realiza uma avaliação do que foram estes dias de intensa atividade cultural no município. 

Diz ele: "Penso que o 8º Circuito Cultural Arte entre Povos, que pela primeira vez vem a Bom Jesus do Norte, está sendo uma ótima oportunidade para nós, de resgatarmos a esperança, num momento de desafios.
A primeira impressão é que a comunidade acreditou que é possível sair da situação atual através da organização e da descoberta do potencial que cada um tem. 
A arte e a cultura têm essa capacidade de levar as pessoas a descobrirem que elas são importantes e capazes de produzir e de realizar seus sonhos.
Vi a satisfação nas pessoas que estão participando, uma energia, uma alegria, dizendo: 'eu sou capaz, eu consigo, eu posso'.
Tenho que agradecer à Maria Beatriz, do CCMB (Centro Cultural Maria Beatriz), de Laje do Muriaé (RJ), que nos propôs esse projeto, bem como aos artistas oficineiros que aderiram e, com carinho, competência, idealismo e amor contribuem para levar a esperança às pessoas
".

Com efeito, Ana Luzia Ferreira Dutra, que participou da oficina com a artista plástica Eunice Caldas, disse: " foi tudo maravilhoso! Aprendi muito. Vou poder aplicar o que aprendi com meus alunos. A artista é muito competente". Paulo Sérgio da Silva Braga, que participou da mesma oficina, salientou, por sua vez: "gostei muito. Eu queria que muitas outras pessoas pudessem estar aqui. Vou usar com meu neto o que aprendi aqui".


Edilene Peris e a oficina de cerâmica, no Colégio Estadual Horácio Plínio


Francisco Rivero e a oficina de artes plásticas, no Salão Paroquial


Eunice Caldas e a oficina de aproveitamento de material reciclável, no Salão da Associação Santo Antônio

Edilene Peris e a oficina de cerâmica, no Salão da Associação Santo Antônio
Toninho Gualhano, organizador do Circuito Cultural em Bom Jesus do Norte: "Vi a satisfação nas pessoas que estão participando, uma energia, uma alegria, dizendo: 'eu sou capaz, eu consigo, eu posso' ".




Circuiteiros se confraternizaram na casa do sr. Edalmo e dona Lourdes, onde ocorreu a comemoração do Dia dos Catequistas


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

ENTUSIASMO NO CIRCUITO CULTURAL EM BOM JESUS DO NORTE (ES)



Colégio Estadual Horácio Plínio acolheu oficinas do Circuito Cultural Arte Entre Povos

Entusiasmo foi o que se viu, hoje, no início do Circuito Cultural Arte Entre Povos em Bom Jesus do Norte (ES), cujo organizador é Toninho Gualhano e conta com o apoio da comunidade.

Pela manhã, foram ministradas oficinas de cerâmica, com Edilene Peris, e de aproveitamento de material reciclável, com a artista plástica Eunice Caldas.

Agora, à noite, ocorreu a concorrida oficina de contação de histórias no salão paroquial, com a escritora capixaba Neusa Jordem.

As oficinas prosseguem amanhã, conforme programação abaixo.

Na segunda-feira, à noite, no Quiosque Ponto de Encontro, na Praça Astolpho Lobo, haverá exposição dos trabalhos dos alunos e feira de artesanato.


Toninho Gualhano fez a apresentação do Circuito Cultural


TV Sul Capixaba esteve presente à abertura do Circuito Cultural

Vejam fotos da oficina de cerâmica.