Jornal fundado por Ésio Martins Bastos em 25 de dezembro de 1946 e dirigido por Luciano Augusto Bastos no período 2003-2011. E-mail: onortefluminense@hotmail.com
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
Notícia de O Norte Fluminense repercute em Portugal
Notícia de O Norte Fluminense sobre o resgate de Pe Mello, por ocasião da Festa do Cristo Rei em nosso município, repercutiu em Portugal, através do site "Azores Today".
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Da Série Famílias Tradicionais: ALÍPIO GARCIA DE CAMPOS E CARMOSINA BORGES DE CAMPOS
terça-feira, 28 de novembro de 2017
Bordados se destacam no projeto "Desenvolvendo Talentos"
Bordados encantaram no projeto "Desenvolvendo Talentos" |
Ocorreu, hoje, no Centro Educacional Rosa de Souza Pereira, dirigido pela Madre Virgínia Alves, em Bom Jesus do Norte (ES), um momento festivo onde os alunos mostraram suas habilidades, dentro do projeto "Desenvolvendo Talentos".
Uma das aptidões que se destacaram foi o bordado realizado por um grupo de estudantes conhecido como Meninas Arteiras, e que tem como orientadora a professora Gisele Magalhães. As estudantes realizaram uma pequena história através dos bordados, que encantou a todos. As oficinas ocorrem todas as quintas feiras no contraturno das aulas.
O Centro Educacional Rosa de Souza é referência de educandário comprometido com a formação integral da criança.
Fotos: André Luiz de Oliveira
Cerâmica foi uma das atividades realizadas pelos alunos |
Madre Virgínia Alves e Gisele Magalhães |
Centro Educacional Rosa de Souza Pereira: um mundo diferente é possível |
O Carisma Vicentino em Bom Jesus do Itabapoana
Neste ano, estão sendo comemorados os 400 anos do Carisma Vicentino.
A Vila Vicentina, em nossa cidade, é um fruto deste Carisma.
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Encanto na comemoração do Dia de Nossa Senhora das Graças
A celebração pelo Dia de Nossa Senhora das Graças, em Varre-Sai (RJ), foi permeada pelo encanto. A solenidade foi presidida pelo Bispo Dom Fernando Arêas Rifan.
Assistam ao gênio musical do bonjesuense Beto Travassos
O poeta, escritor, músico, compositor, arranjador e instrumentista Beto Travassos lançou, na noite do dia 19 de outubro, no ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos), o seu primeiro livro: "ALMA & POESIA", que constituiu o 7º Volume da Coleção Literatura Bonjesuense, lançado pela Editora O Norte Fluminense.
O evento, recheado de fortes emoções, contou com declamações da consagrada poetisa Vera Viana e de amigos como Adilson Figueiredo, além de belas interpretações de Beto Travassos - neto do ex-prefeito de Itaperuna, Dr. Raul Travassos de Rosa (entre 1940 e 1944) - e irmão/afilhado do consagrado artista Raul Travassos.
Foto: serviço de informação da PMBJI
O prefeito municipal, Roberto Tatu, que é bisneto do ex-prefeito Gauthier Figueiredo, um destacado violinista, esteve presente e leu um texto sobre a obra, entregando uma placa a Beto Travassos, juntamente com a secretária municipal de cultura, Luciara Amil Nunes, trineta do intendente Elias Nunes da Silva e filha do ex-vereador Luciano Nunes.
Beto Travassos e dr. Gino
Beto Travassos mostrou por que é um dos grandes compositores do país (assistam ao vídeo) |
Dr. Raul Travassos de Rosa, avô de Beto e Raul Travassos, foi prefeito de Itaperuna entre 1940 e 1944
O público presente se contagiou com Beto Travassos
Foto: serviço de informação da PMBJI
Foto: serviço de informação da PMBJI
domingo, 26 de novembro de 2017
Festa do Cristo Rei resgatou memória de Padre Mello
A celebração esteve a cargo do Pe. João Paulo de Souza que, ao final, fez comovente homenagem a Pe. Mello - considerado um dos gênios da civilização - resgatando assim o nome e a obra deste expressivo pároco, oriundo da Ilha de São Miguel, no Arquipélago de Açores (Portugal), que viveu entre nós por quase cinquenta anos, formando gerações de bonjesuenses na cultura e na religião.
Padre Mello levou as imagens de Cristo Rei (1934) e de Nossa Senhora de Fátima (1942) à Capela do Monte Calvário |
Pe. João Paulo de Souza fez comovente homenagem a Padre Mello, ao final da missa |
Pe. João Paulo de Souza e a foto de Padre Mello |
Nos festejos ocorreram primeiras comunhões |
Jovens se destacam na comunidade do Monte Calvário |
Padre Mello inaugurou a Capela Cristo Rei em ponto estratégico, que dá uma bela dimensão de nossa cidade |
Há 83 anos, a imagem de Cristo Rei foi levada por Padre Mello à Capela no Monte Calvário |
Segundo o jornal A Voz do Povo, de nosso município, no dia 4 de fevereiro de 1934, as bandeiras pontifícia, brasileira, portuguesa, italiana, alemã, espanhola e libanesa tremulavam ao lado de um arco triunfal, sob o som da banda Nova Aurora, ocasião em que ocorreu uma salva de 12 tiros. Seguem as matérias sobre o grandioso evento.
A VOZ DO POVO - 10 de fevereiro de 1934
A FESTA DO CHRISTO REI
Acompanhada de numerosa procissão a imagem do Redentor foi conduzida ao Monte Calvário.
O dia 4, domingo, foi um dia cheio para o nosso povo católico.
Se o programa elaborado pelo nosso Ver. Vigário era uma promessa os fatos se realizaram.
Das 9 para as 10 horas Associações religiosas presididas por seu Diretor com a cruz à frente e uma cauda enorme de fiéis dirigiram-se para o local onde se achava a linda imagem do Cristo Rei e aguardando a benção. Era na esquina chanfrada do belo sobrado do sr. Altivo Casemiro, que fizera a oferta da imagem e concorrera com as despesas por ela ocasionadas na importância de mais de quinhentos mil réis, conforme nos informaram. Feita a bênção, com solenidade, o sr. Padre Mello, anunciou que a imagem desde aquela momento se achava habilitada para o culto público e justificou bem expressivamente o uso das imagens, insistindo que elas não são ídolos, que a Igreja Católica, começava por obstruir os ídolos pagãos, não em seus altares ou peanhas mas nas almas dos convertidos.
Após a instrutiva alocução foi tirada uma fotografia da imagem, que logo em seguida foi transportada para a Igreja Matriz em um andor especial em forma de trono, artisticamente executado pelo sr. Alberto Terreni.
A banda de música Nova Aurora fazia-se ouvir em meio da procissão.
Em seguida foi cantada a Missa das 10 horas em homenagem ao Cristo Rei.
***
Às cinco horas e meia estava organizada a Procissão. Um só andor que era um verdadeiro trono, o de Cristo Rei.
Estandartes em profusão, distribuídos pelo centro das duas alas do Apostolado, da Pia União, do Círculo de S. Luiz e da Liga Católica. No fundo o trono ambulante e a Nova Aurora dando a cadência ao enorme cortejo.
A enorme cauda do povo que acompanhava atrás da Procissão ainda se acotovelava entre as colunas do Arco e já a frente se achava no alto do Monte Calvário. Era um belo e estranho espetáculo!
Quando a imagem entrou no terraplano do Santuário estrondou uma salva de 12 tiros. A imagem, apeada do belo trono, foi transportada para o seu nicho preparado no altar com elegância, em cimento. Antonio Pinto Figueira o fizera com aquele estilo que lhe é peculiar.
Em seguida foram executados pela Nova Aurora o hino nacional e o hino pontifício, cujas harmonias entrelaçadas simbolizavam a união da fé católica com a alma brasileira.
Logo que expiraram os últimos sons naquela atmosfera fresca meio assombreada pela aproximação da noite o Rev. Padre Mello, de pé sobre o último degrau do alto cruzeiro, irrompeu em um improviso que transpirava fé, entusiasmo e contentamento.
“Sinto não possuir neste momento aquele mesmo poder de Josué para mandar parar o sol que já se esconde por detrás das montanhas. Gozaríeis assim mais longos minutos as delícias desta montanha, e eu teria mais tempo para expandir as ideias que me surgem em torno da primeira Carta do Papa sobre o estado mórbido da sociedade atual”.
Assim começou o longo e interessante discurso cuja conclusão foi a necessidade de ser conhecida e acatada a realeza de Cristo.
As últimas palavras do sr. Padre Mello foram um pedido. (continua)
A VOZ DO POVO - 24 de fevereiro de 1934
AINDA A FESTA DO CRISTO REI
A bela imagem conduzida ao Monte Calvário, naquele dia, foi oferecida pelo sr. Altivo Casemiro de Campos, que sempre se revelou um grande amigo de Bom Jesus.
Perdura na memória de todos os bonjesuenses a brilhante festa do Cristo Rei, quando a sua imagem foi transladada da residência do sr. Altivo Casemiro de Campos para a Igreja Matriz, e desta ao Monte Calvário em cujo cimo está sendo erguido o seu templo.
Ainda a alma católica de Bom Jesus sente os eflúvios daquela tarde magnífica de 11 deste mês, em que, debaixo de hinos e cânticos, ungido pela fé, conduzido entre preces, ascendeu o Cristo Rei ao seu trono no Santuário que o gênio e o carinho do Padre Mello arquitetaram com a solidariedade do nosso povo.
Ao descrevermos a festividade, tivemos ocasião de enaltecer a valiosa dádiva do honrado negociante desta praça, sr. Altivo Casemiro.
Hoje, estampa esta folha alguns aspectos colhidos durante as solenidades e nos quais se pode aquilatar da pompa de que se revestiram. Ao faze-lo, mostramos a priori,a religiosidade do nosso povo e ao mesmo tempo encarecemos o espírito de benemerência do cidadão que, em boa hora, veio ao encontro dos desejos do nosso reverendíssimo vigário, ofertando a imagem para o novo culto.
O gesto nobilitante do Sr. Altivo Casemiro não causou, porém, surpresa a Bom Jesus, que já se acostumou a ver o nome desse seu digno filho ligado a todas as iniciativas altruisticas, a concorrer com o seu incentivo para que medrem e cresçam todas as boas idéias lançadas nesse abençoado rincão da terra fluminense, em que habitamos.
De fato, raras vezes se encontram cidadãos tão afeitos à prática de ações meritórias como aquele a quem estamos aludindo nesta nota. A pobreza da nossa cidade deve-lhe inúmeros benefícios: o nosso hospital quase diariamente recebe provas das qualidades caritativas do seu espírito.
E esse benemérito cavalheiro, excessivamente modesto, não gosta de fazer alarde das boas ações que pratica, seguindo, deste modo, à regra, o preceito divino que diz dever-se fazer o bem sem olhar a quem.
Costuma-se dizer que os cometimentos humanos são transitórios; mas o belo gesto do Sr. Altivo Casemiro ficará eternamente a lembrar-lhe o nome através a posteridade.
E, lá do cimo do Monte Calvário, dominando as água, as terras e os horizontes, o Cristo Rei velará pelo povo que, cá em baixo na luta anônima de cada dia, se eleva pelo Trabalho, pela Perseverança e pela Fé, para um destino melhor.
Dia 11 de fevereiro de 1934 - bênção da imagem na casa do sr. Altivo Casemiro de Campos e transportada para a Igreja em um andor especial em forma de trono, artisticamente executado pelo sr. Alberto Terreni. A banda de música Nova Aurora fazia-se ouvir em meio da procissão. Em seguida foi cantada a Missa das 10 horas em homenagem ao Cristo Rei. (...) Às cinco horas e meia estava organizada a Procissão.
(...) Ainda a alma católica de Bom Jesus sente os eflúvios daquela tarde magnífica de 11 deste mês, em que, debaixo de hinos e cânticos, ungido pela fé, conduzido entre preces, ascendeu o Cristo Rei ao seu trono no Santuário que o gênio e o carinho do Padre Mello arquitetaram com a solidariedade do nosso povo.
Foto antiga da Capela Cristo Rei fundada por Pe. Mello |
Foto atual da histórica Capela Cristo Rei, no Monte do Calvário, que manteve os traços originais da Capela construída por Padre Mello |