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Beatriz Bissio |
"Informação não é mercadoria, é direito"
(Beatriz Bissio, jornalista e professora de política internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ)
Jornal fundado por Ésio Martins Bastos em 25 de dezembro de 1946 e dirigido por Luciano Augusto Bastos no período 2003-2011. E-mail: onortefluminense@hotmail.com
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Beatriz Bissio |
(Beatriz Bissio, jornalista e professora de política internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ)
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Isabel Cristina Menezes Degli Esposti |
A vida, dizia Cora Coralina, é como um ônibus em movimento. E eu entendi bem isso hoje, ao me deparar com o ônibus Brasil das três horas. Ele chegava, ou melhor, tentava chegar a Varre-Sai, mas estava atrasado, faltavam dez minutos para as quatro. Cinquenta minutos além do costume. Não era sempre assim. Antes, ele marcava presença pontual no bar do Juca, feito relógio de parede em casa de avó. Era ali que tio Zé Roque e tia Mena, vindo de Nova Friburgo, desembarcavam, sempre às três, religiosamente, desde os tempos em que ainda moravam em Bom Jesus do Itabapoana.
Ah, aquele tempo… eles vinham com os filhos, os primos, e só o tio trabalhava fora, então ele subia depois, aos finais de semana, para buscá-los e descer na segunda-feira. Já mais tarde, só vinham os dois, já carregando as malas e os anos. E o ônibus seguia seu rumo, após deixá-los no ponto. Daí até a casa dos meus pais, iam a pé, sem cerimônia, ou de carona. Uma vez até subiram numa charrete! Alguém gritou do outro lado da rua: – Isabel, seus tios passaram ali numa charrete! Eu levei um susto: – Como assim numa charrete? Eles moram em Friburgo! – Pois é. Pegaram carona, estava parada ali perto do bar...
Naqueles dias, a comunicação vinha por carta. Tia Mena nos avisava: “chegamos no dia tal”. E lá ia eu, no meu Fiat Uno, às quinze em ponto, em frente à venda do Batista, esperando. Mas naquele dia o ônibus não chegou. Já passava das 15:30, e eu desci impaciente rumo a Natividade. E lá estava ele! Parado, na curva de Santa Maria, barrado por uma pedra enorme. O ônibus Brasil das três horas, vencido por um poema de Drummond: “No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho.”
Entrei no ônibus, lotado, abafado, e lá estavam eles, meus tios queridos.
Meu tio suspirou: – Deus que te abençoa, minha filha! Abraços, beijos, alívio. Descemos. O destino nos aguardava, ou melhor, meus pais. E naquele dia, levei os passageiros que me pertenciam para o reencontro com suas raízes.
Depois disso, o ônibus das três horas nunca mais pareceu tão atrasado. Ficou marcado. Gravado no tempo como um relógio de lembranças. Quando editávamos A Boa Semente, o jornalzinho da Paróquia Nossa Senhora das Graças, era no ônibus das três que os impressos chegavam. Ia eu e meu pequeno menino loiro, esperar em frente a banca de revistas, no largo Santa Philomena. O cobrador já me conhecia, entregava os pacotes com cuidado e afeto. E o menino, apontando o ônibus com os olhinhos brilhando, exclamava: – O jornal, mamãe!
Fez-se uma ligação eterna, entre o ônibus das três e as palavras impressas da fé.
Hoje, talvez o motor canse mais, os horários falhem, os passageiros mudem. Mas o ônibus Brasil das três horas carrega mais do que gente. Carrega histórias. Carrega saudade. E, como escreveu Affonso Romano de Sant’Anna: “No ônibus, a cidade se revela em movimento, como um poema visual de encontros e desencontros, onde cada passageiro carrega sua própria história, ecoando a crônica da vida”
E essa crônica, a minha, começou ali, no bar do Juca, às três da tarde.
Isabel Cristina Menezes Degli Esposti é professora, escritora e historiadora
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Adalto Boechat Júnior |
A estrada longa de Vargem Alegre até à Fazenda da Palha Branca era poeirenta e, às vezes, ainda tinha o sol quente que queimava a pele até mesmo por ocasião do início do amanhecer.
Passávamos pela Curva da Rolinha, pela Casa do Conchita Moacir Seródio, a estradinha da casinha do Belo e da Gracinha, e os pensamentos mágicos surgiam em minha mente e me davam o roteiro naquela terra nobre e bela. Nesse percurso, eu contemplava a paisagem, mas o cenário mais importante era a paisagem única dos moradores daquela região.
Conhecer pessoas como Dona Nenêm trouxe um sentido à exuberância da vida pobre em uma cidade pequena e remota, deu um tempero todo especial ao guizado da vida.
Sempre que é possível, passando mal ou não, vamos nós (eu e minha irmã) estar com Dona Nenêm, e aproveitamos para aprender a fazer um chá, fazer uma reza, e apreciar a fé de uma mulher e seu poder de curar pessoas e obrar milagres.
Dona Nenêm... um nome... um destino... e em nenhuma pedra maior poderia se edificar melhor uma criança, uma fé. E nenhuma forma de santidade poderia descrever melhor uma devoção.
Neste meu coração devocional, homenageio a vida de uma mulher que merece, como poucas, a honra de cantar em um altar: Libera Nina Pena, Dona Neném!
Adalto Boechat Júnior é pirapetinguense
*"A LIÇÃO DO CACHORRO"*
Sendo um veterinário, fui chamado para examinar um cão de 13 anos de idade, chamado Batuta.
- A família esperava por um milagre.
- Examinei Batuta e descobri que ele estava morrendo de câncer e que eu não poderia fazer nada...
- Batuta foi cercado pela família. O menino, Pedro, parecia tão calmo, acariciando o cão pela última vez, e eu me perguntava se ele entendia o que estava acontecendo.
Em poucos minutos, Batuta caiu pacificamente dormindo para nunca mais acordar.
- O garotinho parecia aceitar sem dificuldade. Ouvi a mãe se perguntando:
- Por que a vida dos cães é mais curta do que a dos seres humanos?
- Pedro disse: "Eu sei por quê."
- A explicação do menino mudou minha maneira de ver a vida.
- Ele disse:
- A gente vem ao mundo para aprender a viver uma boa vida, como amar aos outros o tempo todo e ser boa pessoa, né? Como os cães já nascem sabendo fazer tudo isso, eles não têm que viver por tanto tempo como nós.' Entendeu?
- O moral da história é:
- Se um cão fosse seu professor, você aprenderia coisas como:
🐶 - Quando teus entes queridos chegarem em casa, sempre corra para cumprimentá-los.
🐶 - Nunca deixe passar uma oportunidade de ir passear.
🐶 - Permita que a experiência do ar fresco e do vento no seu rosto seja de puro êxtase!
🐶 - Tire cochilos.
🐶 - Alongue-se antes de se levantar.
🐶 - Corra, salte e brinque diariamente.
🐶 - Melhore a sua atenção e deixe as pessoas te tocarem.
🐶 - Evite "morder" quando apenas um "rosnado" seria suficiente.
🐶 - Em um clima muito quente, beba muita água e deite-se na sombra de uma árvore frondosa.
🐶 - Quando você estiver feliz, dance movendo todo o seu corpo.
🐶 - Delicie-se com a simples alegria de uma longa caminhada.
🐶 - Seja fiel.
🐶 - Nunca pretenda ser algo que não é.
🐶 -Se o que você quer, está "enterrado"... cave até encontrar.
🐶 - E nunca se esqueça:
- Quando alguém tiver num mal dia, fique em silêncio, sente-se próximo e suavemente faça-o sentir que você está ali.
*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*
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Wilma Martins Teixeira Coutinho |
Aí! como gosto do barulhinho da chuva nos vidros de minhas janelas! São como gotas vibrantes entoando cantigas sem versos mas sonoras aos meu ouvidos. Leva meu.pensamento distante onde meus passos não alcançam, mas o meu amor sim. O amor é etéreo, ele voa no pensamento e se aproxima da pessoa amada. Eu busco um campo silencioso, embaixo do arbusto das árvores, elevo meu pensando e faço minha oração. No silêncio da mata o céu é meu ouvinte, é meu cúmplice na luta pelo meu 💘 amor que está tão distante de meus braços. A chuvinha continua, meu pensamento também. Essa chuvinha são minhas lágrimas de saudade, de momentos tão gostosos vividos em janeiros passados, guardados, fundo no meu coração ❤️ .
Wilma
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Monumento em honra aos 12 desbravadores de Bom Jesus do Itabapoana ajudaria a revitalizar a Praça Amaral Peixoto |
Do jeito que está não pode ficar!
Esta é uma reclamação geral da população em relação à situação da praça Amaral Peixoto, situada ao lado da rodoviária, que virou dormitório de moradores de rua.
Esse tem sido um problema crônico que vem se recrudescendo com o passar das gestões municipais.
Ora, uma praça é um espaço público aberto que tem a função de servir como um local de encontro, lazer, recreação e atividades culturais para a comunidade.
A prefeitura municipal não pode abdicar de sua atribuição em assegurar aos locais públicos suas funções legais.
Há cerca de seis anos, o escultor Valdieri Martin concebeu um importante monumento em honra aos 12 (doze) desbravadores de Bom Jesus do Itabapoana, ideia gestada por Padre Mello em 1942, por ocasião do centenário de nossa colonização. Essa ideia acabou sendo esquecida ao longo de todos esses anos.
Os 12 desbravadores de nosso município foram: Francisco Furtado Costa, do Barro Branco, José Rodrigues Costa, da Soledade, João da Costa Soares, da Cristalina, João Ignácio da Silva, da Barra do Sacramento, Antônio Teixeira de Siqueira, Francisco Teixeira de Siqueira e José Teixeira de Siqueira, da Barra do Pirapetinga, Francisco José Borges, do Córrego do Leite, José Carlos de Campos, da Fortaleza, Jacob Furtado de Mendonça, da Fazenda São João Batista, Manoel Furtado e Alferes Silva Pinto.
A revitalização da praça Amaral Peixoto, com a fixação do monumento em homenagem aos 12 instituidores, não resolveria, por si, o problema, mas certamente seria um passo relevante nessa direção. A comunidade e os alunos fariam naturalmente da praça um local de visitação e de fonte de conhecimento da história. E o poder público municipal ficaria estimulado em realizar atividades pertinentes com o espaço.
A praça Amaral Peixoto constitui um local histórico e já foi objeto de intervenções culturais relevantes, evidenciando que, com ações inteligentes e estratégicas, o município pode mudar a realidade atual.
Em relação aos moradores de rua, é tarefa da Secretaria de Ação Social viabilizar medidas que possam acolher da melhor maneira possível essa população vulnerável.
Do jeito que está é que não pode ficar!
*"Bom dia abençoado para todos nós!"*
*"Começando o dia com bons pensamentos e energia positiva vamos conseguir atrair para perto de nós somente o que poderá nos fazer felizes. Então mãos a obra! Aproveite o início do dia para fazer de cada instante um instante especial, cheio de carinho, amor e alegria."*
*"...E no embalo "Raspa de Tacho" das "Festas Juninas" eu vou seguindo feliz a minha missão: Eu passo a vida a semear o bem, sem nada pedir em troca - uma questão de gratidão e humildade..."*
*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"
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Wilma Martins Teixeira Coutinho |
Eu sinto o cheiro da mata
Eu sinto o cheiro do ar
Vagueio por este mundo
Na ânsia de te encontrar
Quisera um dia saber
Da paixão que me consome
Como me apaixonei
Se eu nem sei o teu nome
São coisas do destino
Fico a imaginar
Nunca pensei nessa vida
Que por você ia me apaixonar!
Mas uma coisa eu digo
Essa me pegou de surpresa
Sabe onde encontrei
Logo na minha empresa!
Wilma
O 136° Leilão Cerâmica pela Vida recebe o artista plástico capixaba Attilio Colnago e outros artistas consagrados que participam hoje, ou já participaram em algum momento de seu atelier.
Juntos estão realizando esse leilão e doaram todas as 31 obras que serão leiloadas. E como não poderia deixar de ser, o leilão está lindíssimo, imperdível!
Venha dar lances, é uma ótima oportunidade!
É a arte a serviço da vida fazendo história no Cerâmica pela Vida, e é imensa nossa gratidão.
Todo o valor arrecadado será revertido em cestas básicas que serão distribuídas pela Campanha Paz e Pão, uma Campanha permanente contra a fome da Arquidiocese de Vitória.
O leilão começa na sexta às 18h e será encerrado no sábado às 18h.
Venha participar!
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Vera Lúcia dos Santos produz alimentos para o corpo e para a alma |
O 7º Festival do Aipim, que será realizado em Casimiro de Abreu, na Praça Feliciano Sodré, entre os dias 4 e 6 de julho, constitui uma evidência magnífica da união entre a força do agricultor e as autoridades municipais, assim como do apoio da comunidade local.
O evento reunirá as famílias de produtores rurais que participam das Feiras Semanais da Agricultura Familiar.
Os visitantes poderão também apreciar uma exposição do belíssimo artesanato produzido pelos próprios agricultores, que receberam aulas do renomado Mestre Artesão Daniel de Lima. Quatro ateliês estão sendo estabelecidos na região conhecida como Visconde, com destaque para o Ateliê Vera Sítio das Artes.
Esta circunstâncias constitui uma extraordinária constatação de que os agricultores de Casimiro de Abreu empenham o suor de suas mãos na produção de alimentos para o corpo e também para a alma.
Com entrada gratuita, o evento contará com uma programação infantil e um parque de diversão, além de feira outlet e uma programação musical qualificada que abrilhantará todas as noites do memorável acontecimento.
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Ateliê "Vera Sítio das Artes" atrai autoridades e apreciadores da arte |
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Sítio das Artes |
*"Aos meus amigos chegados."*
A amizade nunca foi e nunca será uma questão de presença física. Porque amigo não precisa estar. Amigo precisa ser.
"Abençoemos aqueles que se preocupam conosco, que nos amam, que nos atendem as necessidades... Valorizemos o amigo que nos socorre, que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona para saber como estamos indo... A amizade é uma dádiva de Deus. Mais tarde, haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar solidão. Amém!" Chico Xavier
*"Acredite em você, sinta-se merecedor da felicidade e deixe que a vida se encarregue de lhe trazer o melhor. "*
*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*