Joel Boechat
Cantinho de Pensamentos
A Vida é um grande palco
É um Teatro de Arena
Lobos rapaces
Muitos Leões e Hienas
Aquele que se ufana
De que teve e que fez
Tudo que quis na vida
E que aos quatro ventos
Proclama ter sido o melhor
Nem sempre diz a verdade...
Não foi o melhor em tudo,
Sempre que um perde, o
outro ganha...
Enquanto um ouve, o outro
Fala
E um terceiro se cala...
Nessa arena
Aos ventos soltam a dor
a tristeza e a sua mágoa
Fingem embargo na voz
Nem sempre... olhos
rasos d'água
Ela... sempre ela
A Hiena
Festas e homenagens
Procurava a melhor mesa
Expondo ofuscante a joias
E sua rara beleza
Nessa arena
Não tive talento em dirigir
Meus negócios
Na firma do nosso amor
Havia mais alguns sócios
E a Peça continua...
No palco de Arena da vida
Poder, fortuna, nome
Ficaram no fundo da taça
Das cenas mal dirigidas
Mas, na Arena, teve e fez
tudo que quis
Obediência às suas falácias
e diretrizes...
Tem noites tristes, sofridas,
Infelizes...
Tentando curar feridas
Disfarçando as cicatrizes
Esquecer uma Arena, uma
Atriz
Num teatro quase vazio
Interpretou o papel...
de um pobre, um infeliz
Como vespa atraída,
Igualm a Hiena, pelos fétidos
excrementos das outras
Feras feridas...
Com certeza, procura pela
a melhor mesa
Não mais os meus
Ex-socios
Bacharéis e os iludidos
Coronéis que,
numa taça de champanhe,
Ao final do último Ato
Num brinde a acompanhe
A arena do tempo, que
Ontem lhe ofereceu
imensas alegrias
Hoje
Teatro de Arena da vida
Só nostalgias e desgosto...
No corpo, muitas estrias
E muitas rugas no rosto...
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