quinta-feira, 9 de abril de 2020

A NUN'ALVARES


Grande Condestabre,
alma pura e bela,
vós, que nos salvastes
do Leão de Castela,
recebei as graças
e mais as mercês
de quem ama a Pátria
e é português!

Em Aljubarrota,
num dia de glória
salvais nossa Pátria,
ganhando a vitória.
Belo cavaleiro,
alma pura e bela,
assim nos livrastes
do Leão de Castela.

Fostes bom e forte,
e em vossa alma havia
heroica bondade,
clara simpatia.
Vossas arcas tinham
o pão para dar
a quem o não tinha
para seu manjar.

Depois do velhinho,
os vossos amigos
eram só os pobres
e mai-los mendigos:
a sopa lhes dáveis,
fazendo-lhes bem,
e eles cantavam
como nós também.

Grande Condestabre,
alma pura e bela,
vós, que nos salvastes
do Leão de Castela,
recebei as graças
e mais as mercês
de quem ama a Pátria
e é português!

Afonso Lopes Vieira | Poeta Monárquico in a “A Nun’Alvares”


Enviado por Antônio Soares

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