Neumar Monteiro
Só um barco singrando as águas..
Somente o desejo de visitar as ondas,
entrou mar adentro enfrentando o vento.
Coqueirais fazem o carnaval da vista,
rasgando folhas na orgia enfurecida.
Mar e céu! Encontram-se distantes,
mas a vista os vê beijando-se ao longe.
Sol e sal, céu e mar entregando-se
às carícias das sereias.
Das ondas de vê os beirais
das casas das aldeias, fogão aceso
jorrando fumaça pela chaminé.
Sonhos rodando a cada hora e,
nos cais, os homens jogam a tarrafa
para recolher os despojos da pesca.
Lanternas acesas, mãos espalmadas,
com gosto de sol e sal termina,
na madrugada, a pescaria.
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