domingo, 1 de janeiro de 2012

MUSEU DE PIRAPETINGA DE BOM JESUS: 18 ANOS

No próximo dia 02 de dezembro, o MUSEU DE IMAGEM de Pirapetinga de Bom Jesus completará 18 anos.




Quem administra o Museu é o Instituto Iracema Seródio Boechat, que tem como Diretora de Manutenção, desde sua fundação, é Maria Lúcia Seródio Boechat, que atendeu gentilmente O NORTE FLUMINENSE. O presidente da entidade, desde a fundação, é Norberto Seródio Boechat, seu irmão, que reside em Niterói (RJ), "o grande idealizador e responsável pelo Museu", segundo Lucinha, como é conhecida.




O prédio onde está assentado o Museu de Imagem foi "construído por escravos". Em seu interior há verdadeiras relíquias, como peças utilizadas para "prender escravos", oriundas da "Fazenda das Areias, próxima daqui".






Consta no acervo do Museu, entre inúmeras preciosidades, uma "máquina de fazer briquetes para plantar café" e a "primeira máquina para fabricação de freios para pneus pesados idealizado por Nola Boechat, em 1961". Fotos enviadas por diversas famílias, com respectivas árvores genealógicas, também podem ser ali encontradas.




Na parte exterior do Museu, consta uma exuberante Roda D'água do tempo de engenho, que foi restaurada. Salienta Maria Lúcia que sua mãe, Iracema Seródio Boechat, colocou na capa de um de seus livros de poesia, "PAISAGENS E PERFIS", editado em 1987, o desenho desta Roda D'água. E o livro inicia-se também com o poema "Roda D'água". "Nunca consigo acabar de completar a leitura deste livro porque acabo sempre chorando, de saudade de minha mãe".





Maria Lúcia diz que "várias Escolas já visitaram o Museu, e fico feliz quando as pessoas se interessam por ele", mas possui uma contrariedade: "A prefeitura nunca se preocupa em ajudar, mas sempre se preocupa em enviar uma carta para cobrar o IPTU. Eu já pedi isenção, já que este museu é de certa forma público... é como uma escola... mas não deram a isenção. Se é como uma escola, como podem então cobrar este imposto?"


Em relação ao Museu, Lucinha se recompõe e diz que "relembrar o passado faz muito bem. Ali há retratos de papai (Agostinho Boechat), mamãe, da minha infância, e sempre encontro uma novidade, cada vez que entro ali". Continua: "o passado é muito importante, porque passamos a valorizar a vida da gente. No museu, sempre estou cheia de recordações e de saudades, e tenho muito respeito pelos meus pais, pelo legado que deixaram. Se não fosse por eles, eu não teria a força para enfrentar a vida".

(PUBLICADO NA EDIÇÃO DE 14 DE OUTUBRO DE 2011)

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