sexta-feira, 8 de novembro de 2013


Da Série Entrevistas de O Norte Fluminense

UMA NETA DO INTENDENTE MANOEL ANTONIO DE AZEVEDO MATTOS (I)

Ruth Fragoso de Azevedo Silveira


No dia 18 de agosto passado,  Ruth Fragoso de Azevedo Silveira, nascida em Bom Jesus do Itabapoana, e neta do intendente Manoel Antonio de Azevedo Mattos, português da Ilha de Madeira, e de Tereza de Azevedo Mattos, oriunda do Rio Pomba (MG), completou 90 anos de idade.


Intendente Manoel Antonio de Azevedo Mattos. Foto de 1890.

Ruth é apaixonada  pela história da família e por borboletas, como a sinalizar o anelo pelas marcas da transformação e da beleza, em sua vida.  Graças ao seu gosto pela história, organizou álbuns de fotos contando momentos marcantes da família e da história de Bom Jesus do Itabapoana.


Álbum de família: Intendente Manoel Antonio de Azevedo Mattos, Tereza de Azevedo Mattos, a Terezinha, e a filha Inhá.

 
O avô paterno, Manoel Antonio de Azevedo Mattos foi intendente por ocasião da primeira emancipação de Bom Jesus, em 1890. Segundo Ruth, "ele veio da Ilha da Madeira para o Brasil juntamente com seu irmão Jacinto. De trem, vieram até a Fazenda São Domingos, localizada no distrito de Aré, pertencente a Itaperuna (RJ). De lá, atravessaram o rio Muriaé, e meu avô veio diretamente para Bom Jesus do Itabapoana, enquanto Jacinto fixou-se no Himalaia, onde casou-se e teve duas filhas, sendo uma a escritora Amélia de Azevedo Mattos. Amélia foi residir na Corte quando tinha 8 anos de idade, retornando quando era uma bela moça. Casou-se com João Costa, que era proprietário da Fazenda São João, e tiveram uma filha. Recordo-me de ter lido, quando jovem, dois de seus livros: 'Rumorejos do Monte Himalaia' e 'Mercedes'", conta Ruth. 

Já sua avó paterna, Tereza de Azevedo Mattos, nasceu em Rio Pomba (MG). Segudo Ruth, "minha a
vó Tereza e seu irmão Antônio Honório vieram para Bom Jesus do Itabapoana dentro de cestos levados pelos burros. Antônio Honório cresceu e se tornou fazendeiro rico. Ele foi o avô do ex-governador do Estado do Espírito Santo, Cristiano Dias Lopes. Fiquei muito contente quando Claudia Bastos, diretora do ECLB, me presenteou uma aquarela de sua autoria, retratando perfeitamente um burro da tropa", assinala.

Em relação a seus bisavós maternos, Ruth diz que "meus bisavós maternos se chamavam Delfina Roza Espíndola Rodrigues e José Luciano Lopes Rodrigues, e vieram de Cantagalo (RJ).


A avó de Ruth, Tereza, e o irmão desta, Antônio Honório, vieram de Rio Pomba (MG) para Bom Jesus do Itabapoana, em cestas de uma tropa (aquarela de Cláudia Bastos, em 18/08/2013)

Os avós maternos foram José Cândido Fragoso, nascido em Cantagalo (RJ). De acordo com Ruth, "ele exerceu o cargo de secretário da Intendência, no mesmo período. Foi também professor em Bom Jesus do Itabapoana, ministrando aulas particulares. Intelectual, falava fluentemente o francês. Minha avó materna se chamava Preciosa Maria Rodrigues, nascida em Niterói (RJ). Preciosa casou-se em 14 de novembro de 1883, com 14 anos, quando José Cândido contava com 29 anos de idade".


As informações de Ruth estão em perfeita sintonia com o que consta no livro "De Município a Distrito, a Primeira Emancipação de Bom Jesus do Itabapoana (1890-1892)", de Luciano Bastos. Consta desta obra:  "A instalação do município de Itabapoana ocorreu no dia 25 de dezembro de 1890, em decorrência do Decreto no. 150 de 24 de novembro de 1890, assinado pelo Governador Franciso Portela... o Presidente da Intendència, Pedro Gonçalves da Silva Jr, bem assim os Intendentes Capitão Francisco Teixeira de Siqueira Sobrinho, Manoel Antonio de Azevedo Mattos, Luiz Vieira de Rezende e Joaquim Teixeira de Siqueira, tomaram posse com nomeações feitas pelo Governador Francisco Portela" (p.15, 2008)".



Prédio construído pelo intendente Manoel de Azevedo Mattos, na Praça Governador Portela

Ruth:lembra que  " meu avô era carpinteiro e ajudou a construir a Igreja Matriz, assim como vários prédios, inclusive o que foi edificado no entorno da Praça Governador Portela.  Minha bisavó materna era portuguesa e se chamava Delfina Roza Espíndola Rodrigues. Ela viajou em um porão de navio, durante três meses. Meu avô materno se chamava José Luciano Lopes Rodrigues".

O intendente Manoel Antonio Azevedo Mattos e Tereza de Azevedo Mattos tiveram 4 filhos: João de Azevedo Mattos,  Tereza Maria de Azevedo Mattos, Maria Mercês de Azevedo Mattos e José de Azevedo Mattos.

Avó Terezinha: foto de 28 de setembro de 1927




 Família se reuniu na Chácara das Palmeiras, hoje Instituto Federal Fluminense, por ocasião do batismo de Maria José, a Zefa, com 3 meses, no colo de sua mãe. Maria Mercês contava com 2 anos de idade.  José de Azevedo Mattos (E) e seu irmão, João, estão na foto tirada no dia 24 de junho de 1919

No dia 20 de janeiro de 1924, Mercês Maria casou-se com o médico Álvaro Duque de Estrada, filho de Augusto Duque Estrada e Carolina Duque Estrada, na casa da família de Azevedo Mattos, em 20 de janeiro de 1924.


Casamento de Mercês Maria com Álvaro Duque de Estrada, na casa da família de Azevedo Mattos, em 20 de janeiro de 1924. O pai do noivo, Augusto Duque Estrada, à frente.

José Antonio, Maria da Penha, Tereza Carolina e Manoel Augusto: filhos de Álvaro Duque Estrada e Maria Mercês, em Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro

 Maria Mercês, Mercês Maria e netos de Augusto Duque Estrada, no Rio de Janeiro

Mercês e Marília Duque Estrada, no Rio de Janeiro

Casa (chalé) de João de Azevedo Mattos, oTio Janjão, na rua Gonçalves da Silva, vendo-se Dr. Octacílio de Aquino (E) e João de Azevdo Mattos. Maria Mercês (7 anos) e Zefa ("escondidinha") estão à esquerda. Foto de 1924.











                          (CONTINUA)

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