sábado, 15 de fevereiro de 2014




HONRA E GLÓRIA AOS IRMÃOS PEREIRA PINTO (II)

  

Senador José Carlos Pereira Pinto  
("De Campos aos Fluminenses")



Jorge Pereira Pinto  ("Quem quebrou a casa de meu pai?")




                                                 



Na sessão do Senado, o Senador Kerginaldo Cavalcanti assim se expressou, entusiasmado:

" os problemas sociais - verdadeiras dificuldades noutras regiões, se encontram naquele recanto, praticamente a obra fluidez e a significação sociológica-cristã do nosso honrado companheiro é notável."



Prosseguiu o Senador Kerginaldo Cavalcanti:

" Temos portanto estabelecida a relação equacional entre o capital e o trabalho, a chave da incógnita surgiu no espírito construtivo e cristão do nosso eminente colega, o Senador José Carlos Pereira Pinto.

Ali eu vi a satisfação e a alegria. A riqueza não é motivo de inveja ou despeito; todos são colaboradores e participam da mesma obra de engrandecimento, porque todos lhe usufruem os benefícios. Quando essa politica social penetrar mais profundamente no espírito nacional - estou certo - trará frutos ótimos e constituirá para a indústria e o comércio exemplos que se desenvolverá  acabando por tornar-se a região de toda a nossa movimentação política e social.

Tudo naquela casa, em que trabalham o Senador Pereira Pinto e seu irmão, o industrial Jorge Pereira Pinto, conspira para a felicidade da Pátria, tudo ali se organiza de modo tal que não há perturbação, greves, distúrbios, discussões. Há uma centralização espiritual e compreensiva tão grande que dela surge obra fecunda, suscetível de ser imitada pela iniciativa de outros brasileiros de bom coração.

Dia de festa na Usina Santa Maria. Foto da década de 1960
("Quem quebrou a casa de meu pai?")



Lá estavam, Sr. Presidente, operários felizes e crianças jubilosas a receberem instrução e educação católica, enfim, tudo que contribua para torná-los futuramente obreiros de uma sociedade de que o Brasil se poderá orgulhar.

Meu coração de nacionalista encheu-se de alegria, voltei convicto de que melhores dias nos estão reservados, pois tais exemplos, se imitados, como é de esperar, vingarão certamente, dadas as altas qualidades que a nossa gente é dotada e sobretudo pelo nobre discernimento do povo brasileiro.

... Sobrecarregado de muitas obrigações, esse nobre benfeitor dedica todavia carinho excepcional por tudo o que condiz com a saúde do seu povo, certo de que não poderá ser trabalhador feliz aquele que não dispõe de vida digna."

Hospital Santa Maria
("De Campos aos Fluminenses")

O Senador Aluisio de Carvalho foi outro entusiasta com o que viu:

" É realmente obra de patriotismo e espírito público", assinalou.


Enfermaria do Hospital Santa Maria
("De Campos aos Fluminenses")


(continua)




REPERCUTE MATÉRIA 
 
A primeira parte da matéria HONRA E GLÓRIA AOS IRMÃOS PEREIRA PINTO teve ampla repercussão.
1) NA USINA SANTA MARIA

Maria Lúcia Oliveira de Souza emocionou-se ao ver a foto de seu pai na antiga Banda de música

José Henrique de Souza, o Zé Coca-Cola, reconheceu integrantes da Banda da Usina Santa Maria


Na Usina Santa Maria, Maria Lúcia Oliveira de Souza, conhecida como Baluça, emocionou-se, surpresa, ao ver a foto de seu pai na Banda: “ É o meu pai, Luís Francisco!”, exclamou, registrando que “ele era conhecido como Moreno”. Baluça reconheceu na foto, ainda, o maestro José Primo, o Mário Mothé, que batia pratos, e Vitorino, na tuba. “Vitorino é o único integrante da banda, ainda vivo!”, assinalou. Seu marido, José Henrique de Souza, conhecido como Zé Coca-Cola, identificou na foto, ainda, Zequinha Abreu, Jairo Nogueira e Júlio Nogueira.



O maestro José Primo, Sebastião Vitorino, Mário Mothé, Luís Francisco (Moreno), Zequinha Abreu, Jairo Nogueira e Júlio Nogueira,  foram identificados na foto da Sociedade Musical de Santa Maria
(Foto: "De Campos aos Fluminenses")


Baluça assinalou que seu pai trabalhava com a Máquina 150, e que costumava levar cerca de 10 a 15 grades de cana para a Usina. “Ele obtinha a licença para entrar na Estrada de Ferro Leopoldina e buscar cana em Morro do Coco e Murundu”. Ela possui grande apreço pelos irmãos Pereira Pinto:      “todo o mês mando celebrar missa por eles”. 

Baluça se recorda, também, do Teatro Cinema Conchita de Moraes: “ Lá se apresentaram Nelson Gonçalves, Ellen de Lima, Luz Del Fuego, com suas cobras pelo corpo,  e a famosa dupla caipira Jararaca e Ratinho. Na época do carnaval, não havia bagunça, tudo era organizado. Lembro-me como se fosse hoje. Após o prédio onde ocorria o carnaval, havia a padaria, na qual saímos do baile já comendo pão quentinho. Depois, havia o açougue, o armazém e o bar. Havia ainda uma fábrica de queijo e manteiga”.

Nelson Gonçalves, Ellen de Lima, Luz del Fuego e a dupla Jararaca e Ratinho se apresentaram no Cine Teatro Conchita de Moraes, na Usina Santa Maria
(Foto: "De Campos aos Fluminenses")
José Henrique de Souza, conhecido como Zé Coca-Cola, esposo de Baluça, trabalhou por 41 anos na Usina, e disse que “os irmãos Pereira Pinto eram 100%. Passei a trabalhar na Usina com 15 anos de idade. Recordo-me que em meu primeiro dia de trabalho o Senador José Carlos dirigiu-se para mim e me perguntou: ‘Você fuma?’ Eu respondi: ‘não”. E ele finalizou: ‘ainda bem’. Recordo-me, ainda, que, todo ano, havia a Festa do Início da Moagem. Todos os fornecedores, trabalhadores e amigos eram convidados, inclusive Padre Mello. Matavam 2 a 3 bois e realizavam um churrasco. Baluça costumava cantar a Ave-Maria, no momento da benção”, completou.
A reportagem de O NORTE FLUMINENSE esteve na casa de Sebastião Vitorino, o único integrante da Banda que consta na foto da reportagem, e que completará 99 anos no próximo dia 14 de maio. Vitorino foi também maestro da banda por 8 anos. Os pais de Vitorino se chamavam Eugênio Vitorino de Sá e Maria Goulart, nascidos em Santa Maria Madalena (RJ).

Sebastião Vitorino, o último remanescente da antiga Banda da Usina Santa Maria, e sua filha Maria de Lourdes de Sá, presidenta da Sociedade Musical Santa Maria, dando continuidade ao ideal do pai
Ele vive com sua filha Maria de Lourdes de Sá Andrade, que segue o caminho do pai e é a presidenta da Sociedade Musical Santa Maria, mantendo viva a tradição da família. Viúva, seu marido Jorge Andrade era músico e carpinteiro. “Ele nasceu em Santo Eduardo e foi criado no Patronato criado pelos Pereira Pinto, em Campos dos Goytacazes. Depois, ele foi trabalhar na Usina Santa Maria”, assinalou.
 O irmão de Lourdes, João Antonio Chipoleixo de Sá, que também é músico e trabalha em Farol de São Tomé,  é outro idealista que vem para a Usina Santa Maria todo o fim de semana exclusivamente para dar aula gratuitamente para cerca de 12 alunos da banda.
Segundo Maria de Lourdes, “já tivemos 25 alunos, mas necessitávamos de um outro professor que pudesse dar aulas também durante a semana, pois há alunos que ficam desejando mais aulas”, pontuou.
 De acordo com Lourdes, “a banda já teve como maestros José Primo, Geovani e meu pai”. Seu sonho é ter uma sede definitiva, já que a sede da Sociedade ainda é provisória: “O Teatro Cinema Conchita de Moraes seria o ideal para ser a sede da nossa banda”, imagina Lourdes, que tem, ainda, como irmãos Paulo, José, Amélia, Otávio, Maria da Penha, Dita e Maria Augusta. Ela possui 3 filhos Marco Antonio (músico), Mônia (cantora) e Aline, e 5 netos: Marco Antonio, Mateus, Júlia, Amanda e Valentina.

Teatro Cinema Conchita de Moraes

Foto:http://onortefluminense.blogspot.com.br/2012/04/usina-santa-maria-gloria-que-resiste.html

2. NA PREFEITURA DE BOM JESUS DO ITABAPOANA



No dia 11 de agosto de 2013 foi fundada a Associação dos Amigos do Teatro Cinema Conchita de Moraes com o objetivo de restaurar o Cine Teatro Conchita de Moraes. Na foto, a presidenta Olgani Possidônio (E)

Diante da informação contida na primeira parte da matéria de que ativistas culturais e empresários estão se mobilizando para restaurar o Cine Teatro Conchita de Moraes, tendo sido, inclusive, fundada, no dia 11 de agosto do ano passado, Associação de Amigos do Cine Teatro Conchita de Moraes, com este objetivo,  a Prefeita Municipal, Branca Motta anunciou viagem do Secretário de Turismo, Comércio e Cultura a Belo Horizonte, para tentar recursos para a restauração do referido Cine Teatro. Segue o texto da mandatária.

“Bom dia. Na próxima terça-feira o Secretário de Indústria, Comércio, Turismo e Cultura Sávio Saboia estará em Belo Horizonte numa reunião com a Diretoria de responsabilidade social da empresa Anglo American. Na oportunidade apresentará à empresa nossa proposta para investimentos sociais na localidade da Usina Santa Maria. Duas propostas serão apresentadas, a criação de um espaço de lazer e pista de caminhada no lago da Usina e a recuperação do Teatro Conchita de Morais. A Anglo American é responsável pelo projeto Minas-Rio cujo mineroduto passa por Bom Jesus, mais precisamente na Serrinha. Faz parte da política da empresa investir em melhorias e projetos diversos nas cidades impactadas pelo empreendimento. Tudo é ainda um grande sonho, mas se ficarmos somente sonhando as coisas não acontecem. Vamos em frente torcendo para que as propostas sejam bem recebidas. Estamos trabalhando. 
Branca- Prefeita de Bom Jesus do Itabapoana.”






































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