HISTÓRIAS DO TAXISTA LÉ
CONTADAS POR JOÃOZINHO BORGES
CAUSO DE CHAUFER DE PRAÇA
Nos idos de 1950, em um distrito de Bom Jesus do Itabapoana, foi instalado um parque de diversões itinerante, que possuía serviço de auto falante para dedicatórias. Em certa hora, ouviu-se o anúncio de uma dedicatória: "OX oferece para Maria da Conceição a música 'O menino da porteira', de Tonico e Tinoco, como prova de amor e carinho."
Mais tarde, soube-se que OX seriam as iniciais de Ontonho Xofer, motorista da praça, que possuía um fordeco que tinha ponto na praça Governador Portela.
Joãozinho Borges |
João Baptista Ferreira Borges, conhecido como Joãozinho Borges, é o saudoso filho de José de Oliveira Borges, o Zezé Borges, o primeiro prefeito de Bom Jesus do Itabapoana por ocasião de sua segunda emancipação, ocorrida no dia 1º de janeiro de 1939. Entre as várias histórias relatadas ao O NORTE FLUMINENSE, as duas seguintes se referem a Lé, o taxista, que publicamos a seguir.
LÉ E O FORDECO
"Lé era descendente de libaneses. Comprou um fordeco e virou motorista de táxi. Foi fazer o exame de motorista. No dia das provas, o examinador determinou que ele dirigisse o carro, a partir da frente da casa do José Mansur, subisse o morro da praça, e fosse até as imediações do Edifício Monte Líbano. Ocorre que o fordeco possuía um copo que recebia gasolina e repassava para o motor. O examinador havia fechado, anteriormente, o copo, de modo que o carro não conseguia partir. Lé desceu do carro, abriu o caput, examinou o motor, tirou as velas, limpou tudo, mas o carro não pegou. Eis que o examinador sugeriu que ele olhasse o registro do copo. Quando Lé verificou a situação, exclamou: 'eu quero saber quem foi o f.d.p. que fechou o registro do copo!'. Mesmo após o xingamento, Lé recebeu a carteira de motorista profissional".
LÉ E O POSTE
"Lé costumava estacionar o táxi perto de um poste de luz, na Praça Governador Portela. Quando meu pai era prefeito, Lé pediu a ele que, quando morresse, pusesse o poste ao lado de sua sepultura. Quando Lé morreu, meu pai atendeu seu pedido. Aproveitou a reforma da iluminação que estava sendo feita na Praça e colocou o poste ao lado de sua sepultura".
"ÁRVORE ENGOLIU PLACA DE TÁXI", CONTA NIVALDO DE SOUZA
Segundo Nivaldo de Souza, "na centenária árvore do Pau Ferro, foi fixada uma placa de táxi, na década de 1950. Ocorre que, com o passar do tempo, a árvore foi crescendo e acabou engolindo essa placa. Os taxistas da época eram conhecidos como Manoel Meia-Noite, Lé, Chiquinho Borges, Joca, Chiquinho Miséria e José Pedro Rosa".
Nivaldo de Souza garante que a árvore engoliu a placa de táxi |
TAXISTAS DAS DÉCADAS DE 1950 E 1960
Em 2001, Balthazar Franco da Silva escreveu o ALMANAK BOM JESUS, onde menciona a relação dos chauferes das décadas de1950 e 1960. Segue sua indicação:
"Chaufer de Praça - Olegário Verdan, Genuíno Verdan, Chiquinho Borges, Lé, Joca, Antônio Rosa, Navalha, Juquinha, Nenelo, José Pedro Rosa, Manoel Meia-Noite, José e Fernando Agripino, Chico Miséria, São Fidélis, Zé Bodega".
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