de MARIA THEREZA CAVALHEIRO
Ser mãe é ter o olhar cheio
de amor, ternura e bondade...
É dividir tudo ao meio,
também a própria metade!
As estrelas infinitas
que o céu misterioso encerra,
são olhos de mães aflitas
velando os filhos na terra.
Minha mãe era uma santa
que entre nós veio passear
mas foi de humildade tanta
que precisou regressar...
Um anjo, de madrugada,
levou minha mãe... E havia
muita luz em sua estrada,
porém sombra no meu dia.
Mamãe: tuas mãos pequenas
que souberam trabalhar,
parecem aves serenas,
já cansadas de voar!
Não há palavra mais linda
do que "Mãe", que tudo encerra!
E mãe é presença infinda,
mesmo ao deixar esta terra...
Minha mãe: teus olhos santos,
de um infinito perdão,
a ninguém dizem dos prantos
que guardas no coração.
Têm as mães uma ternura
que ninguém mais tem por nós;
sabem sorrir na amargura
e nunca nos deixam sós...
Corre o pranto redobrado
dos olhos da mãe aflita;
pelo filho amargurado
e pela própria desdita.
O choro de uma criança
à luz do primeiro dia,
é uma canção de esperança,
é a mais linda melodia!
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