Usina Santa Maria, em 1939 |
Foi o francês André Richer quem impulsionou a Usina Santa Maria no final do século XIX.
A área, de cerca de 625 alqueires, pertencia a Virgílio Basílio dos Santos e Leônidas de Abreu Lima e contava, em 1895, com um engenho de açúcar. Nessa época, André Richer assumiu a função de auxiliar da propriedade e, cinco anos depois, instituiu a firma Santos & Richer, ocasião em que Leônidas de Abreu Lima se retirou da parceria com o antigo sócio.
Posteriormente, capital francês foi investido na região e Richer fundou a Societé Sucrerie Santo Eduardo, fazendo com que a Usina Santa Maria se desenvolvesse com a importação de máquinas modernas.
Uma crise no setor fez com que a empresa Farah & Irmãos se estabelecessem na Usina, se tornando os principais fornecedores e credores da firma francesa.
Cinco anos mais tarde, uma disputa judicial fez com que a Usina passasse às mãos de Farah & Irmãos.
Em 1915, a empresa foi adquirida por Coelho Fernandes & Cia.
José Carlos Pereira Pinto |
Jorge Pereira Pinto |
Nelson Rezende Chaves |
Em 1917, José Carlos Pereira Pinto assume a empresa e dá-lhe extraordinário desenvolvimento, fazendo com que a mesma produzisse, além de açúcar, álcool, café, arroz, milho e feijão.
Paralelo a isso, foi estabelecida uma escola, uma instituição hospitalar, um gabinete dentário, um cinema, uma banda de música e uma praça de esportes.
Escola da Usina Santa Maria |
Instituição hospitalar na Usina Santa Maria |
Quando Bom Jesus do Itabapoana emancipou-se no dia 1º de janeiro de 1939, José Carlos Pereira Pinto era o Diretor-presidente, Jorge Pereira Pinto era o Diretor-gerente, enquanto Nelson Rezende Chaves era o Diretor-secretário.
O lema da Usina era "labor omnia vincit", máxima do poeta romano Virgílio, segundo o qual, "o trabalho vence tudo".
(Fotos e informações extraídas da publicação Libertas, de Porphirio Henriques Filho, em março de 1939)
Nenhum comentário:
Postar um comentário