Tenho saudades do fado,
Se cantado e não à toa,
Saudades nunca a meu lado,
Se, já perto de Lisboa.
A guitarra também chora,
Em dias de nostalgia,
Tão cedo não vou embora,
Do fado da Mouraria.
Escuto um fado baixinho,
Fado aquece e não tem chama,
Cheguei ao lar não cedinho,
Cheguei sim, da velha Alfama.
De bairro em bairro, afinado,
Fadista mais se afeiçoa,
Com a guitarra a seu lado,
Se noite, na Madragoa.
À beira-mar plantado,
Portugal, tal doce ninho,
Se um dia não escutar fado,
Fico amuado, sozinho.
Não sei quando chega a morte,
E, se alguém fica a meu lado,
Quando morrer terei sorte,
Ouvir a guitarra, um fado!
Janeiro/2016 José Pais de Moura
***************************************
P. S. --- Mouraria, Alfama Madragoa, bairros de Lisboa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário