Wilma Martins Teixeira Coutinho filha
de João Martins Teixeira Junior e Rosa Martins Teixeira, nascida em São
Sebastião do Alto (RJ) aos 31 de maio de 1927, irmã caçula de treze irmãos que
hoje não estão mais entre nós. Um ano após meu nascimento, meu pai, então
Promotor de Justiça naquela Comarca foi transferido para a Comarca de Araruama,
vindo a falecer em mil novecentos e trinta e dois, deixando-me órfã aos cinco
anos e meio. Aos oito anos deixei aquela bela cidade banhada pela linda lagoa
onde meu saudoso pai, grande poeta, se inspirou em belas poesias. Fomos para a
cidade de Niterói permanecendo até a presente data, levando uma vida de estudo e
trabalho, numa infância e adolescência tranquila (sem violência). Meu primeiro
emprego foi na Secretaria de Educação e Cultura, aos vinte e três anos de idade,
quando era Secretário o eminente Dr. Rubens Falcão, grande amigo de meu pai, figura
potencial na educação de nosso estado. Foi um grande orgulho ser sua secretária.
Com ele aprendi disciplina e dedicação, ele era perfeccionista ao elaborar um
relatório ou qualquer trabalho que assinasse e isso me ensinou bastante. Anos
após toma posse como interino, naquela Pasta o saudoso Dr. Badger Teixeira da Silveira,
no governo de seu irmão Roberto Teixeira da Silveira. Deixando o cargo levou-me
para o Palácio do Ingá onde exerci minhas funções no Gabinete Civil do
Governador, vivenciando todos os fatos que enlutaram nosso estado até a
cassação do nosso saudoso ex-Governador Badger Teixeira da Silveira. Entre
fatos e fatos tive momentos felizes ali no convívio com meus amigos e chefes,
não esquecendo o Dr. Jorge Loretti, grande colaborador e amigo de nossos
Governadores, sem esquecer-se do Dr. Michel Saad, amigo fiel no Governo, entre
outros...
Após essa
jornada casei-me com José Luiz Vianna Coutinho, uma união de quarenta e oito
anos baseada na lealdade e compreensão, sou mãe de Rosa Rachel. Tudo que sou
foi realizado em função de dar-lhe um futuro melhor.
Apaixonada
pelo Direito, resolvi cursar uma Faculdade vindo a me formar em mil novecentos
e setenta e sete, exercendo a função até hoje aos oitenta e oito anos, lúcida e
obstinada. Foi uma batalha sem igual: Mãe, Funcionária, Universitária e
Estagiária. Meu sonho era seguir a carreira de meu pai. Embora tentasse, o
destino mostrou-me adverso. Deus está sempre à escuta.
Aposentei-me
pela Procuradoria Geral do Estado após quarenta e dois anos de serviços
prestados ao estado, no cargo hoje, de Analista Processual.
Como conseguiu fazer tudo isso e trabalhando? Certamente irão
perguntar: Fazia faculdade na parte da manhã de segunda a sábado na SUESC; à
tarde trabalhava na Comissão de Inquérito da Secretaria de Educação e Cultura.
Quando na fase do estágio, já no quarto ano, fui nomeada para Defensoria
Pública na Comarca de São Gonçalo, às terças e quintas, requeri então minha
transferência para funcionar na Secretaria do Colégio Joaquim Távora no horário
de dezenove horas às onze, sem prejudicar minha vida funcional. E a minha
filha? O pai na parte da manhã fazia o papel de mãe. À tarde a Escolinha.
Essa foi a minha via crucis para poder realizar o meu sonho.
Em dezembro
de dois mil e doze meu saudoso esposo se despede desse mundo para um plano superior.
Apesar dos embates
da vida me julgo uma pessoa feliz, amada por todos aqueles que de mim se
aproximam numa sintonia de paz. Busco ajudar as pessoas naquilo que posso em
dificuldade que a mim socorrem, seja na minha profissão ou no atendimento aos
idosos e aí está minha felicidade.
Fiz as
três coisas essenciais durante minha vida: Plantei uma árvore “Sol da Bolívia”,
escrevi um livro “Alameda dos Sonhos e o
caminho percorrido”, cuja segunda edição será lançada em breve, e tive uma
filha.
Nos momentos
de inspiração faço minhas poesias. Se meu pai era poeta o meu DNA registrou.
Amo a poesia, recitar para espantar a tristeza, pois como qualquer mortal, ela
às vezes nos espreita e nas estrofes da vida solfejando ela vai embora.
Esta é Wilma Martins
Teixeira Coutinho.
20/02/2016
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