sábado, 16 de julho de 2016


JOSÉ TAROUQUELA DE ALMEIDA e 
MARIA CARLOTA DE OLIVEIRA ALMEIDA

                                                   Hélton de Oliveira Almeida

Foto da família, em 1974, por ocasião de suas Bodas de Ouro





   José Tarouquélla de Almeida nasceu em N. Srª da Penha, distrito de Itaperuna, no dia 24 de março de 1896.

   Juntamente com sua mãe, viúva, Benedita Tarouquélla e seus dois irmãos, Catão e Ernani, transferiu-se para Bom Jesus em 1923 vindo residir na casa onde hoje funciona o Colégio Rio Branco.
Trabalhou vários anos como “Guarda Livros” da firma Teixeira de Oliveira, local onde hoje é o Edifício Monte Líbano.

Contraiu núpcias, em 1924, com Maria Carlota de Oliveira Almeida, filha do saudoso Joaquim Teixeira de Oliveira (Quinca Teixeira), deixando uma prole de cinco filhos, Dalton, Helvio, Helton, Maria José e Ildes e 20 netos: Dalton (Silaine, Marilia e Marilaine); Helvio (Rubens, Ronaldo, Leila, Roney e Rossine); Helton (Glícia, José Guilherme, Gleise, Helcia); Maria José (Márcia, Marise, Marina e Marta); Ildes (Denise, Sergio, Fernando e Regina).

   Em 1927, dedicando-se exclusivamente ao ramo gráfico como um dos pioneiros na região, instalou nesta cidade a Tipografia Almeida, que até hoje mantém esta tradição.

    Em 1928 fundou o “Bom Jesus Jornal” que evido à carência financeira da região durou pouco tempo.

   Em 1930, juntamente  com particular amigo e jornalista Osório Carneiro,  fundaram o Jornal “A Voz do Povo”, que até hoje encontra-se em circulação.

   Sua vida foi sempre dedicada à família, nunca quis militar na política, razão porque seus filhos herdaram este princípio.

  Inteligente e curioso por natureza, nosso pai de tudo procurava aprender, podendo por isso, enumerar alguns casos interessantes de suas aptidões.

   Nos estudos, apesar de ter cursado apenas o Primário em Escola Rural, tornou-se um dos principais revisores do Jornal.

   Quando residia em São Domingos, foi fornecedor de dormentes para a Leopoldina enquanto aguardava o descarregamento dos carros de bois, ele observava com muita curiosidade o funcionamento do telégrafo da Estação, tornando-se mais tarde telegrafista da própria Leopoldina.

    Fotógrafo amador, sempre amante desta arte, ele batia as fotos e em um laboratório improvisado em nossa casa, ele mesmo revelava os filmes e copiava os retratos.
   Mecânico por natureza para qualquer tipo de máquinas. Na época da fundação de “A Voz do Povo”, adquiriu uma máquina impressora velha e toda desmontada, e com a sua curiosidade e persistência colocou em funcionamento e até hoje é a máquina que imprime o Jornal O Norte Fluminense.

   Desde Solteiro foi apaixonado por automóveis, dos velhos Dodges aos Fordecos. Contava para nós que em seu carro conduziu os Governadores Feliciano Sodré, do Estado do Rio e Florentino Avidos do Espírito Santo para a inauguração, em 1927, da ponte de cimento que separa os dois Estados.

   Juntamente com diversos amigos fez com seu carro, acredito, a primeira excursão automobilística do trajeto Rio de Janeiro-Bom Jesus. Uma verdadeira maratona, num grande percurso da estrada de chão.
     Faleceu em 1979 aos 84 anos de idade.

(Texto publicado no livro RESGATANDO O PASSADO, IMPORTANTE DOCUMENTÁRIO DE BOM JESUS - LEMBRANÇAS E RECORDAÇÕES, em 2000, de Helton de Oliveira de Almeida e João Baptista Ferreira Borges)

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