Se de ti eu tanto gosto, No morro, a ventania,
contigo quero
casar, a pipa duma criança,
numa manhã de
agosto, do vento, seja qual dia,
frente a
frente, no altar.
velho barroco, balança.
Tuas rendas, que bonitas, Diz para vós, este Zé:
para noivas, e não só, Faço versos não à toa,
para Alices, e Ritas... há
dias, julgo até,
também sim, pra minha avó. são raízes do Pessoa!
Em outros tempos, fui musa, As rosas, que belo
cheiro,
dum rapaz que muito amava, a vender, muito dinheiro.
se vestia linda blusa, Cheiroso,
o verde limão,
com suas mãos, alisava... no meu pomar,
tantos são!
Nem todo fogo, tem chama. É tenor, tem muita fama,
Ele me quer, sou amada, no
palco canta Granada,
me chama pra sua cama, quando noite, se na
cama,
e nunca fico enfadada. sua esposa é: cantada!
Estás de nós
tão distante Tenho um relógio sem horas,
não, não mais o meu abraço, o vejo
de vês em quando,
mas sempre estarás presente, sem
concerto, sem melhoras,
nos versos que tanto faço. eu não sei ás quantas...ando!
Linda eras tal princesa, Desculpem roubar-lhes tempo,
a tua voz encantava, da leitura a canseira,
inda hoje a certeza, muito pior ao momento também de mim, tanto amavas. roubar a vossa carteira!
(pipa,brinquedo com barbante comprido)
07/09/2016 --- J. Pais de Moura
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