Sanfoneiro toca tão bem, Se toco
numa flor,
não só, palcos teatrais, a
toco com muito jeito, toco sanfona também, rego, rego do calor,
pro meu neto: Fábio Pais. a dita: amor-perfeito.
Eu, muito toco no burro, Gaita
de foles eu toco,
quando o dito está parado, e não
sou irlandês, não só
hoje, ouço um urro, na
adega toco no copo,
d’um lobo esfomeado!
e bebo,
duma só vez.
Toco
caixa numa banda, Mineiro toca, na mina, fardado, todo emproado vassoura
varre poeira, toco em vasos na varanda,
tanto
malho na oficina, lindos cravos são regados. e nunca, nunca canseira.
Na tão linda namorada, No piano sei tocar,
dei um beijo, disse: ai, ai! e
nas teclas do meu amor,
se chega a alvorada, em
seguida vou orar,
consolada, logo vai... na igreja do Senhor.
Toco o sino do portão, Eu,
toco numa cortina,
pra saber: estou presente, da lenha, grande fogueira,
chega a dona da mansão, sacola não pequenina,
dou beijinhos, de presente. e dirijo-me, à feira.
Eu toco também o sino, Na feira muito toquei,
- de férias o sacristão - toquei também na carteira, -e rezam ao Deus-menino e, de tanto que comprei,
os fieis, com devoção. tão
cedo não vou à feira.
06/12/2016 --- José Pais
de Moura Simões
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