domingo, 11 de dezembro de 2016

TROVAS do CANINHAS e MINHAS - II


-respostas-


À chama duma fogueira
Não cantes a desgarrada,
Porque a chama é traiçoeira
Que podes ficar queimado.
-Caninhas-

Larga a moça, vai pra casa,
Lembra-te que és casado,
Nunca, não, abras asa
Que podes ficar queimada.
 -Caninhas-


Não cantes a desgarrada
Perto de uma fogueira,
Se caíres, ficas queimada,
Morrerás quando Deus queira.
-Jose Pais-

Não largo a moça não, não
Apesar de ser casado,
O atraente corpão,
Terá que ser apalpado!
-Jose Pais- 


Salta a fogueira comigo!
Satisfaz meu coração!
Inda casarei contigo,
Quem tal diz, é São João.
-Caninhas-

À beira rio cantei
Quadras de amor e saudade:
Vivi, porque recordei
Pedaços da Mocidade!
-Caninhas-


És tão doce como um figo,
Não só dia de São João,
Sempre fui teu grande amigo,
Finalmente a união.
-Jose Pais-

 À beira rio olhei
 um rosto,”menos de cem”,
 Hoje, por ele rezei,
 Descansa sim, na além.
-Jose Pais-


No São João as canções
Mais as velhas desgarradas
Faz lembrar as prestações
Mas... em letras protestadas.
-Caninhas-

A vida é como o cigarro,
Após o fogo acender;
E é nisto que eu reparo:
Tem calor até morrer!
-Caninhas- 


Sobre as letras protestadas
Deve ser sim, um engano,
Tenho dinheiro às carradas
Seja qual seja o ano.
-Jose Pais-

O cigarro quando arde,
O fumo vai para o alto,
Ao ver, dá-me vontade
 De pisá-lo no asfalto.
-Jose Pais- 


Teus olhos são dois faróis
A iluminar-me o caminho
Pra caminharmos os dois
Diretos ao nosso ninho.
-Caninhas-

 O destino não existe
 E a sina muito menos:
 O azar é que existe
 Desde que somos pequenos!
-Caninhas- 


Diretos ao nosso ninho,
No dito, um fofo leito,
Jamais erro o caminho
Darei beijinhos no peito.
-Jose Pais-

Todos nós temos destino,
 Logo após o nascimento,
 Eu jamais perdi o tino,
 Faço trovas, ao momento.
-José Pais 


OBS.:
- Caninhas, apelido, nome próprio: António Cardoso Moreira-

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