Vicentinos dos municípios capixabas de Castelo, Alegre, Dores do Rio Preto e Guaçuí estiveram hoje no Santuário de Nossa Senhora de Natividade (RJ), comemorando os 400 anos do carisma vicentino. A próxima reunião comemorativa ocorrerá no final do mês, em Castelo.
Veja o texto emitido pela entidade, que reproduzimos abaixo, em
http://asvp.org.br/aniversario-de-400-anos-do-carisma-vicentino-sera-comemorado-com-reflexoes-em-apoio-aos-estrangeiros/
Comemora-se em 2017 o aniversário de 400 anos do carisma vicentino. A data será celebrada em todo mundo com reflexões em torno dos gestos de caridade empreendidos em favor dos estrangeiros. O padre Gregory Gay, Superior Geral da Congregação da Missão (ordem dos padres, fundada por São Vicente de Paulo), definiu que entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017 será o Ano da Acolhida ao Estrangeiro. O lançamento oficial deve ser feito no próximo dia 15 de maio, na Festa de Pentecostes.
A partir de 15 de maio, os líderes da Família Vicentina terão a responsabilidade de desenvolver um processo de reflexão e consulta no respectivo Ramo, trabalhando estreitamente com as equipes nacionais e regionais, sobre as seguintes perguntas: a) Quem são os estrangeiros ao nosso redor? b) Como estamos dando nosso apoio atualmente? c) Quais as novas necessidades que estão surgindo? d) Como podemos responder a estas necessidades? e) Somos nós os estrangeiros necessitados de acolhida?
As respostas a estas perguntas serão compiladas em outubro de 2016 e o resultado delas transformado em um plano de trabalho ao ano seguinte. Padre Gregory Gay dá pistas que podem orientar os trabalhos das pessoas que se dedicarão ao projeto, principalmente, elucidando o público-alvo da iniciativa. “São muitos: os refugiados que fogem da opressão e da pobreza; os desabrigados em suas cidades devido a guerras civis; os migrantes que buscam uma vida nova; os sem-teto; os enfermos físicos ou mentais; aqueles que sofrem discriminação por sua fé, raça ou cor; o jovem ou o ancião solitário e vulnerável. Muitas destas pessoas e situações já estão familiarizadas com o trabalho dos membros da Família Vicentina em nível global”.
O representante da Família Vicentina na Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) é o confrade Cristian Reis da Luz Bigão, vice-presidente do Conselho Nacional do Brasil (CNB). Ele pede que os vicentinos divulguem a carta do padre Gregory Gay (baixe aqui), que foi traduzida pelo padre Joelson Sotem (também da Congregação da Missão-CM). Ainda aconselha que os confrades e as consócias pensem em estratégias globais. “Lembremos sempre que o carisma tem que ter sua chama acesa… na Igreja, na sociedade. Mais do que um Ramo, devemos pensar na família, no carisma! Somos portanto, desafiados a viver intensamente nosso carisma, reconhecendo nossos ‘Mestres e Senhores’ e agindo eficazmente com caridade, ‘fazendo o que a justiça sozinha não saberia fazer’”.
400 ANOS DO CARISMA
O carisma vicentino foi iniciado em 1617, na Igreja de Chatillon, quando Vicente de Paulo exortou os fiéis a ajudarem uma família pobre da Paróquia. A família foi salva pela pronta resposta a este convite à ação e como resultado deste momento, Vicente compreendeu que a caridade para ser efetiva devia também estar bem organizada, um evento que tem mudado o mundo nos últimos 400 anos.
Lançamento de logomarca é uma das atividades em comemoração aos 400 anos do carisma vicentino
A Família Vicentina se prepara para comemorar os 400 anos de instituição do carisma dela inspirado em São Vicente de Paulo. Foi o santo que em 1617 fundou a instituição Damas da Caridade, o primeiro Ramo vicentino que, depois, abriu as portas para a criação de muitas outras entidades, a exemplo da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP). Para celebrar a data, foi lançada a logomarca oficial.
A imagem é composta por um círculo (que representa o mundo, a história, a vida) formado por várias linhas coloridas (simbolizando os Ramos da Família Vicentina). “Estas linhas ou raios simbolizam as Congregações, grupos, associações fundadas a partir do carisma vicentino. Eles também simbolizam a sociedade, com suas imperfeições e alegrias, esperanças e fraquezas”, explica o padre Alexis Trujillo Cerquera, que apresentou a arte nesta semana no site internacional da Família Vicentina.
Ainda de acordo com a explicação do padre, as estrelas da logomarca remetem aos dois lugares teológicos onde Vicente de Paulo viu os traços de Deus na vida dele e que iniciou as obras de caridade: Gannes-Folleville e Châtillon-les-Dombes, ambas na França.
Já a cruz que corta o desenho representa a ressurreição de Cristo e a festa de Pentecostes. “A cruz nos lembra que é sempre um sinal de um novo espírito que vive dentro de nós e nos convida a viver como Família Vicentina em nosso mundo”, completa o padre.
Já a cruz que corta o desenho representa a ressurreição de Cristo e a festa de Pentecostes. “A cruz nos lembra que é sempre um sinal de um novo espírito que vive dentro de nós e nos convida a viver como Família Vicentina em nosso mundo”, completa o padre.
Logo dos 400 anos do Carisma Vicentino
O Pe. Alexis Cerquera Trujillo compartilha conosco o logotipo que desenhou para os 400 anos do Carisma Vicentino.
O Pe. Alexis Cerquera Trujillo compartilha conosco o logotipo que desenhou para os 400 anos do Carisma Vicentino.
Explicação do logo:
Foi construído a partir de uma figura básica:
O círculo: (o mundo, a história, a vida, etc.). Este círculo está formado por diversas linhas, organizadas de uma maneira “radiante” em diferentes cores (roxo, verde, azul…).
O círculo: (o mundo, a história, a vida, etc.). Este círculo está formado por diversas linhas, organizadas de uma maneira “radiante” em diferentes cores (roxo, verde, azul…).
Estas linhas ou raios simbolizam as congregações, os grupos, associações… fundadas desde o carisma vicentino. Também simbolizam a sociedade, com suas imperfeições e alegrias, esperanças e cansaços…
Este círculo ligam as duas estrelas, que recordam dois “lugares teológicos” onde Vicente de Paulo viu as pegadas de Deus em sua vida e que, por palavras, se tornaram acontecimentos importantes: Gannes-Folleville e Châtillon-les-Dombes.
As estrelas: sua localização nos recorda o território francês. Estão unidas por uma cruz de luz que recordam a Ressurreição e Pentecostes.
A cruz nos recorda que é sempre um sinal de um novo Espírito que nos habita e nos convida a viver como Família Vicentina, em nosso mundo, razão pela qual o rosto de Vicente se encontra na intersecção da cruz.
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