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quinta-feira, 6 de julho de 2017
DELIO PORTO
Onofre Nunes da Silva
Em plena reunião de almas entrelaçadas,
A voz a declamar, com ritmo e harmonia
O artista Delio Porto, em noites estreladas,
Ungia a todos nós com a luz da poesia.
Eram odes de amor, com sons e melodia,
A perfeição sutil das rimas declamadas...
Às vezes, me levava ao sonho e fantasia,
As bela expressões ali representadas.
Um dia, me falou: aprenda a declamar!
A poesia é uma flor que se cuida e se planta.
Pois eu posso ir-me embora e nunca mais voltar.
E, morrendo, deixou o que a vida produz,
Entre nós, a lacuna em que gênio se encanta
E também para sempre um rastilho de luz...
(Do livro "Flores do Perdão", publicada pela Editora O Norte Fluminense, em 2014, integrante da Coleção Literatura Bonjesuense)
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