quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Chuva forte causa apreensão em São José do Calçado (ES)

A chuva forte que se abate na região, neste momento, está trazendo preocupação a todos os moradores.

Em São José do Calçado, por exemplo, segundo relato, a irregularidade nos bueiros acelera a apreensão com o acúmulo das águas nas ruas, que pode resultar no alagamento de residências.


Apiacá e a saudade do dr. Jaime Figueiral



No dia 20 de janeiro passado, passaram-se dois anos de saudade de Jaime Figueiral, médico humanista dos mais respeitados, e músico dos mais queridos em nossa região.



Iza Terezinha Barreto Ribeiro, viúva do dr. Jaime Figueiral


Ele nasceu em Pureza, distrito de São Fidélis, no dia 3 de julho de 1937, mas foi em Apiacá (ES), contudo, que se estabeleceu e seu brilho se estendeu até longínquas paragens.

Filho de Silvio Figueiral Ribeiro e  Aivlis Coelho Ribeiro, o nome de sua mãe foi idealizado a partir da leitura do nome Silvia de forma espelhada, ou seja, escrito ao contrário. Interessante que Silvio era tio de Aivlis. Em decorrência dessa consanguinidade, dos 5 filhos que tiveram, apenas 2 sobreviveram: Jamil e Jaime. Terezinha, Janice e Jamil viveram poucos meses.

Ele estudou em um colégio interno de Muqui (ES), dirigido por Dirceu Cardoso, o que fez com que se tornasse fã incondicional do político capixaba.

Jaime Figueiral conheceu Iza Terezinha Barreto Ribeiro, em 1954, em Apiacá e se casaram em 1957. Ela tinha 16 anos, e ele 19. 

Iza nasceu em São Pedro do Itabapoana, no dia 20 de outubro de 1938. Seus pais Osvaldo Barreto, oriundo de Glicério, em Macaé (RJ), e Odete de Paula Barreto, de Petrópolis, eram farmacêuticos.

Segundo Iza, "eles se conheceram em Petrópolis, na farmácia D. Pedro II, onde trabalhavam. Casaram-se lá. Depois, mudaram-se para Conceição de Muqui. Meu pai era amigo do Capitão Rufino, avô de Cleverson Rufino Araújo.

Meu pai estabelecia uma farmácia em cada local onde residia. Assim ocorreu em Palmital (Fazenda União), onde morou. Os nomes das farmácias eram sempre São Pedro, porque minha mãe era devota do santo. Por problema de saúde, meu pai mudou-se para Apiacá. 
Foram dez os filhos: eu, Vera, Vinícius, Alice, Veraldo, Vivaldo, Ari, Vivian. Elisa e Janio. Vera e Vinícius nasceram no antigo Iuru, hoje José Carlos. Veraldo nasceu em Conceição do Muqui, Vivaldo, Ari, eu e Jânio, nascemos em São Pedro, enquanto Vivian e Elisa nasceram em São Benedito. Minha avó paterna se chamava Elisa, enquanto a materna era Alice. 

Iza continua: "Quando os pais de Jaime estabeleceram a loja de tecidos conhecida como Casa Santa Terezinha, o nome foi dado em homenagem a uma de suas filhas. A Casa Santa Terezinha teve filial em Bom Jesus do Itabapoana (próxima à Casa Salim Antônio) e funcionou por mais de 30 anos. Após isso, a loja de Bom Jesus foi fechada, enquanto a de Apiacá foi passada para Mauro Borges Alvarenga."


Prédio onde funcionou a Casa Santa Terezinha, de propriedade dos pais de Iza Terezinha


Iza conta sobre a trajetória de Jaime: "Ele foi diretor do Colégio Gabriel da Silveira, em Apiacá, que, hoje, tem o nome de 'Maria de Lourdes', e trabalhou, por um período na loja de seu pai.

Era muito amigo do magistrado dr. José Ronaldo do Canto Cyrillo.

Certa vez, o juiz de direito Oto Gomes, que lecionava no colégio dirigido por Jaime, disse a ele: 'Você é muito inteligente. Faça Direito, que você pode ser um Promotor de Justiça ou um Juiz de Direito'. O fato é que, certa vez, o prefeito Honório Vaz pediu a ele: "Vá a Campos, e leve  meu filho Aldário e seu amigo Noel, para fazerem vestibular de medicina. Assim você anima eles. Jaime concordou e fez também a inscrição. O resultado é que Jaime passou no vestibular e os outros dois não. Foi um momento de muita alegria para todos nós".

Baile de Calouros, no Saldanha da Gama, em Campos dos Goytacazes, no dia 8 de maio de 1971
Iza prossegue: "Posteriormente, o dr. Renato Pereira Pinto disse a ele: 'já que você vai estudar em Campos, leve sua mulher. Arranjei trabalho no Liceu para ela'. Ocorre que eu não aceitei, porque entendia que Jaime precisava estudar e não tomar conta de filhos.

Jaime passou a ficar na pensão da Dona Dalcy. No primeiro ano do curso, Paulo Portugal convidou Jaime para trabalhar na Clínica do Edson Coelho dos Santos, em Campos dos Goytacazes. Jaime estava em dúvida se aceitaria o convite. Contudo, ao andar pelo jardim da casa de Dona Dalcy, ele viu, no chão, uma medalha de Nossa Senhora das Graças. Neste momento, ele pegou a medalha e falou para si: '- Eu vou aceitar!' O fato é que Jaime jamais deixou de levar consigo esta medalha. Graças a esse trabalho, ele conseguiu pagar a faculdade. Além disso, dois amigos, Edvar Tebaldi e Ernâni Chierici, deram apoio para que ele pudesse se deslocar até Campos. Na época, eu ganhei um fusca do meu sogro  era com ele que Jaime vinha para Apiacá todos os sábados e feriados.


Dr. Jaime Figueiral


O tempo passou tão depressa. Os seis anos voaram e Jaime se formou em 1976.



Iza: "Paulo Hartung, quando visitou Jaime Figueiral, disse que nossa residência era uma fazenda urbana"







Jaime aprendeu piano com a professora Dalka Diniz, na fazenda dela em Bom Jesus do Itabapoana, quando tinha 8 anos de idade. Depois, aprendeu saxofone, clarineta e violão com Geraldo Sá Viana. Violão e acordeon ele aprendeu por conta própria.


Fato marcante foi a formação do grupo Chorões do Vale, por Geraldo Sá Viana, que era integrado por ele, Jaime Figueiral, Edílio e Cristóvão. Os ensaios ocorriam em Bom Jesus do Norte. O grupo durou oito anos.


Silvio Figueiral e Amilcar Abreu Gonçalves


Iza foi vice-prefeita de Apiacá entre 1993 e 1997, tendo Gurubeia como prefeito. Ela conta que foi uma experiência importante, porque aprofundou sua visão de mundo, embora tenha uma contrariedade. "Derrotamos Hilda Figueiredo, que tinha sido prefeita. Embora eu tivesse organizado os carnavais de 1993 e 1994, Gurubeia nunca permitiu que eu assumisse a administração, mesmo quando ele adoeceu", lamenta.




Iza, com o Dr. José Maria, advogado e sua esposa Ieda, por ocasião de sua posse como vice-prefeita, no Lítero Clube de Apiacá


Iza, no carnaval de 1993

Em 1999, recebeu o título de cidadã apiacaense.


Max, Cristiane Alvim, Silas, Elis, Claudia, Jamail e Aladir Chierici, no Apiacá Lítero CLube, em 23 de julho de 1999, quando Iza recebeu o título de cidadã apiacaense

Iza prossegue: "Jaime compões muitas músicas, entre os quais o  Hino da Maçonaria de Bom Jesus do Itabapoana.

Sala onde Jaime Figueiral compunha suas músicas
 Compôs, também, a música "Gabriela", em parceria com nosso filho Sylvio". O Hino de Apiacá foi composto por seu irmão, Jamil Figueiredo Ribeiro, que também era músico e médico". 


Hino de Apiacá foi composto por Jamil Figueiral, irmão de Jaime







Jaime Figueiral e Sylvio compuseram a música "Gabriela"

Iza continua: "Tivemos dois filhos: Sílvio Claudio Max Figueiral Ribeiro, que é bioquímico e trabalha no hospital de São José do Calçado (ES), Sylvio Figueiral Rubens Neto, dentista, que faleceu aos 46 anos, há 11 anos atrás, depois de um acidente que fez com que ele desenvolvesse a doença "cron". Silvinho tinha medo de morrer. Deus levou-o, sem ele saber que estava morrendo..."
Quando eu estive na França, visitei a Casa de Santa Terezinha de Lisieux, com Max. Nós éramos devotos dela e de São Miguel Arcanjo. Jaime Figueiral, contudo, era muito devoto de Santo Antônio. Tenho 4 netos: Saulo, Silas, Henrique e Bernardo, e um bisneto: Gustavo.


Iza e a foto de Sylvio



Poesia de Sylvio Figueiral, em 1987
Sylvio Figueiral Rubens Neto

Iza diz que "Jaime era muito religioso e caridosíssimo. 
Era bom pai e bom marido. Gostava de dançarFaleceu aos 78 anos de idade, de diabetes. Jaime deixou como legado um exemplo de vida para a família, para Apiacá e para toda a região.

Iza é dedicada à história de Apiacá. Ela ressalta três nomes importantes para o município: Antonio Caetano de Meneses, a esposa deste, Georgina May de Meneses e o Capitão Gabriel Ferreira da Silveira, conhecido como Capitão Santinho.



Antonio Caetano de Meneses

Segundo ela, "Antonio Caetano de Meneses foi quem deu início ao surgimento de Apiacá. No início, ele comprou a Fazenda Boa Vista. O primeiro nome de Apiacá foi dado em sua homenagem.

Sua esposa, Georgina May de Meneses, foi quem mandou construir a Igreja de Sant'Ana e doou propriedades para que Apiacá se expandisse.

O Capitão Gabriel Ferreira da Silveira, conhecido como Capitão Santinho, doou o terreno para a construção do Ginásio Gabriel Silveira."

Georgina May de Meneses




Cap. Gabriel Ferreira da Silveira (Capitão Santinho)

Com um sentimento de dever cumprido, Iza deixa um recado para as novas gerações: "Sejam devotos e não deixem de estudar! Essa é a maior herança que os pais deixam para seus filhos".


Iza: uma vida dedicada à família e a Apiacá




CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE ILDEFONSO BASTOS BORGES ( O "Santo Afonsinho" dos Pobres)



UMA DATA A SER LEMBRADA E COMEMORADA COM GRATIDÃO

Em 28/02/1918, nascia este ilustre bonjesuense, predestinado a ter várias missões, entre as quais, aquela que ficou marcada para sempre, onde teve a sua vida ceifada em momento de intensa emoção ao, finalmente, depois de muita luta e reivindicações, ver concretizado o sonho, acalentado por ele e seus irmãos, Cid e Hélio, da fundação daquele que viria a ser o Colégio Técnico Agrícola de Bom Jesus, justamente homenageado com o seu nome e, mais tarde, na continuação do sonho, encampado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) com seu "Campus Avançado" e, atualmente, faz parte do complexo do Instituto Federal Fluminense (IFF).
Fonsinho, como era carinhosamente chamado, além da sua ocupação profissional como médico-veterinário, era ligado ao Ministério da Agricultura, e lotado em um Posto avançado em Bom Jesus, graças à sua alta capacidade e dedicação, virtudes reconhecidas além fronteiras.
Mas, Fonsinho, que teve no seu nome de batismo uma homenagem ao avô materno, Ildefonso Garcia Bastos, foi moldado numa sólida atmosfera familiar em que, tendo perdido o pai, Tonio Borges, com apenas 7 anos, e ao lado de 4 irmãos, todos homens, com idades compreendidas entre 9 anos e 40 dias, foi criado com muito amor e dedicação por uma mãe, Carmita (Carmem), ainda muito jovem (29 para 30 anos), mas, de muita fé e confiança na Providência Divina, largamente comprovadas ao longo da criação e educação dos filhos, aos quais transmitiu valores fundamentais na solidificação do caráter de todos eles e, dos quais, Fonsinho jamais se esqueceu, principalmente, aqueles da fé, uma fé simples, porém, profunda e fiel, que permeou todos os atos de sua vida, incluindo uma sua faceta pouco conhecida, porque discreta, mas, suas ações, caridosas, "brilhavam" e, mesmo sem o saber, não passaram despercebidas, que o digam os inúmeros pobrezinhos seus irmãozinhos, era assim que ele os considerava, se sentiram órfãos e o recordam chorosos, até os dias atuais (e lá já se vão quase 50 anos), e o consideram um Santo, o "Santo Afonsinho" dos pobres.
E, claro, Afonsinho foi de um valor imensurável e referencial para a família, marido e pai carinhoso e exemplar, filho fiel e amoroso, irmão de qualidades e amizade inestimáveis, tio admirável e inesquecível, também, pelos seus primos e amigos.
*1- "Afonsinho" era a maneira simples e  carinhosa como os pobrezinhos o chamavam.
*2- Fonsinho teve uma destacada, embora sempre discreta e desapegada, participação como "vicentino", integrante que era da Conferência São Vicente de Paulo de Bom Jesus.
*3- participou, também, ativamente, da Liga Católica da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, bem como participou, entusiasticamente, como sempre, das atividades para a fundação do Abrigo dos Velhos José Lima, tendo sido membro da sua 1ª Diretoria.






Nota:
1ª foto - acervo de seu filho, Cristiano Batista Borges, último ato em vida de Fonsinho, após assinar o documento, que oficialização a criação do Colégio Técnico Agrícola que, posteriormente, levaria o seu nome. Logo após este ato, pela emoção do momento, o seu nobre coração não resistiu...

2ª e 3ª fotos - copiadas e editadas (recortes) do acervo do fotógrafo Darcy Boniolo. Momento com a Liga Católica Jesus, Maria e José, diante das escadas da Igreja Matriz Senhor Bom Jesus e, no "Rosário da Madrugada", uma bela iniciativa, à época, do Pe. Francisco Apoliano. Fonsinho, como sempre, altivo e com seu terço à mão; este terço ele jamais o deixava e, hoje, continua a fazer o mesmo papel nas mãos do seu filho Cristiano, no Terço dos Homens, na Paróquia N. Sra. da Paz, Ipanema, Rio de Janeiro.
Fonsinho era um imbatível devoto de Nossa Senhora e tinha por hábito, desde tenra idade, rezar o terço em Sua homenagem e para pedir pela paz no mundo e conversão dos pecadores.

4ª e 5ª Fotos - Homenagem feita pelo Professor Luiz Antônio Vieira da Silva, em 2009, nos 39 anos de fundação do Colégio Técnico Agrícola Ildefonso Bastos Borges, disponível na internet.

6ª foto - acrescentamos mais esta foto, por ser, parte integrante, ainda, da cerimônia de fundação do Colégio e, onde estão,entre outris conhecidos, o tio Fonsinho, mais atrás, o tio Hélio, que seria o 1° Diretor do Colégio e a, também, saudosa, prima Maria Inês, filha de tio Orlando, em 1° plano. Está foto faz parte do Acervo do IFF, através do Prof. Fernando Ferrara.





Bom Jesus do Itabapoana, 28/02/2018

Antonio Soares Borges
Cristiano Batista Borges
Francisco Eugênio Soares Borges

HOJE, FAZ 57 ANOS DA MORTE DE ROBERTO SILVEIRA



Roberto Silveira, Ismélia e os filhos

Hoje, 28 de fevereiro, faz 57 anos da morte do ex-governador Roberto Silveira, vítima de atentado em Petrópolis (RJ).


Roberto Silveira é glória de Bom Jesus do Itabapoana


Nascido no dia 11 de junho de 1923, no Sítio Rio Preto, em Bom Jesus do Itabapoana - assim como seus irmãos Badger, Zequinha, Maria da Penha e Dinah - Roberto estudou na Escola Municipal de Barra do Pirapetinga, com a professora Olga Ebendinger.



Roberto Silveira estudou na Escola Bom Jesus, da professora Amália Teixeira, localizada na parte superior do prédio

Posteriormente, estudou na escola da professora Amália Teixeira e no Colégio Rio Branco, ambos localizados na cidade de Bom Jesus do Itabapoana.

Colégio Rio Branco, onde estudaram os irmãos Roberto, Badger e Zequinha Silveira, funcionou entre 1920 e 2010, e, hoje, compõe o ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos)


Na década de 1940, Roberto estudou na Faculdade de Direito de Niterói.

Elegeu-se deputado estadual em 1947, sendo reeleito em 1950.

Ismélia e Roberto Silveira

Em 1951, casou-se com a bonjesuense Ismélia Saad, filha do libanês Melhim Hanna Saad e Alzira Sauma Saad. Com ela teve três filhos: Jorge Roberto, quatro vezes Prefeito de Niterói, Dôra, museóloga e historiadora, e Márcia, socióloga. Jorge é casado com Cristina Ramalho Silveira com quem tem um filho: Roberto. Márcia é casada com o médico Alberto Domingues Viana, radiologista e professor da UFF. Eles possuem um casal de filhos: João Alberto, médico como o pai, e Maria Roberta, que é administradora de empresa.

Secretário estadual do Interior e Justiça, foi eleito vice-governador em 1954. 

Foi eleito governador em outubro de 1958.

Ana Maria Silveira e Badger Silveira Filho, sobrinhos de Roberto Silveira, sustentam que o tio foi alvo de atentado

Tido como futuro presidente da República, sucedendo a João Goulart, após adentrar em helicóptero, onde pretendia verificar os estragos causados pela enchente em Petrópolis, o aparelho, alvo de trama de forças interessadas em seu desaparecimento, desgovernou-se ao decolar. A queda da aeronave causou a morte de Roberto Silveira, em decorrência de queimaduras.

Um mar de guarda-chuvas no adeus ao inesquecível Roberto Silveira

Ana Maria Silveira, sobrinha do ex-governador, prestou declaração ao O Norte Fluminense confirmando a tese de atentado, que pode ser lida no link: http://onortefluminense.blogspot.com.br/2014/06/roberto-silveira-foi-vitima-de-um.html )

Ismélia Silveira: lágrimas que nunca findam

(Fotos do livro ROBERTO SILVEIRA, A PEDRA E O FOGO, de José Sérgio Rocha)

No dia 10 de agosto de 2014, no Sítio Rio Preto,  onde nasceram Roberto e seus irmãos, foi realizado o lançamento da pedra fundamental do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, que foi inaugurado, com muita emoção, no dia 7 de agosto de 2016.


Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira foi inaugurado no dia 7 de agosto de 2016


A eterna primeira dama Ismélia Silveira e sua filha Dora Silveira participaram da inauguração do Memorial. Na foto, acompanhadas de João Bosco de Figueiredo Côgo, responsável pela organização do acervo


Ismélia Silveira e o rico acervo do Memorial 



Seu exemplo de luta e de vida é luz a iluminar nossos caminhos.





ROBERTO SILVEIRA VIVE!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O governador que conheceu Pe Mello



No ano de 1997, foi publicado, pela editora Cromos, o livro "A Planície e o Horizonte, Memórias Inacabadas", de Celso Peçanha, ex-governador do Estado do Rio de Janeiro nos anos 1961 e 1962, que assumiu o poder após a morte de Roberto Silveira. Os registros  vão de 1930 até a década de 1990.

Celso Peçanha dedicou um espaço em sua biografia intitulado: PADRE, POETA E AGRIMENSOR, para retratar o "primeiro líder religioso que conheci: Padre Mello".

Celso, nascido em Santo Eduardo, distrito de Campos dos Goytacazes, se recorda que Antônio Francisco de Mello "estendia a sua ação evangelizadora a toda a região circunvizinha a Bom Jesus, inclusive Santo Eduardo".

E assinala: "Tinha métodos muito peculiares de apascentar seu rebanho. Era também poeta. E topógrafo. Com imenso gosto, Padre Mello manejava o teodolito para demarcar terrenos da paróquia ou, em sentido mais estrito, cuidar da localização de barraquinhas na festa do padroeiro".

"Padre Mello viveu em Bom Jesus mais de cinquenta anos. Construiu belas igrejas, dez ou quinze capelas e batizou milhares de crianças naquela região do norte fluminense. Os paroquianos o adoravam, e a prova está na herma em bronze que lhe erigiram na praça, defronte à matriz. Como agrimensor, era chamado às vezes para fazer perícias nesse campo. E entre as atividades de seu munus sacerdotal, figurava também escrever para o semanário A Voz  do Povo, fundado por Osório Carneiro, onde escrevi o primeiro artigo. É dessa colaboração o soneto Carros de Boi, que muitas pessoas sabem de cor naquela região, especialmente pela expressiva metáfora dos tercetos".

"Recordo-me que, quando jovem, era sempre de carro de boi que íamos, a família inteira, à festa de Bom Jesus, no mês de agosto. Meu pai aproveitava a viagem para rever os amigos Malvino Rangel, Zezé Borges, tomar cerveja no bar do Othon Hirsch e combinar novos desafios nas rinhas de galo".

"Nós, os meninos, nos espalhávamos pelas ruas à procura de folguedos e distrações, e quase sempre íamos assistir futebol nos campos do Progresso ou do Olímpico..." 

"... em 1961, como governador do Estado, dei minha contribuição ao progresso de Bom Jesus e à sua festa anual: concluí a estrada que Roberto Silveira começara e só chegara até a fazenda do Jorge Assis. Concluí e levei-a por Santa Isabel, Carabuçu, Santo Eduardo, Santa Maria e Espírito Santinho, indo acabar na Koteca, no Morro do Coco - caminhos que davam para Bom Jesus do Padre Mello e região de quatro ex-governadores do Estado. Quando jovem, joguei futebol lá, em Carabuçu, e em Santa Maria, na usina - agora desativada -, na vila e em Espírito Santinho."


O soneto Carros de Boi era famoso na época da juventude de Celso Peçanha: "muitas pessoas sabem de cor naquela região"


CARROS DE BOI

Pe. Mello


Por caminhos da roça tortuosos
Estreitos e cavados vão passando
Velhos carros de bois, estes cantando,
Aqueles em gemidos lamentosos.

Mas sendo iguais e todos preciosos
Os frutos que da terra vão levando,
E se o destino igual os vai guiando,
Por que vão uns cantando e outros chorosos?

Que diga o coração da humana raça
Quão variadamente ele palpita,
Se é vária a onda que por ele passa!

De dores e alegrias no transporte,
Tal como o carro, canta, chora, grita,
Conforme o aperto dos cocões da sorte.





Buscando informações sobre trisavô português


Boa tarde,

Eu estou em busca de maiores informações a respeito do meu trisavô português, que provavelmente veio de Portugal, e foi morar na Fazenda São Domingos em Itaperuna. Em meio às buscas, eu achei este blog muito interessante e a matéria "dos Açores ao Brasil", que conta sobre portugueses que também moraram nesta fazenda e, pelo visto, vocês descreveram bastante detalhes a respeito do casal. Gostaria de saber se por acaso vocês tenham alguma informação que possa me ajudar.... eu ficaria grata. Obrigada pela atenção e aguardo respostas!


Link do blog que achei a matéria: http://onortefluminense.blogspot.com.br/2012/07/
Att,
Luiza Santos