Joel Boechat
Cantinho das minhas esperanças
A mão Divina... com Seu Amor desenterra
Tudo que há de melhor no solo
Da nossa generosa terra...
Minhas mãos enrugadas, calejadas e molhadas
de suor...
Unidas, em prece, agradecem a bondade do Nosso Senhor
Choro... quando vejo o Meu Sertão
Sob um Sol escaldante, inclemente
Secando e rachando a terra
Do que vive e depende tanta gente...
Faço uma súplica ao Senhor!
Senhor dos ceus infinitos
Somos pobres filhos Teus, tão aflitos
Pedimos-Te que o pêso da nossa divida
Seja menor que o pêso da luta desesperada
Que travamos pela vida...
Mas, meu Senhor ,quando ferimos a terra
Com rudes golpes de algumas enxadas
Sentimos o Teu Amor...
Ficam menos enferrujadas
Dispostas à novas jornadas.
Quem não conhece o nosso Sertão
E, nem sabe que as chuvas
São raras no nosso torrão...
Pode até imaginar, que somos indolentes
Nao sabe a dificuldade,
Que ele não tem, felizmente,
Para saciar a sede e para ganhar o Pão
Mas resta em mim uma Esperança
De que um dia há de chover bastante
No solo do nosso Sertão
Sufocaremos com amor as sementes
Debaixo de Sois ardentes, no duro e seco chão
Se tivermos sorte
Da semente que foi enterrada
Haverá fartura de grãos
Para sustentar e dar vida
Ao nosso querido irmão...
Seja do Sul, do Sudeste
Seja do Centro Sul ou Nordeste...
As bênçãos da chuva na terra
A quem planta, diz com amor,
Você que tem esperança, não erra
E a mão DIVINA desenterra
Aquilo que tu semeias
E te devolve a mancheias
Parabéns ao Poeta
ResponderExcluir