Joel Boechat
Cantinho das estações do Amor
Cãs prateadas
Ocaso da Vida
Poético!
Não mais verdade...
Chegou o Outono !
Árvores...
De espécies multifárias
Deixam ao sabor do vento,
Folhas vermelho douradas
Vagens e sementes várias
Foram alimento
Antecedendo a flor
Formiga, vespa e abelha
Carregam mais que seu
Próprio peso.
Para suas colônias,
O sustento...
E geraram doces frutos
De agradável sabor...
Simbolizando o Outono
Que é para mim
Uma das estações do
Amor
Numa simbiose divina
Seiva, madeira, resina
Folha/terra... Morte/vida
Pelo solo requerida
Também terra/semente
perdida...
Semente querida
Por que precisas morrer
Ser enterrada
para ganhar nova vida?
Árvore serás também...
Oferecendo tua sombra
Ao lavrador suarento
Cansado
De te tratar com cuidado
E te oferecer, da poda,
O carinho
Ao velho, ofereces o apoio
Do cajado.
E tu, árvore,
Ofereces ao passarinho
Os galhos para construir
Seu ninho
Para fontes, rios, matas
Vergeis, densas matas.
E as sonoras cascatas
O pobre homem, coitado,
Que ostenta cãs prateadas
Triste, às vezes angustiado
Na incerteza que persiste
Não sabe que a morte...
Não existe...
Está na infância querida
Na casa do Pai, Nova Vida
De paz, luz e esplendor
Relembro velhos outonos
Folhas secas de dourada
Simbolizam, caídas no solo,
A estação de Amor!
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