Prof. Milton de Souza |
Milton de Souza nasceu no dia 19/05/1938, em Baixo Jardim, zona rural de Bom Jesus do Norte (ES).
É filho de Bernardino Quirino de Souza, agricultor, nascido em Bom Jesus do Norte, e Laura Rodrigues de Souza, oriunda de Valão do Laje. Os avós paternos são Joaquim Bento de Souza, egresso de São Miguel de Guanhães (MG) e Petronília Maria Pinto, de Bom Jesus do Norte. Ele se recorda de que o avô materno tinha o prenome de Luís. São sete os irmãos: Milton, Evaldo, Devaldo, Evalda, José Luís, Elizabeth e Luís Carlos.
Deixemos que o prof. Milton conte sobre si:
"Estudei, quando criança, em uma escolinha localizada na Fazenda de Eurico Moreira, em Bom Jesus do Norte. Depois, estudei com a profa. Terezinha Teixeira de Siqueira, na escola situada na propriedade de Juquinha Mateus, em Baixo Jardim.
Com o fim da escola de dona Terezinha, pedi à minha madrinha Maria de Souza, que me criou, para pedir a meu pai para estudar no Grupo Escolar Horácio Plínio, localizado na cidade. Meu pai achava que eu, com 12 anos de idade, não conseguiria aguentar o estudo, pois teria de percorrer 9 km para ir e outro tanto para retornar. Mas acabou concordando, com a insistência de minha madrinha.
Assim, em 1951, vim para Bom Jesus. Estudei 2 anos no Grupo Escolar Horácio Plínio e 4 anos no Ginásio Zélia Gisner.
Como nasci com catarata congênita, eu não poderia estudar à noite. Por esse motivo, fui estudar no Zélia Gisner, enquanto meus irmãos, Evaldo e Devaldo, continuaram a estudar no Grupo Escolar Horácio Plínio.
Foi no Ginásio do Zélia Gisner, com a profa. Maria Aparecida Viestel, que tive a iniciação religiosa, tendo a primeira aula de catecismo aos 15 anos.
Estudei em Santa Teresa, na Escola Agrotécnica, onde foi interno por cerca de um ano. Depois, fui estudar na Escola Agrotécnica Ildefonso Simões Lopes, em Campo Grande, Rio de Janeiro.
Em 1963, passei a estudar Engenharia Agronômica, na Universidade Federal Fluminense. Concluí o curso em 1967, e passei a trabalhar no setor de levantamento de solo da Secretaria Estadual de Agricultura.
Lecionei matemática no Colégio Rio Branco, na década de 1980, no Colégio Técnico Agrícola e em Santo Eduardo.
Frequentei muitos congressos, com apresentação de vários projetos. Foi a partir daí que passei a escrever. Os temas de meus escritos são sobre agronomia, filosofia, cultura e religião. Escrevi para jornal de Itaperuna e tenho contribuído com textos para o jornal A Voz do Povo.
Em 2002, me aposentei na Escola Agrotécnica Ildefonso Bastos Borges. Aposentei-me, também, na Secretaria Estadual de Agricultura".
Sua esposa Enir Ofranti de Souza, com quem teve o filho Luis Grignion Ofranti de Souza, faleceu em 1972, em acidente. Em segundas núpcias, casou-se com Glória Fiorot de Souza, com quem teve a filha Ana Lúcia Fiorot de Souza.
Segundo o prof. Milton, "o problema do país não é dinheiro, mas social, religioso. As pessoas precisam se auto transformar a partir de dentro de si, sem desconsiderar o lado religioso. É necessário resgatar o princípio da autoridade em todas as áreas.
A reforma no papel não adianta. Seria necessário identificar quem possui a aptidão para a zona rural e, a partir daí, criar as condições para que se estabeleça lá. É necessário acabar com o êxodo rural e fazer com que a tecnologia não prejudique o ser humano, gerando desemprego."
Como mensagem final para as novas gerações, o prof. Milton pontuou: "Estudem português e matemática de modo verdadeiro, sem decoreba. Adquiram o hábito de leitura de bons livros, laicos e religiosos".
O prof. Milton de Souza concedeu entrevista ao O Norte Fluminense na Panificadora Borges |
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