Cruz da Ana: neste local, Ana foi assassinada em 1881 e teve os seios cortados, por rejeitar um jagunço |
No dia 18 de agosto de 1881, uma jovem morena, solteira, de cabelos longos, de nome Ana de Jesus, filha única de um casal que se fixara na região, hoje conhecida como Cruz da Ana, comunidade rural de Varre-Sai (RJ), foi assassinada, com dois tiros, pelo jagunço José Pernambuco, por tê-lo rejeitado.
O assassino cortou seus seios e lançou-os dentro de um buraco de tatu.
Local onde os seios de Ana de Jesus foram jogados teria se transformado em mina, cuja água é considerada milagrosa |
Neste local, brotou uma mina, onde surgiram três peixinhos verdes, cujas águas são consideradas milagrosas até o dia de hoje.
O corpo da jovem só foi localizado cerca de oito dias depois, devido ao intenso perfume de flor que exalava.
Esta história é contada por dona Virgínia Moraes do Amaral, nascida na Fazenda Paraíso, em Varre-Sai (RJ), com 93 anos de idade.
Virgínia Moraes do Amaral contou a história de Ana deJesus para a TV Globo em 1999 |
Segundo dona Virgínia, "o jagunço foi preso e levado para Belo Horizonte, onde acabou sendo morto. Esta foi a história que eu ouvia minha avó Gininha contar",relata dona Virgínia, que se dedica boa parte do tempo a "fazer tricô e conversar".
Prossegue ela: "Quando eu tinha cerca de 13 anos de idade, meu pai, Sebastião Machado de Moraes, fez uma promessa para Ana: caso os seus colonos não fossem atingidos pela doença conhecida como bexiga verde, ele iria construir uma capela em sua honra. Aconteceu que as pessoas que moravam fora da propriedade foram atingidas pela doença, menos os colonos do meu pai. Foi assim que meu pai construiu a Capela.
Alcione Maria, Daniela, Ângela Dutra e Carlésia Moraes, com dona Virgínia: mulheres de fé e de vida, em Cruz da Ana
4 comentários: