O Perfume de Mulher
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Joel Boechat
Cantinho de
amados e amantes
Como é lindo ver o passarinho
Que até então voava sozinho
Carregando no bico um galho
seco de espinhos...
Que um dia protegeu uma
Viçosa flor
Para tecer alcochado Ninho
Dormir e acordar bem Feliz
Cantando o canto do Amor...
A ela... Nada importava...
Se seria feliz por muito tempo
Ou se, apenas por um dia...
Nesses momentos, confusa
De amores e, das floridas e
doces fantasias
Como imprecisa fica toda
Amante
Na hora de deixá-lo ir...
E sua alcova fica vazia
Enredada, triste, deprimida
Deixa cair no lençol lágrima
Embaçada, morna. sofrida
É sofre a angústia da dor...
De uma falsa paixão vivida
Oh!... Como reclama
Reviver a alegria dessa visita
Aquele Senhor jovem, guapo
Que, sem querer, transformou
Sua vida num farrapo...
Ele, numa copa do cristal
Serviu a essa amante
Suave espuma de rosada
Champanhe
A outras Mulheres, outras
Amantes...
Serviu várias taças desse
Espumante...
Para a mais nova amante
Traz um cálice de licor e,
Dentro desse cálice, um
Favo de dourado mel
Para a sua ex amante
Em disfarçadas cores
Coloca no cálice
Um trago de aflitivo fel
Foi feliz por alguns dias
Quando a comédia de amor
Num macio leito se exibiu.
No presente, vive chorando
Desde aquela dia que ele
Partiu...
Lembra daquele passarinho
Que sozinhin construiu seu
Ninho?...
O perfume de amantes
Não saem de olentes
Flores...
São extraídas dos galhos
De espinhos carregados
Pelos passarinhos
De flores de falsa paixão
A flor, da qual se retira alma
Do perfume da verdadeira
Mulher...
Nunca murcha em botão
É a rubra Rosa de uma
Pura e forte paixão...
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