domingo, 20 de outubro de 2019

Reflexos da Alma: Exposição de Cantamissa Bonato


Ver Cantamissa obriga sonhar. A expressão mais proto, imersa, exige o onírico. Na fala do preto com o branco, seus poucos cinzas trazem a imensa dimensão da síntese. Não haverá estrutural relacional ao mundo externo. Mas um diálogo intenso com das texturas a identificação daquilo que também sinto, na permissão de um silêncio.

Cantamissa é íntima porque divide aquilo que se faz sentir quando da solidão. Percebe-la é ser, antes de tudo, humano. A interação faz-se almímica. Em quarto só, em preto, branco e texturas se reconhece a tantos quantos cada um permite-se ser em si.

Cantamissa depõe diretamente a emoção e a intenção de fazer parte de uma mesma solidão. Somos partícipes de um mesmo silêncio.
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Jefferson Nepomuceno.

Enviado por Maria Beatriz, do CCMB de Laje do Muriaé (RJ)

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