LIBERDADE

Wilma Martins Teixeira Coutinho

Dois pássaros numa gaiola: ao lado seu prisioneiro, numa poltrona na varanda lia algumas crônicas e poesias.

Os pássaros, digamos, um casal, gorgeava e o seu gorgeio cortava o canto vibrante de uma cigarra num canto qualquer. Ele, no seu gorgeio ansiava pela liberdade. Invejava aquela cigarra que pulava de galho em galho, voando sobre aquele céu azul, onde o Sol morrendo punha pinceladas multicores em todo o seu horizonte.

E  o seu prisioneiro, indiferente a todo aquele anseio, ria feliz das crônicas que lia.

Obs: esta crônica foi escrita ao vivo, inspirada pelo meu vizinho, da varanda ao lado.