Filho do português Antônio Alves Pimenta, e de Porsina Gomes de Araújo, africana. Após a morte do pai, vivendo em condições precárias com sua mãe, foi admitido no seminário do colégio lazarista com a ajuda de seu tio.
Dois anos depois, o aluno começou a dar aulas de latim naquele mesmo seminário, além de trabalhar como ajudante de um sapateiro da cidade. Tornou-se também professor de Filosofia e de História Universal.
Logo após a ordenação, Silvério foi enviado a Roma, na companhia do padre João Batista Cornagliotto, com quem foi recebido em audiência pelo papa Pio IX, que indagou sobre a língua que utilizariam para conversar. E o papa se surpreendeu com a resposta: “Em latim, ou grego, hebraico, francês ou alemão…”
Entusiasmado, o pontífice o convidou a fazer o sermão de uma missa em Roma. Surpreso com sua eloquência e conhecimentos teológicos, um cardeal teria comentado em latim: “Niger, sed sapiens!” (Negro, porém sábio!). Anos mais tarde, durante sua visita a Mariana, Dom Pedro II se confessou com Dom Silvério, na época monsenhor, e dele teve ótima impressão, pois assim como o Imperador, tinha paixão pelo estudo do latim, grego e hebraico.
Em 1890 foi o primeiro religioso a se tornar bispo, no País, após a proclamação da República. Em 1906, a diocese de Mariana foi elevada a arquidiocese e novamente ele foi pioneiro: desta vez o primeiro Arcebispo negro do Brasil. Em 1919 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, sendo recebido em 28 de maio de 1920 por Carlos de Laet, tampo foi primeiro membro do alto clero brasileiro eleito imortal da ABL. Faleceu em 1922 aos 82 anos de idade . Fonte: Vida de D. Silverio Gomes Pimenta: 1o. arcebispo de Marianna, 1927. Um estudo histórico sobre o catolicismo militante em Minas. Anais da Academia Brasileira de Letras - Volume 171 - Página 139 (Facebook - Brazil Imperial)
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