quarta-feira, 15 de julho de 2020

Cemitério dos Ingleses, por Rogério Loureiro Xavier

Olá pessoa amiga e do bem. 

Cemitério dos Ingleses 

Com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil e logo após a promulgação do Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas, em 1808, houve um grande afluxo de cidadãos britânicos ao País, em especial ao Rio de Janeiro, na época a capital colonial elevada à condição de corte. Estes britânicos eram, em sua maioria, anglicanos e protestantes, portanto impedidos de serem sepultados no interior e no adro de igrejas católicas, como era habitual.

Pensando nisso, a representação britânica no Brasil solicitou ao Príncipe Regente Dom João, em 1810, como parte do Tratado de Amizade e Comércio Portugal-Inglaterra, o estabelecimento de um cemitério e de um templo anglicano na cidade. Naquele mesmo ano, Lord Strangfort adquiriu as terras pertencentes à antiga chácara de Simão Martins de Castro, chamada "Forno do Cal". As terras se localizavam em uma encosta do Morro da Gamboa, à beira-mar, em um local então considerado distante da cidade. A propriedade do terreno de 4 mil m² só foi cedida ao uso funerário dois anos depois, com seu primeiro enterramento registrado em 15 de janeiro de 1811. Inicialmente, o cemitério possuía um atracadouro próprio, situado no então "Saco da Gamboa", para o desembarque dos oficiais e marinheiros ingleses que morriam nas longas travessias do Atlântico.

Texto de Valerio Barreto Santos

Roger LX




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