Jorge Roberto Silveira, filho de Roberto e Ismélia Silveira: o melhor prefeito da história de Niterói |
Badger Silveira Filho, filho do ex-governador Badger Silveira, doou ao Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira uma relíquia: um livreto de campanha de Jorge Roberto Silveira, filho de Roberto Silveira, seu tio, para deputado estadual, em 1978.
Jorge Roberto Silveira foi o maior prefeito da história de Niterói. Quatro vezes alcaide do município, foi responsável por obras que colocaram Niterói na rota do turismo internacional, como o Museu de Arte Contemporânea e os Caminhos de Niemeyer. Construiu, ainda, o Terminal Rodoviário João Goulart e fez com que Niterói passasse a ser considerada a cidade com melhor qualidade de vida do Estado, e a 4a. do Brasil.
Filho do ex-governador Roberto Silveira, descendente de açorianos, e de Ismélia Silveira, descendente de libaneses, ambos nascidos em Bom Jesus do Itabapoana, Jorge Roberto foi deputado estadual por duas oportunidades e Secretário Estadual de Esportes e Lazer, e deixou um legado extraordinário para a humanidade, como as unidades de médicos de família, projeto que serviu de parâmetro para várias cidades do mundo.
Por ocasião de sua campanha para deputado estadual, em 1978, o compositor José H. Silva, conhecido como Zé Viola, compôs uma poesia, profetizando com a seguinte introdução: "O presente livreto narra, em versos feitos de saudade, a história do inesquecível Governador Roberto Silveira, o maior líder popular que o Estado do Rio conheceu. E conta como seu filho, 20 anos depois, surge para continuar sua obra em favor do sofrido e abandonado povo de nossa terra. A Jorge Roberto Silveira dedico estes versos e a minha esperança, a esperança do trabalhador fluminense. Duque de Caxias, 2/8/1978".
Segue o poema.
Filho de peixe, peixinho é
E quem deve muito pouco
logo cedo vai-se embora.
Pois foi assim com Roberto
que até hoje a gente chora
e só mesmo a fé em Deus
nos consola até agora.
Foi num mês de fevereiro
Há muitos anos atrás
que o grande amigo do povo
partiu para nunca mais
levando junto a esperança
de um futuro de paz.
E o povo que ele adorava
que ajudou e defendeu,
ficou sozinho, sem rumo,
e nunca mais o esqueceu
pois o povo não esquece
aquilo que era seu.
Foi Secretário de Estado
e com o povo a seu lado
foi Vice-Governador.
O povo ali já sabia
que Roberto inda seria
o seu grande defensor.
E o moço era tão grande
que os maiorais da nação
vinham ouvir seus conselhos
de um sábio ancião.
E sua fama crescia
que o povo exigia
Roberto Governador.
O seu nome virou hino
na voz de velho e menino,
na voz do trabalhador.
E de archotes na mão
sem qualquer vacilação
numa campanha sem par,
o povo vitorioso
levou Roberto nos braços
ao Palácio do Ingá.
Foi grande Governador
foi o maior que se viu
seu nome virou bandeira,
seu prestígio subiu
e já se falava nele
Presidente do Brasil.
Mas como dizem os velhos
citando até os Evangelhos
com muita convicção,
a gente vem neste mundo
pra purificar a alma
e pra pagar provação.
Se formou em jornalismo
e em Direito é doutor
parece até repeteco
é um homem, sim senhor
desses em quem se nota
logo imenso valor.
Quem escuta ele falar
tem logo a convicção:
é Roberto que voltou
em uma nova versão,
como se Deus atendesse
aquela nossa oração.
Fala a linguagem valente
do homem trabalhador
que não sabe o que é preguiça
que não sabe o que é temor
que só tem lugar no peito
pra sentimento de amor.
Três herdeiros pequeninos
o grande líder deixou:
Dodora, Márcia e Jorginho
que Dona Ismélia criou
em um clima de harmonia,
carinho, paz e amor.
E foi naquele menino
que o povo depositou
a esperança contida
no amigo que Deus levou.
Esperança e fé em Deus
foi tudo o que nos restou.
E o menino foi crescendo,
com o povo observando
e dele tomando conta.
E ao destino obedecendo
ele vem se comportando
como um líder que desponta.
Badger Silveira Filho, filho do ex-governador Badger Silveira, no Café Bistrô, em Bom Jesus do Itabapoana |
Dora Silveira |
Ismélia Silveira e Marilu Silveira, filha de Dinah Silveira |
Terno que pertenceu a Roberto Silveira e guarda-roupa que pertenceu a seus pais, Boanerges e Biluca, integram o acervo do Memorial |
MARAVILHA!!!👏👏👏👏👏👏👏👏
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