Reginaldo Teixeira Chalhoub |
Nota da Redação: evento ocorrido no dia 17 de outubro de 2014
SENHORAS, SENHORES TODOS MEUS AMIGOS:
Estar aqui hoje, em momento tão especial, é mais especial ainda para mim, que sou bonjesuense, nascido e criado até a adolescência neste pedaço da chão, neste prédio, que a gente chamava de "sobrado"; nesta calçada, que além de ser a calçada da alfaiataria do meu pai, era também a da venda do velho tio Nacif, da "Mina de Ouro" e do Jogo do Bicho do "Seu" Viana, do "Café em Pé" do Geraldo Santiago e de tantos outra motivos para relembrar e chorar.
Estar aqui hoje é, para mim, um quase retorno ao útero materno. Neste sobrado, moraram meus avós, o bondoso e caridoso Capitão João Manoel Teixeira, farmacêutico e fundador do Centro Espírita "Bom Jesus", falecido prematuramente aos 50 anos de idade, vítima de uma violento ataque cardíaco em plena praça Governador Portela. E a não menos generosa Dona Regina de Carvalho Teixeira.
Com eles, é claro, moraram seus filhos Napoleão Teixeira, posteriormente referência internacional na Medicina, no Magistério e na Literatura Médica Mundial, nome de rua em nossa cidade, tão ilustre filho daqui que o foi. - E Amália, a doce Amália - por quem se apaixonou o intrépido libanês Elias. Amália, a doce Amália dos versos do Padre Mello, e que foi figura exponencial da intelectualidade e do ensino de sua época em Bom Jesus, com o nome imortalizado na simpática praça aqui ao lado.
De toda essa história, nasci eu, pelas mãos da dona Lilica, a mais competente parteira da época, assistida pelo Dr. Columbino Teixeira de Siqueira, primo da minha mãe e meu padrinho depois. Acho até, e que me perdoem todos pela imodéstia, que a obra mais perfeita da grande professora e sua maior façanha foi exatamente o seu filho orgulhoso, descendente dos velhos Teixeiras, ilhéus açorianos, e dos bravos e tradicionais Chalhoubs, resistentes cristãos da linda terra dos majestosos e seculares cedros do Líbano.
Brincadeira é claro!
Foi por isso que me chamaram aqui, porque eu e minha irmã Aparecida, que lamentavelmente não pôde comparecer, somos o que restou da história deste SOBRADO, que a inteligência, o dinamismo e o amor â nossa terra, contidos no coração generoso do Dr. Gino Bastos buscou resgatar, homenagear e fazer chorar.
Também, pudera, amigos, queridos saudosos amigos, Leny e Luciano foram os "culpados" por gerarem essa alma generosa e figura dinâmica do Gino, a quem Bom Jesus, por todos os serviços que lhe vêm prestando, deve agradecer e aplaudir com muito calor, E DE PÉ!
Obrigado a todos!
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