Carmen Boechat Alt da Costa Santos
Uma plantinha qualquer
à beira da estrada...
Vivendo de uma gota de orvalho,
à sombra de antigo carvalho,
sufocada, às vezes, por tantas outras,
vencendo o calor, as espertezas do solo,
foi crescendo... foi vivendo...
Caiu a chuva, refrescou a terra...
Gotinhas abençoadas a alcançaram,
jeitosas mãos ali a protegeram...
E a plantinha da beira da estrada... cresceu!...
Uma plantinha qualquer à beira da estrada...
A chuva bondosa emprestou-lhe ânimo...
Umas gotas de Amor em mãos carinhosas...
foram gotas... abençoadas... vivificantes...
E a plantinha da beira da estrada... floresceu!...
Era uma plantinha qualquer...
Mãos carinhosas a colheram...
Alguém a levou para enfeitar-lhe a vida...
Mãos jeitosas... Trazendo Amor... foram suas...
A plantinha agora enfeita-lhe os dias...
A plantinha da beira da estrada... sou EU!...
Nota do jornal O Norte Fluminense: a saudosa professora Carmen Boechat Alt da Costa Santos, que utilizava em suas poesias o pseudônimo de Carmen de Rosal, ocupou a cadeira nº 6 da Academia Bonjesuense de Letras, patronímica de Amélia de Azevedo Costa.
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