segunda-feira, 25 de março de 2024

"MINHA PEQUENA ÁRVORE - MINHA PITANGUEIRA," por WILMA MARTINS TEIXEIRA COUTINHO

 


Wilma Martins Teixeira Coutinho 


Sempre tive uma forte apreciação pelas Árvores, pela beleza que ela nos oferece, pela sombra amiga que nos dias quentes de Verão nos acolhe sob sua copa. Quando viemos morar neste Condominio em Teresópolis, vindo da querida Niteroi, nos chamou a atenção, no terreno da casa, um pé de pitanga, pelo fato de ela estar acorrentada em volta de seu tronco, com aspecto franzino, suas folhas sem brilho e retorquida, como uma alma sem esperança de dias melhores. Aquilo nos tocou profundamente e pedimos ao vizinho para nos ajudar a retirar as amarras e ela ficou livre. Passaram-se alguns meses a mudança operada nela foi enorme, pois, no seu tronco, removemos a terra e novo adubo foi infiltrado, vitamizamos a sua raiz. Hoje, ela está linda, suas folhas renasceram com o brilho de ar feliz, como uma jovem que usa um hidratante para sua cútis rejuvenescer. Eu converso e elogio o seu desenvolvimento, abraço o seu tronco, como faço á quem amo. Ela sente-se feliz com os novos moradores. Entendo que o amor pode ser estendido a toda Natureza, ao ser humano, aos animais que amamos como se filhos fossem. Entendo que o amor dá vida ao moribundo, faz milagre, como fez com a minha pitangueira. Pergunto: quando você vai me dar suas pitanguinhas? Sinto que não vai demorar muito. Amo sentar-me num banquinho, sob sua Copa, recebendo sua sombrinha. Ler meu livros, meu jornal O Norte Fluminense e escrever minhas Poesias, ajudada pela Natureza e pelo Céu lindo que nos cobre nesta linda Teresópolis, que carinhosamente nos acolheu.


Wilma

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