O açoriano Padre Antônio Francisco de Mello e os versos proféticos sobre o Papa Leão XIV

 

Quando o açoriano Padre Antônio Francisco de Mello compôs o poema Leão XIII, em março de 1887, era seminarista em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Arquipélago de Açores. 

O primeiro verso foi: 

"O verbo incendiado ao sopro onipotente".

O papa Leão XIII  pontificou entre 20 de fevereiro de 1878 até 20 de julho de 1903, e é celebre  especialmente por sua encíclica Rerum Novarum (Das coisas novas), considerada o marco da doutrina social da Igreja Católica.

Quando Padre Mello chegou a Bom Jesus do Itabapoana, em 18 de junho de 1899, reproduziu o poema dedicado a Leão XIII, e utilizou seus versos para obter recursos para a edificação da Igreja Matriz. Essa relíquia, doada ao ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos), pelo escritor Saulo Soares,  traz em uma de suas páginas: 

"Em troca d'este exemplar o auctor pede uma esmola para as obras de sua egreja matriz". 

Quanto a esse fato, é relevante assinalar que Padre Mello fez pedido similar, em outra grande obra: "A Vitória do Gênio".

Em Bom Jesus do Itabapoana, havia um considerável público consumidor de poesias, formado pelo icônico pároco-poeta, e é de se cogitar sobre a possibilidade de nossa Igreja Matriz Senhor Bom Jesus ser a única no mundo custeada por poesia.

Retornando ao tema principal, conclui-se que a escolha, hoje, do Papa Leão XIV, para comandar a Igreja Católica, constitui uma evidência de que os versos de Padre Mello são perenes, eis que o atual pontifice explicita que seguirá os caminhos de Leão XIII.

Os últimos versos de Padre Mello, no poema Leão XIII, soam como uma profecia:

 "Salve Leão! Salve, Pastor superno!

nos séculos porvir terá teu nome eterno!

Padre Antônio Francisco de Mello 

Brasão do novo papa Leão XIV. O lema episcopal do novo pontífice é “In Illo uno unum”, palavras que Santo Agostinho pronunciou em sermão para explicar que, “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”.