"A Festa do Divino Espírito Santo", por Francisco Amaro Borba Gonçalves

Francisco Amaro Borba Gonçalves 

Na virada do século XIII para o século XIV , veio uma princesa de Aragão de Espanha a Portugal para contrair matrimônio com o Rei português D.Diniz. Ela como Rainha de Portugal, exerceu a caridade e por tanta bondade e alguns milagres, foi consagrada a Rainha Santa Izabel, cuja devoção acontece no Rio de Janeiro no bairro de Bento Ribeiro .

As Irmandades do Divino , tal como o é a Irmandade do Catumbi , também, indiretamente , fazem reverência à Rainha Santa Isabel . Ela no final do século XIII , dentro das suas manifestações de bondade fez acontecer um banquete dado aos pobres . Esse banquete, acontecido em Alenquer, Portugal , região perto de Coimbra, deu início à devoção ao Divino Espírito Santo que até hoje se cultiva nos Açores e de lá repercutida em várias partes do mundo, pelos imigrantes açorianos .

O referido banquete constou em que a Rainha Izabel fez sentar à mesa Real vários pobres(mendigos) e um dos quais sentado no trono do Rei , cujo pobre foi coroado pela Rainha com a Corôa do Rei D. Diniz . Assim, a Coroa ficou sendo a principal insígnia das festas do Divino Espírito Santo, até hoje cultivadas e iniciadas há centenas e dezenas de anos e em vários Continentes, sendo também no Brasil em vários Estados.

Essa narração refere-se à devoção, mas quanto à história, há registros bíblicos que mostram que a Festa de Pentecostes provém de 250 anos antes de Cristo . Moisés "ordenou" que cinco semanas após a Festa da Páscoa se fizesse uma festa ao "Paráclito" e que se oferecesse vinho e azeite e o melhor bezerro, o melhor pão (feito da melhor farinha) e que se desse aos pobres a boa parte do trigo ou centeio de suas searas, cujas oferendas são perseveradas, de certa forma, até aos dia de hoje, nos exemplos da MASSA SOVADA, A CARNE AOS POBRES COMO MAIORES EXEMPLOS DE CARIDADE , A QUAL, NA ÉPOCA, ERA DE INIGUALÁVEL VALOR DEVIDO À FOME QUE EXISTIA.