A deficiência não é o problema: o que limita são as barreiras, a falta de oportunidades, de acessibilidade, de apoios e de reconhecimento da singularidade de cada um.
O que transforma vidas não é a ausência da deficiência, mas a presença de oportunidades – de estudar, de trabalhar, de ser ouvido, de participar e de pertencer. Inclusão é isso: acesso real à educação, à cultura, ao trabalho, à convivência familiar e comunitária, às tecnologias, aos cuidados e, principalmente, ao direito de decidir sobre a própria vida.
Oportunidades despertam talentos, ampliam horizontes e afirmam a dignidade. Mas para que elas sejam reais, é necessário ouvir – ouvir de verdade. Escutar a pessoa com deficiência em suas múltiplas formas de expressão: na fala, nos gestos, nos olhares, nos dispositivos de comunicação, no apoio de quem é de confiança. Toda forma de comunicação é legítima.
Incluir é mais que abrir espaço: é garantir equidade, justiça e dignidade. É reconhecer que a diversidade enriquece e que nenhuma voz deve ser silenciada – seja ela falada, gestual, escrita, dançada ou expressa no olhar.
Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, somos chamados a refletir: quem tem definido o futuro dessas pessoas? Quem tem decidido o que podem ou não fazer? Estamos realmente prontos para ouvir, respeitar escolhas e construir oportunidades?
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