1925-2025
Com esse lindo poema de seu saudoso filho Edmundo João homenageamos tia Aldinha pelo seu centenário de nascimento.
Nino Moreira Seródio
AMOR DE MÃE
Jornal fundado por Ésio Martins Bastos em 25 de dezembro de 1946 e dirigido por Luciano Augusto Bastos no período 2003-2011. E-mail: onortefluminense@hotmail.com
1925-2025
Com esse lindo poema de seu saudoso filho Edmundo João homenageamos tia Aldinha pelo seu centenário de nascimento.
Nino Moreira Seródio
AMOR DE MÃE
Russos de diversas classes sociais e regiões do país se juntaram em 1612, liderados por Kuzma Minin e Dmitry Pozharsky, para libertar Moscou do domínio estrangeiro.
A data relembra o levante popular de 1612, liderado pelo comerciante de Nizhny Novgorod, Kuzma Minin, e pelo príncipe Dmitry Pozharsky, que expulsou de Moscou as forças de ocupação polaco-lituanas, garantindo a soberania e a existência do Estado russo.
Legado imortal
O início do século XVII marcou um momento de profunda crise na Rússia, conhecido como "Tempo de Dificuldades" . Politicamente, a monarquia passava por uma crise de sucessão, após o czar Fyodor Ivanovich falecer em 1598 sem deixar filhos. No âmbito econômico, a servidão se fortaleceu em meio às grandes fomes que assolaram o país entre 1601-1603.
Enquanto isso, nações vizinhas como a Polônia e a Suécia procuravam aproveitar-se da fragilidade russa para expandir seus domínios — o que culminou na Guerra Polaco-Russa, travada entre 1609 e 1618. Nesse período, as tropas do rei polonês Sigismundo III chegaram inclusive a ocupar Moscou e o Kremlin.
Nesse contexto, Kuzma Minin apelou aos moradores de Nizhny Novgorod que se unissem e juntassem fundos para contratarem especialistas militares, visando a construção de uma milícia popular, composta por voluntários e que teria como objetivo libertar a capital. O comerciante assumiu um papel significativo da organização da iniciativa, enquanto Dmitry Pozharsky, um comandante experiente, liderou as expedições militares.
Saindo rumo a Moscou em fevereiro de 1612, o grupo composto por membros de diferentes classes sociais deixou Nizhny Novgorod e reconquistou regiões pelo trajeto, recrutando novos voluntários. No início de setembro daquele ano, a maior parte de Moscou e as áreas no entorno haviam sido liberadas, com a derrota polaco-lituana consolidando-se em 4 de novembro.
Meses após a libertação de Moscou, no Zemsky Sobor ("Assembleia da Terra"), representantes de grupos da sociedade russa (Clero, nobreza, proprietários de terras e comerciantes) elegeram o Czar Mikhail Romanov, marcando o fim do "Tempo de Dificuldades".
Significado
O feriado carrega um grande valor simbólico e patriótico, exaltando a união das diferentes classes da sociedade russa contra um invasor, frente à impotência do Czar e do Patriarca Ortodoxo Hermógenes, que havia sido detido pelas forças polaco-lituanas.
Ainda em 1613, um dia nacional foi instituído pelo Czar Mikhail Romanov, com o nome de "Dia da Libertação de Moscou dos Invasores Poloneses". A data também homenageia Nossa Senhora de Kazan, por sua imagem ter frequentemente acompanhado os russos nas batalhas durante o conflito.
A libertação de Moscou foi imortalizada na icônica Praça Vermelha de Moscou, em frente à Catedral de São Basílio, com um monumento erguido em 1818 como homenagem às duas figuras históricas que lideraram o levante.
O dia foi celebrado no Império Russo até 1917, quando a comemoração foi abolida pelo governo revolucionário. A data foi reintegrada ao calendário nacional apenas em dezembro de 2004, sendo comemorada desde 2005.
Atualmente, a grande diversidade cultural russa, composta por múltiplas etnias, línguas e religiões em seu vasto território, também é enaltecida durante as celebrações.
O presidente Vladimir Putin enfatizou na última sexta-feira (31) que o dia "simboliza a unidade e a profunda responsabilidade do nosso povo multinacional pelo destino da Pátria ", observando que o feriado está intimamente ligado ao desejo das pessoas de se unirem por uma causa comum.
*"Ser Especial"*
*"Ser especial não é só chegar e arrasar, ser especial é sair e deixar saudades, ser especial é ter um lugar na vida de alguém como você tem na minha, ser especial é simplesmente ser como você... Muitos me perguntam: Onde estão todas as pessoas especiais? Eu respondo: Todas eu não sei; mas uma ta agarrada no celular lendo essa mensagem nesse momento e acabou de dar um lindo sorriso."*
*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*
A Cultura não pode parar em Bom Jesus do Itabapoana
Na praça que carrega o nome de um governador, o verdadeiro governo, nesses dias de novembro, será da imaginação.
Sob a sombra generosa das árvores e o sorriso das crianças, os livros se abrem como asas, e cada página sopra um vento novo sobre Bom Jesus do Itabapoana.
Das 10h às 15h, o tempo se desmanchará em histórias, e quem escutar, descobrirá que o relógio também sabe sonhar.
O teatro encantará, as cores dançarão nas oficinas de pintura, e o Bonecão Juca, gigante de alegria, espalhará gargalhadas entre as barracas e os bancos da Praça Governador Portela.
É o projeto “Livro nas Praças” que chega como quem planta sementes: de leitura, de sentimento, de futuro.
Entre uma contação de histórias e outra, os olhos das crianças brilharão, e não há patrocínio maior do que esse brilho que acen
A Enel ilumina, a Secretaria de Economia Criativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro apoia, e a Prefeitura acolhe, por meio da Secretaria Municipal de Educação. Mas quem realmente faz a festa é o povo, com seus passos curiosos e corações abertos.
Cada livro entregue será uma promessa, de que a cultura não é luxo, é raiz; de que o saber não é distante, é vizinho.
A entrada será franca, como deve ser o acesso à imaginação.
E quem passar pela praça nesses dias descobrirá que, quando um livro se abre, Bom Jesus do Itabapoana inteira respira poesia.
O coração do povo bonjesuense
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| Fachada da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus é obra do açoriano Padre Antônio Francisco de Mello |
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| Adson do Amaral |
Brasília — Aos 92 anos, o poeta Adison do Amaral continua a surpreender com sua lucidez, vigor e domínio da palavra. Nesta nova composição intitulada “O Almo Sol Brasileiro”, o escritor, filósofo e humanista dá forma àquilo que poucos conseguem expressar: a comunhão entre a fé, a pátria e o divino.
O poema, de estrutura clássica e versos decassílabos heroicos e sáficos — inspirados na tradição de Tomás Antônio Gonzaga e Olavo Bilac — percorre os espaços do cosmos e do coração humano, exaltando o sol como símbolo da vida, da criação e do espírito imortal do Brasil.
O Poeta e o Tempo
Adison do Amaral é daqueles autores que não envelhecem — apenas amadurecem em claridade. Mesmo enfrentando as limitações próprias da idade, ele mantém a chama criativa acesa, escrevendo com a mesma intensidade de quem observa o mundo pela primeira vez.
Sua trajetória, marcada pela fé e pela profunda ligação com as letras, é também um tributo à cultura nacional. Com olhar lírico e patriótico, o poeta se coloca ao lado de gigantes da literatura, sem perder a humildade dos que sabem que a arte é um serviço à alma coletiva.
“Os poetas são imortais porque escrevem o que o tempo não apaga. Adison é um desses raros luminares.”—Anderson Miranda
O Brilho do “Almo Sol”
O poema nasce como um cântico ao Criador e à terra brasileira. Nele, o sol é símbolo da energia divina que vivifica
o mundo, e o Brasil, cenário sagrado dessa manifestação. O autor mistura mitologia egípcia, referências bíblicas e nomes da história nacional em uma sinfonia de imagens que atravessam eras e crenças.
“Deus disse: Haja luz, e houve luz —
E o almo sol abre nossos olhos para
Contemplar o grande país que ainda
Não foi descoberto afetivamente...”
O texto exalta o Brasil como promessa divina, pátria das riquezas naturais e da esperança espiritual do planeta. Ao evocar figuras como Tiradentes,Dom Pedro II, Caxias e Olavo Bilac, o poeta faz um chamamento à consciência nacional — como se a poesia fosse também um ato cívico.
Um Tributo à Língua e à Cultura
Além do fervor patriótico,“O Almo Sol Brasileiro” é uma defesa da pureza da língua portuguesa, tema recorrente nas obras de Adison. O poeta lamenta a invasão de termos estrangeiros e enaltece os grandes mestres da literatura, de Machado de Assis a Euclides da Cunha,Castro Alves, Rui Barbosa e Guimarães Rosa.
Entre as homenagens, o autor dedica versos ao jornalista Anderson Miranda, reconhecendo sua atuação nas letras contemporâneas e seu compromisso com a valorização da cultura brasileira — gesto que emociona e eterniza o vínculo de amizade entre dois homens que compartilham o amor pela palavra e pelo Brasil.
O Alvorecer da Eternidade
No desfecho do poema, o “almo sol” — palavra que significa nutridor, benigno, vital — torna-se metáfora da própria existência humana. Assim como o sol, o poeta alimenta e ilumina os que o cercam. Mesmo diante dabfragilidade física, sua obra é vigor, sua fé é luz e sua vida é poesia.
Adison do Amaral é o testemunho de que a alma brasileira ainda pulsa no coração dos que creem na beleza, na justiça e na esperança. E, enquanto houver poetas como ele, o sol jamais deixará de brilhar sobre o Brasil.
A verdadeira obra
O ALMO SOL BRASILEIRO
Poema em versos decassílabos heroicos e sáficos — metrificado e sem rima
(Inspirado na tradição clássica de Tomás Antônio Gonzaga em “Cartas Chilenas”, 1786.)
“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!”
—Olavo Bilac, em “A Pátria”
O SOL ALMO que a vida impulsiona
Em longínquas regiões insinua-se,
Vencendo trevas abissais das fossas
Do infinito entre pedaços de imagens
Geométricas, rútilas ou soturnas,
Que rolam entre colossos siderais
Arcada celeste além aos milhões,
Em pelágicos fossos do mar sem
Fim, negror do espaço/tempo... infinitos,
Evocando os guerreiros do deus Rá
Contra Apófis a serpente monstruosa
Preservando a barca dos milhões de anos
Do seu esplendor a incolumidade,
Que a vida gera, alimenta e governa,
Dada ao povo na fé do Antigo Egito
Em época faraônica prístina.
E o formoso ancípite almo sol na alva
Brancacenta aos poucos delineando-se
Vai do céu na abóbada meio escura
Matinal a anunciar o astro rei.
De repente o disco surge radioso
E explode em luz com todo seu fulgor...
Fende e incendeia nuvens no horizonte,
Que se esbraseiam e escorem quais líquidos
Rubis sobre a verdejante esmeralda
Amazonense, e sua grandiosidade...
Fulge com seu esplendor inefável,
De clarões cobre montes e campinas
E a natureza acorda e abre-se em festa ...
Sobre o Amazonas, que é pulmão do mundo,
E o carro de Apolo aurifulgente
Extasiado pára enamorado;
E sorri em um sorriso de luz
Ao ver as lindas terras brasileiras,
Tinge a maior floresta do planeta
De áureo -verde, amarelo branco, anil
Nas folhas, flores, frutos e perfumes.
É um soneto lírico formoso,
E épico, ambos de prima grandeza.
O ALMO SOL refulgente e glorioso
Inunda penedias escarpadas,
vastas sombrias regiões do mundo,
Campos, montanhas, lagos, oceanos,
De Chevreuil co´ as mil tonalidades;
E de Lineau no “Systema Nature”
Deslumbrado com o poder divino
Das excelsas obras de Suas mãos ...
É DEUS vivificando a natureza.
E O ALMO SOL nos esplendores fecundos
Vida animando na bela natura,
Da casta formosura da mãe terra;
É canto cheio de encantos sinfônicos:
Homens viris e mulheres esbeltas...
Revela tudo o que existe sob o céu,
Que aos nossos olhos brilha e toma forma.
Ó gloriosa visão! Que beldade!
Diante de nós põe o belo BRASIL!
Pois que é maravilha das maravilhas,
De terras ricas, sem igual, ubérrimas.
Como sonhou Dom Bosco do Planalto
“Quando escavarem as minas escondidas [...]”.
Cayce, paranormal americano,
Disse: o Brasil é porvir radioso
Da fé e da paz a grande esperança
Do mundo, depois da grã transição
Atroz da era prevista há dois milênios
No Apocalipse de São João,
Ou que mais de um terço dos habitantes
Maus hão de deixar a face da terra,
A transformá-la no Reino de Deus,
Segundo Chico inda neste século.
Gente!... como é linda a luz divinal
Que arranca as coisas dos véus da noite
Escura, expondo aos olhos da manhã
Os ares que a luz do dia perfuma
E penetram pulmões de nossas vidas;
Clarões em cores por ondas magnéticas
Revelam as belezas do orbe ao cérebro
E o encanto da vida que em toda parte
Surge; o Genesis diz que o próprio ”Deus
Disse: Haja Luz e houve luz e Deus viu
Que a luz [além de formosa] era boa”.
E o almo sol abre nossos olhos para
Contemplar nosso grande país que ainda
Não foi descoberto afetivamente
Pela grã maioria dos brasileiros,
De outras longínquas terras de olhos fixos,
Desmemoriados que aqui nasceram,
Não por acaso, e compromissos têm
Com estas terras tão férteis de vida
E de riquezas incomensuráveis.
Deus meu! ... Esta nação tão desamada
É o grandiosíssimo Brasil! ...
E o Brasil interroga: – Brasileiro,
Sabeis vós que eu sou vossa grande terra,
A “natura” mãe que cria e agasalha,
Alimenta e governa, por Deus criada;
Sem o horror dos vulcões e dos tornados
Das nevascas que assolam outros países.
Com terras ricas, fecundas (três safras!)
Minérios de valor que movem naves
Que sulcam o espaço interestelar;
Eu alimento grande parte do mundo,
Nações amigas de plagas distantes.
Como disse Tiradentes: “Se todos
Quisermos, fazer poderemos deste
Grande País uma grande nação.
Eu Jurei morrer pela independência
Do Brasil, [e] cumpro a minha palavra”.
E em Itororó qual Caxias disse:
“Sigam-me os que forem brasileiros”,
Ato histórico em selo registrando
A bravura de um Chefe, Comandante
De tropas brasileiras posta em alvo,
De uma ponte estreita, à mira inimiga...
Soldado de tal grandeza hoje existe?!
E meus heróis D. Pedro, Deodoro,
Gonçalves Ledo, José Bonifácio,
Imperatriz consorte Leopoldina,
A Redentora Princesa Isabel,
E os heróis particulares, que os tenho,
Posto que são milhares cito alguns
São os meus diletos Apejotistas:
Adalberto Eing, Salles e irmão Backes,
Murilo, Ademir, Leo, Aminadab...
Entre escritores? Machado de Assis
Poeta fundador da Academia
Brasileira de Letras, literária
Coroa Imortal de ilustres patrícios.
Lídima defensora da linguística
As expressões prescrevem genuínas,
A isentar de influências estrangeiras
Que maculam a língua portuguesa
Com expressões estranhas para o povo;
Como, entre algumas, as expressões dúbias:
Com significados deprimentes.
Sim, podemos estudar quaisquer línguas,
Mas não as misturar ao português,
Pois muitos autores a embelezaram.
A Academia é glória da nação:
Euclides, Rui Barbosa, Castro Alves
Bilac, Humberto, Alberto de Oliveira,
Alencar, Humberto, Guimarães Rosa,
— Os meus diletos irmãos escritores:
Viegas, Fagundes, Felipe, Osmar,
Salles. Das belas letras que me encantam:
O jornalista Anderson Miranda,
E outros muitos de penas encantadas.
BRASIL!... Pátria gentil que abriga os povos
Do Mundo, os “brasis “, que nos enriquecem.
Brasil, terras de Cristo Redentor
Com estradas cheias de luz, de sonhos,
Também de esperança e de muito amor!
Nação operosa que crescer quer
Em paz, no amor e na sabedoria,
Na justa fidelidade ao Brasil;
Nossa casa é, devemos receber
Amigo; amizade implica respeito.
Quem assim não age amigo não é,
Quer nos enganar, subtrair bens:
Nossa magna floresta amazônica
De subido valor, — e a juventude,
O bem mais precioso da nação.
O ALMO SOL BRASILEIRO nos revela:
Brasil é o melhor país do mundo
E o maior em riqueza natural.
Disse Olavo Braz Martins Bilac:
“Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece,
Criança! Não verás nenhum pais como este,
"IMITA NA GRANDEZA A TERRA EM QUE NASCESTE!”
Nota Final
O poema “O Almo Sol Brasileiro” é um hino de amor à pátria e à criação divina, em que Adison do Amaral, com a lucidez e vigor de seus 92 anos, demonstra que os verdadeiros poetas não envelhecem — apenas amadurecem em sabedoria e luz. Sua pena, mesmo trêmula, escreve com o coração aceso pela fé, pela arte e pelo Brasil.
Palavras de Anderson Miranda:
“Momentos como este nos lembram que a história não se faz apenas com grandes feitos, mas também com gestos simples, com olhares sinceros e com o reconhecimento entre almas que compartilham o mesmo amor pela verdade, pela justiça e pelo Brasil. O poeta Adison do Amaral, com seus 92 anos de lucidez e luz, é prova viva de que a inspiração é uma dádiva que não envelhece. E é com o coração cheio de gratidão e respeito que registro este instante — não como um repórter diante de uma pauta, mas como um brasileiro diante de um símbolo. Porque o verdadeiro sol que ilumina a nossa nação é aquele que nasce dentro de cada um de nós.”
Uma obra relevante para a identidade cultural e literária do município
Há livros que nascem para entreter, outros para ensinar, e há aqueles que cumprem uma missão mais profunda: preservar a memória de um lugar e o sentimento de pertencimento de um povo.
É exatamente isso que representa o lançamento de Aventuras na Terra Interiorana: Contos em Bom Jesus do Itabapoana, de Alessandra Abreu, um marco para a literatura local e um presente para a cidade.
A obra não apenas reúne histórias ambientadas em Bom Jesus do Itabapoana; ela reconhece a cidade como cenário de emoções, lembranças e sonhos. Cada conto é um espelho onde o leitor bonjesuense se vê, nas ruas, nas praças, nas paisagens e nos gestos cotidianos de sua gente. Alessandra transforma o que poderia ser apenas um cenário em personagem viva, palpitante, carregada de afetos e significados.
O lançamento do livro, que ocorre no dia 15 de novembro, durante a Expo Comics 2025, no Cinemais, das 9h às 18h, representa mais do que a divulgação de uma obra literária. É um ato simbólico de valorização cultural, pois reafirma a força criadora que emana de Bom Jesus e a importância de ver o próprio município retratado na arte.
Alessandra Abreu, escritora, editora e incansável promotora da cultura local, tem contribuído de forma decisiva para o fortalecimento do cenário literário da região. Ao fundar a Editora Revidreams, publicar autores de diferentes estados e organizar eventos como a FLICbonjê, Feira Literária e Cultural de Bom Jesus do Itabapoana, e a I Arte e Cultura de Bom Jesus, ela constrói conexão entre vozes, gerações e territórios.
Mas com Aventuras na Terra Interiorana, Alessandra faz mais: ela eterniza Bom Jesus nas páginas de um livro, oferecendo às novas gerações o orgulho de ver sua cidade reconhecida como fonte de inspiração e espaço de criação.
O impacto cultural desse gesto é profundo. Quando a literatura se volta para a própria terra, ela não apenas narra, ela afirma identidade. E, em tempos em que tantas pequenas cidades se veem apagadas pelo ritmo apressado do mundo, é comovente perceber Bom Jesus do Itabapoana ressurgindo nas letras, nas vozes e nas histórias de quem nunca deixou de amá-la.
Assim, o livro de Alessandra Abreu é mais do que uma publicação: é um testemunho de amor e pertencimento.
Um convite para que cada leitor bonjesuense olhe ao redor e reconheça, na simplicidade do cotidiano, a grandeza de sua própria terra.
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| Alessandra Ribeiro: orgulho de Bom Jesus do Itabapoana |
*"FELIZ DIA 🌹🕊💖"*
Sabe aquele dia lindo, cheio de coisas boas?
Pois é... É este que vim te desejar.
Que Deus nos abençoe nesse dia, e nos faça vencê-lo com força, fé, coragem e gratidão.
Que nada nos falte, que nada nos atrapalhe, que nada nos desvie daquilo que é pra ser em nossa vida.
Que a gente saiba ser Paz em meio as batalhas da Vida.
*"Se tudo na vida fosse só alegria, as pessoas não dariam valor a felicidade. Ás vezes é preciso chorar para sabermos o quanto é bom sorrir, é preciso sentir saudade para saber o quanto gostamos de alguém, quando temos tudo nada parece ter valor. A vida é um antes, um durante e um depois. Por isso, viva hoje, esqueça o ontem e deixe Deus decidir o amanhã!!!"*
*"✍ ... Rogerio Loureiro Xavier"*
*"XADREZ"*
Mais do que um jogo, o xadrez é treino para a mente:
• Desenvolve estratégia e raciocínio lógico
• Estimula a concentração e a paciência
• Promove diversão saudável em família ou com amigos
Ter um #xadrez em casa é garantir momentos de desafio, aprendizado e boas risadas. Seja para iniciantes ou mestres, sempre há uma partida esperando!
*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*
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| Rogério Loureiro Xavier |
O Ministério do Turismo destaca que o turismo de aventura integra o Plano Nacional de Turismo 2024–2027, em sintonia com o programa Conheça o Brasil: Cidades e Natureza. A iniciativa busca diversificar a oferta turística nacional, promovendo experiências sustentáveis que conectem os visitantes à riqueza ambiental, cultural e espiritual das regiões brasileiras.
Nesse contexto, o turismo de aventura e natureza figura como um dos pilares da política nacional de desenvolvimento turístico, ao lado dos segmentos religioso, cultural e histórico, que também têm papel essencial na construção de uma identidade turística ampla e integrada. Juntos, esses segmentos abrem caminhos para experiências autênticas, geração de renda e fortalecimento das economias locais.
Atualmente, o turismo de aventura representa 13% das preferências nacionais em viagens, um número expressivo que reflete o crescente desejo dos brasileiros por experiências ao ar livre, conectadas à natureza e à emoção.
Em nosso município, essa tendência encontra solo fértil. No distrito de Calheiros, a empresa JoCa Aventuras se consolida desde 2021 como referência regional. Especializada em turismo de aventura, oferece atividades como rafting, escalada, trilhas, acampamentos e colônias de férias, experiências que unem adrenalina, convivência e respeito ambiental.
No mesmo distrito, o Instituto Rio Life desponta como um polo de turismo de natureza. Seu entorno abriga a Cachoeira da Fumaça, um espetáculo natural que encanta visitantes e simboliza o potencial turístico da região. O local oferece hospedagem qualificada e um restaurante de cardápio internacional, consolidando-se como ponto de encontro para turistas de diversas partes do estado.
Por outro lado, segundo os dados informados pelo governo federal, o turismo religioso ou espiritual possui 18% de interessados da preferência nacional, enquanto o turismo cultural ou histórico está fixado em 14%. Além das aventuras e paisagens, nosso município preserva riquezas culturais, históricas e religiosas que também encantam quem o visita. As festas tradicionais, as manifestações de fé e o patrimônio histórico local são parte essencial dessa vocação turística que une emoção, devoção e memória.
Importante salientar que, além da empresa JoCa Aventuras, desde 2022, está em funcionamento a empresa USINA DE CULTURA, Produtora de Projetos Culturais e Artísticos, de Bob Flávio, que está promovendo viagens e passeios culturais no municipio, na região, no Brasil e até no exterior.
Temos informação também da fixação da Quest Turismo e Aventura, de Fernando Xavier de Almeida, realizando tours guiados pelo município.
Todo esse quadro a nível nacional e local traz excelentes perspectivas de desenvolvimento do turismo no município nos segmentos do turismo de aventura e natureza, religioso ou espiritual e de cultura ou história.
Com iniciativas como essas, o município se prepara para um novo ciclo de desenvolvimento. Entre montanhas, rios, museus e igrejas, o turismo surge não apenas como atividade econômica, mas como ponte entre o homem, a natureza e a cultura, um convite à descoberta, à preservação e ao orgulho de pertencer a um território de beleza, fé e potencial únicos.
*"Reflexão:"*
Quando a vida te desafiar, arregace as mangas e manda ver.
O medo de um momento logo passa e a coragem surge como solução.
Enfrente o desconhecido com desenvoltura de ganhador.
Olhe sempre pra frente pois o que passou já foi.
Nunca lamente o que não conseguiu. Use sempre a frase: o que eu ainda não consegui vou conseguir.
Supere-se sempre.
Desafie-se.
Queira sempre o melhor.
Não se contente com migalhas.
Seja seu maior fã.
*"Que cada dia, sinta em seu coração a certeza de que a vida lhe espera de braços abertos, para receber suas expectativas e realizá-las uma a uma."*
*"✍️ ... Rogerio Loureiro Xavier"*
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| Adson do Amaral |
“Estou enviando o meu último poema, às vésperas de comemorar 93 anos; se o achar conforme, peço a Vossa Excelência publicá-lo no excelente Jornal O Norte Fluminense. Abraços. Gentileza acusar recebimento. Seu admirador.”
O pedido, singelo e afetuoso, revela a elegância de um autor que, mesmo após quase um século de vida, conserva o brilho sereno da juventude espiritual.
Mas o que se pode dizer de Adson do Amaral, aos 92 anos, agora 93, autor da festejada obra Tributo a Brasília e de tantos outros títulos que enriquecem a literatura brasileira? Talvez que sua poesia seja o reflexo mais puro de uma alma que aprendeu a dialogar com o tempo e a transcendê-lo.
Seu novo poema, intitulado “ALMO”, chega como uma oferenda ao sol da vida e à eternidade da arte. Escrito em versos soltos decassílabos heróicos, sáficos e “adisoninos”, uma marca pessoal de seu estilo, o texto evoca as tradições clássicas de Tomás Antônio Gonzaga, em Cartas Chilenas, e de Olavo Bilac, que também celebraram o idioma e a pátria com fervor e métrica.
Nos primeiros versos, Adson invoca a luz primordial com a força de quem ainda vê beleza no amanhecer:
O ALMO SOL BRASILEIRO!
“Ama com fé e orgulho, a terra em que nasceste!”, (Olavo Bilac, em A Pátria)
O SOL ALMO que a vida impulsiona
Em longínquas regiões insinua-se,
Vencendo trevas abissais das fossas
Do infinito entre pedaços de imagens
Geométricas, rútilas ou noturnas,
Que rolam entre colossos siderais
Arcada celeste além aos milhões
Em pelágios fossos do mar sem fim,
Negror do espaço/tempo... infinitos,
Evocando os guerreiros do deus Rá.
Todo o seu grande poema, que será publicado integralmente na edição de novembro do jornal, é uma verdadeira sagração da existência, onde o sol é mais que astro: é símbolo da persistência humana, metáfora da criação e centelha divina que move o verso.
Neste aniversário, celebramos não apenas a idade, mas o renascimento poético de Adson do Amaral, que segue transformando o tempo em arte e a vida em memória.
Que Deus continue o abençoando com os sonhos de poesias, e as poesias de sonhos, que sempre o acompanharam. Que venham novos anos, novas páginas, novos versos, junto à sua digna família, que é seu orgulho e o reflexo da serenidade que construiu com amor e sabedoria.
Parabéns, Adson do Amaral, o poeta que fez do sol o seu espelho.
A necessidade de combater a loucura coletiva
“Após décadas, a Europa está mais uma vez mergulhada numa loucura coletiva que nos conduz à guerra, à decadência e ao caos”, afirmou Lubos Blaha, vice-presidente do Smer, partido governante na Eslováquia.
Segundo ele, Eslováquia, Hungria e República Tcheca poderiam opor-se conjuntamente às iniciativas da União Europeia em relação à Ucrânia.
“Ações conjuntas por parte daqueles que ainda conservam o bom senso na Europa não são apenas possíveis, mas também prováveis”, declarou o político em entrevista publicada neste sábado.
A questão que se impõe é se essa loucura coletiva, essa decadência e esse caos também não teriam chegado ao Brasil.
A Europa, outrora berço da civilização ocidental e símbolo do progresso humano, vive hoje um período de incertezas e fragmentação. O continente que ergueu impérios, moldou a ciência moderna e ditou o ritmo da cultura global encontra-se mergulhado em um labirinto de crises, econômicas, políticas, sociais e morais. O brilho de suas catedrais e universidades contrasta com o peso de suas contradições contemporâneas.
A decadência europeia não é apenas material, mas também espiritual. As guerras do século XX deixaram cicatrizes profundas que jamais se fecharam completamente, e a promessa de uma união estável, encarnada pela União Europeia, mostra-se cada vez mais frágil diante das tensões internas. A ascensão de nacionalismos, o colapso de valores comuns e o medo diante das ondas migratórias revelam um continente dividido entre a nostalgia do passado e a incapacidade de construir um futuro coeso.
Enquanto as ruas das grandes capitais se tornam palco de protestos e o desemprego corrói a juventude, o velho continente parece ter perdido o sentido de direção. A cultura, antes universalista e humanista, cede espaço à apatia e ao ceticismo. O caos europeu é, em parte, o resultado de sua própria grandeza: o peso da história sufoca a capacidade de renovação.
Entre o esplendor de suas ruínas e o eco de suas contradições, a Europa assiste, perplexa, ao declínio de uma era. Sua decadência talvez não represente o fim, mas sim o prenúncio de uma transformação necessária, uma travessia dolorosa entre a memória gloriosa e a urgência de reinventar-se em um mundo que já não gira ao seu redor.
Mas o alerta que vem da Europa não deve ser ignorado. O Brasil, embora jovem e cheio de potencial, repete muitos dos erros do velho continente: a polarização cega, a degradação moral, o desprezo pelo conhecimento e a erosão das instituições. A sociedade se acostuma ao caos, o ódio se disfarça de opinião, e a ignorância se traveste de virtude. Assim começa toda decadência, não com bombas ou revoluções, mas com o silêncio diante da desordem.
Enquanto a Europa tenta compreender sua própria ruína, o Brasil brinca à beira do mesmo abismo, acreditando que a instabilidade é apenas parte do jogo político. No entanto, a história é implacável com os povos que insistem em ignorar seus sinais. A decadência não acontece de um dia para o outro: ela se infiltra lentamente, nos discursos, nas instituições e nas consciências.
Se nada for feito, se não houver lucidez, coragem e compromisso com a verdade, corremos o risco de assistir, também por aqui, ao mesmo espetáculo de declínio que hoje assombra a Europa. E, quando o caos se instalar de vez, já não haverá culpados, apenas sobreviventes.
Quando o Filho do Presidente Veio ao Interior: a visita de Getúlio Vargas Filho a Bom Jesus
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| Getúlio Vargas Filho, com o filho Getúlio Vargas da Costa Gama no colo, e o pai Getúlio Vargas, em Petrópolis, 8 de março de 1941 |
O Primeiro Baile
Era noite de São João em Bom Jesus do Itabapoana, em 1940, e o relógio marcava dez horas quando o Palacete do Malvino Rangel se abriu em luz e som. Os salões, já repletos de elegância e perfumes, acolhiam a sociedade bonjesuense em sua mais fina apresentação. Um conjunto musical, reunindo talentos de Campos e da própria terra, embalava a festa com valsas e marchas, enquanto os pares chegavam, envoltos em murmúrios e sorrisos.
A Chegada
O doutor Octacílio de Aquino, sempre cortês, tomou a palavra. Apresentou à distinta plateia o ilustre visitante, o Dr. Getúlio Vargas Filho, que recebeu, entre aplausos e vivas, o calor de uma gente hospitaleira. Então, como que obedecendo ao compasso de um destino solene, formou-se o primeiro par da noite: o jovem doutor e a gentil senhorita Letícia Freitas. Quando começaram a dançar, parecia que o salão inteiro os acompanhava, movido pela cadência da música e pelo encanto daquele instante inaugural.
O Encanto da Festa
O salão principal, adornado com folhagens, respirava o espírito do sertão e do São João. Havia ali um contraste encantador entre a simplicidade rústica da decoração e o requinte dos trajes. As damas, em chitas coloridas que giravam como flores ao vento, e os cavalheiros, de trajes de passeio e gravatas bem postas, davam vida a um quadro de rara harmonia.
Do lado de fora, uma fogueira ardia diante do palacete, lançando fagulhas que dançavam no ar noturno. E, enquanto a música ecoava pelas ruas, parecia que toda a cidade festejava não apenas um visitante ilustre, mas também a própria alegria de viver.
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| Getúlio Vargas Filho ladeado pelo prefeito José de Oliveira Borges e comitiva, em Bom Jesus do Itabapoana, 24 de junho de 1940 |
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| Getúlio Vargas Filho, centro, em 1939, no Rio de Janeiro, ladeado da mãe Darcy Sarmanho Vargas e Alzira Vargas do Amaral Peixoto |
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| Palacete do Malvino Rangel recepcionou festivamente Getúlio Vargas Filho em 1940 |