quinta-feira, 21 de julho de 2016

A 4ª PROPRIEDADE RURAL DE BOANERGES BORGES DA SILVEIRA


São José do Calçado (ES)





Documento relativo ao Recenseamento de propriedades rurais realizado em São José do Calçado (ES), no dia 1º de setembro de 1920, descoberto pela advogada Lucília Stanzani, de Cachoeiro de Itapemirim (ES), revela que Boanerges Borges da Silveira, pai dos ex-governadores Roberto e Badger Silveira, foi proprietário, na época, da Fazenda São Sebastião.


Boanerges Borges da Silveira foi proprietário da Fazenda São Sebastião em São José do Calçado (ES), em 1920

Com isso, fica evidenciado que Boanerges foi proprietário de 4 (quatro) propriedades rurais. A primeira foi a Fazenda do Meio obtida por herança de sua esposa Maria do Carmo Teixeira. A segunda foi o Sítio Rio Preto, adquirido com a venda da Fazenda do Meio. A terceira, a Fazenda São Tomé, comprada através de empréstimo, todas localizadas em Bom Jesus do Itabapoana (RJ). 

A relação de Boanerges com São José do Calçado está registrada no livro "ROBERTO SILVEIRA, A PEDRA E O FOGO", de José Sérgio Rocha, Casa Jorge. Segundo a obra, Boanerges chegou a matricular o filho Badger em internato em colégio da cidade capixaba em 1930. Consta da obra:

"Com 17 anos de idade e um conto de réis no bolso, o bonachão Badger deixou o internato [em São José do Calçado(ES)] sem amarguras. A família passou sérios apertos e foi procurar emprego e tentar prosseguir os estudos em Niterói" (página 87)


Moacir Teixeira Rezende: Boanerges costumava vir a São José do Calçado


Por outro lado, o dentista Moacyr Teixeira de Rezende, radicado em São José do Calçado (ES), assevera que Boanerges costumava frequentar a cidade capixaba.

Nascido no dia 12/02/1930, na vila de Calheiros, distrito de Bom Jesus do Itabapoana, Moacyr é filho de Sebastião Vieira de Rezende e Jacyra Teixeira de Rezende. São cinco os irmãos: José (que foi prefeito de São José do Calçado), Clóvis (comerciante), Hélio (fiscal da receita, coletor estadual), Maria José e Maria Helena, professoras.

Waldir é casado com Cândida Almeida de Rezende, nascida na Fazenda do Jasper, tendo quatro filhos: Marco Antônio (CEF), Robison (dentista), Jeferson (Escelsa-Vitória) e Patrícia (ANAC), além de cinco netos. 

Memória viva da história de São José do Calçado e da família Vieira de Rezende, Waldir assinalou que "os Rezende vieram do Arquipélago dos Açores. Lá, há 3 ilhas habitadas: a 1ª, a 2ª e a 3ª. As outras não tinham água potável". 


Moacir Teixeira de Rezende e o livro de Airton Vieira de Rezende, escrito em 1930, sobre a genealogia da família Vieira de Rezende


Em relação a Boanerges, ele conta: "eu era criança e me lembro que Boanerges Borges da Silveira costumava vir a São José do Calçado visitar Francisca Rosa Teixeira de Rezende, conhecida como Chiquinha, que morava na Praça Teófilo Lobo, no centro da cidade. Ela era parente da esposa de Boanerges, Maria do Carmo Teixeira Silveira. Dr. Colombino Teixeira chamava dona Francisca de tia Chiquinha. Ele era inspetor da Educação Federal e fiscalizava escolas de São José do Calçado. Francisca era parente de Quinca Reis". 

Francisca Rosa Teixeira de Rezende, prima de Maria do Carmo Teixeira Silveira, a Biluca, tinha como endereço a Praça Teófilo Lobo

"Recordo-me que, certa vez, o carro de Boanerges, ao passar por um pontilhão de madeira, na Volta Fria, foi surpreendido porque uma parte do pontilhão quebrou, fazendo com que o carro de Boanerges, com sua família, ficasse pendurado no pontilhão, até ser socorrido", finaliza.




Igreja Matriz de São José do Calçado
























































2 comentários:

  1. Eu acho que este livro mencionado acima é o "Genealogia dos Fundadores de Cataguases", de Arthur Vieira de Rezende (1868/1945) - publicado em 1934. Posteriormente seria editado "Genealogia Mineira" (Volumes I, II, III e IV (1937 a 1939), do mesmo autor. A genealogia do Sr. Moacir Teixeira de Rezende, foi mencionada no Volume I - página: 152 - O Sr. Moacir descende de Helena Maria de Jesus (irmã do Inconfidente José de Rezende Costa) que casou-se com o Capitão José Antônio da Silva, gerando Joaquim Antônio da Silva Rezende. Este teve uma filha Maria Balbina de Rezende, que em 1825 casou-se com o Major Joaquim Vieira da Silva Pinto, na Fazenda da Cachoeira - distrito de Santana - do Morro do Chapéu, município de Queluz (hoje Conselheiro Lafaiete). O Major Joaquim era filho do Capitão Antônio Vieira da Silva Rezende e Feliciana Maria de São José. Um dos dos filhos do Major Joaquim, nasceu com o nome de José Vieira de Rezende e Silva. Tinha patente de Coronel. Este, casou-se com Feliciana Dutra Nicácio (depois Feliciana Vieira de Rezende e Silva - onde geraram o 2º e mais completo genealogista mineiro: Arthur Vieira de Rezende e Silva (Advogado e Republicano). Veja também:"As Três Ilhoas" (5 Volumes), de José Guimarães.

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