Exposição Histórica sobre Padre Mello contou com Oratório do século XIX

Oratório de madeira, do século XIX, pertenceu a um altar lateral da Igreja Matriz 

No dia 6 de agosto de 2015, ocorreu no ECLB (Espaço Cultural Luciano Bastos) uma importante Exposição sobre Padre Mello.

Neste evento, foi mostrado ao público o oratório do século XIX que pertenceu ao antigo altar da Igreja Matriz de Bom Jesus do Itabapoana, e que foi localizado no Antiquário de São Miguel, em São Pedro do Itabapoana (Mimoso do Sul/ES).

Segundo Balbino, "localizei este oratório, há vários anos atrás, em uma zona rural. Segundo informações da comunidade, a Igreja Matriz de Bom Jesus do Itabapoana tinha sido reformada, razão pela qual, as peças de madeira tiveram diversos destinos. Acabei adquirindo a peça e fico feliz por saber que, agora, ela retorna à cidade de origem". 

Elcio Xavier foi coroinha da Igreja, na época de Padre Mello

O poeta bonjesuense Elcio Xavier diz que se recorda de que, na década de 1950, com as reformas na Igreja, o altar de madeira foi retirado. Segundo Elcio, "lembro-me que o púlpito, do século XIX, feito por Quincas Bastos (de grande beleza), foi doado a uma igreja do Vale do Paraíba".

Igreja Matriz foi inaugurada em 1880 pelo Padre Guedes Machado. Padre Mello ergueu, posteriormente, as duas torres, enquanto Monsenhor Francisco Apoliano reformou a parte interna, transformando-a em uma das mais belas igrejas do interior do país

(Saiba sobre a vida e obra de Elcio Xavier em: http://onortefluminense.blogspot.com.br/2015/05/95-anos-de-elcio-xavier.html).

O antigo altar da Igreja Matriz foi construído no século XIX

O cenógrafo, restaurador e artista plástico Raul Travassos, por sua vez, é categórico: "não há dúvida que o oratório que se encontra no ECLB é do século XIX. Trata-se de um oratório que pertenceu a um altar lateral da Igreja Matriz", salienta.

Capela do Divino Espírito Santo, no interior da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, onde estão os restos mortais de Padre Mello, foi restaurada pelo gênio de Raul Travassos

Raul Travassos

Raul Travassos nasceu em Itaperuna (RJ), mas fez seus estudos fundamentais em Bom Jesus do Itabapoana.

Passou a ser cenógrafo da Rede Globo de Televisão em novembro de 1973, participando da novela O Semideus, de Janete Clair. Foi, também, coreógrafo em mais de cinquenta novelas, como Terra Nostra, Roque Santeiro, Esperança e O Clone. Participou de "Casos Especiais", musicais e minisséries, tendo seu nome ligado à série "Grandes Nomes" relativas a Elis Regina, Luiz Gonzaga, Rita Lee e Paulinho Discos.

Das oito vezes que a revista Contigo! realizou premiação para o melhor cenógrafo do ano, Raul Travassos recebeu o troféu de melhor cenografia por sete vezes.

Construiu, com recursos próprios uma capela em Bom Jesus do Itabapoana em homenagem a Nossa Senhora de Fátima.

Travassos foi Secretário Municipal de Turismo e Cultura em Bom Jesus do Itabapoana (1992-1995) e instituiu no calendário da cidade a Feira da Providência, cujos recursos angariados são destinados as obras sociais da Igreja.

Construiu, com recursos próprios, uma capela em Bom Jesus do Itabapoana em homenagem a Nossa Senhora de Fátima.

 Raul Travassos (esquerda), os netos
Gabriela (10), Pedro (4), seu filho Christian e a nora Cecília

A Exposição sobre Padre Mello foi concorrida, contando, também, com outras relíquias, como um crucifixo doado pelo pároco português à tia da professora Maria Apparecida Dutra Viestel, um antigo sino da Capela localizada no Monte Calvário, além de livros e manuscritos de Padre Mello.

Livros raros de Padre Mello compõem o acervo do ECLB

Crucifixo foi doado por Padre Mello à tia de Maria Apparecida Viestel Dutra. O pároco era devoto de Nossa Senhora de Fátima

Sino da capela do Monte Calvário, da época de Padre Mello