Aleksandr Dugin |
"a principal força motriz responsável pelo colapso do liberalismo foram os valores tradicionais e as identidades civilizacionais profundas" (Aleksandr Dugin)
Jornal fundado por Ésio Martins Bastos em 25 de dezembro de 1946 e dirigido por Luciano Augusto Bastos no período 2003-2011. E-mail: onortefluminense@hotmail.com
Aleksandr Dugin |
A arte tem o poder extraordinário de unir os povos e as pessoas.
E foi isso o que vimos acontecer no dia 3 de dezembro em Quissamã, que recebeu, no Colégio Cenecista Nossa Senhora do Desterro, o Ateliê Filhos do Barro, de Casimiro de Abreu, comandado pelo consagrado Mestre Artesão, Daniel de Lima.
Os alunos puderam vivenciar momentos mágicos, despertando o talento e produzindo importantes obras de arte.
A formação de jovens artistas constitui uma ação meritória da diretora Ana Alice de Barcelos Silva, que revela ter uma visão profunda de educadora, preocupada com o desenvolvimento integral do ser humano.
A professora Elisangela Carvalho teve papel de destaque, recebendo e acompanhando as atividades na unidade educacional. As artesãs Vera e dona Antonieta, formadas pelo Mestre Artesão Daniel de Lima, acompanharam o evento, levando algumas de suas belas peças para exibição, além de darem belo testemunho sobre a importância da arte do barro em suas vidas.
Estão de parabéns o Colégio Cenecista Nossa Senhora do Desterro, através de sua diretora, Ana Alice de Barcelos Silva, e o Ateliê Filhos do Barro, comandado pelo Mestre Artesão Daniel de Lima.Por Gino Martins Borges Bastos
Bonjesuense é a forma tradicional de se referir aos nascidos em Bom Jesus do Itabapoana |
Uma questão que não tem sido enfrentada nos meios literários se refere à forma escrita do gentílico de Bom Jesus do Itabapoana.
Se compulsarmos todos os periódicos de nosso município, desde nosso primeiro jornal, o "Itabapoana", editado a partir de 1906, o vocábulo "bonjesuense" tem sido utilizado sem qualquer questionamento.
Os nossos grandes escritores utilizavam "bonjesuense" de forma natural: Padre Mello, Octacilio de Aquino, Romeu Couto, Napoleão Lyrio Teixeira, Francisco Camargo Teixeira, Antônio Dutra (cf. "ilustre bonjesuense Octacilio", p.90, in "Páginas Memoráveis da História de Bom Jesus do Itabapoana", 2003).
A nossa Lira, conhecida como "Furiosa", fundada em 09 de julho de 1939, é nominada Lira Operária Bonjesuense. A Academia Bonjesuense de Letras foi fundada no dia 4 de dezembro de 1976.
Portanto, há 118 anos, nossa comunidade sempre tem utilizado a forma "bonjesuense" para expressar o seu gentílico.
Interessante observar que o grande Napoleão Lyrio Teixeira, em seu livro "Plantando para o amanhã", se refere à "querência bonjesuana", na crônica intitulado "O Circo".
Ao pesquisarmos em alguns dicionários, como o "Novo Aurélio" (2004), constatamos que o mesmo faz referência ao verbete "bom-jesuense" como a forma correta para indicar os que nascem em Bom Jesus do Itabapoana e em mais sete municipios brasileiros que possuem a expressão "Bom Jesus" em seu nome.
Deve-se salientar, contudo, que o gentílico de Bom Jesus da Lapa é "lapense", sem nenhuma referência a "bom-jesuense". O "Novo Aurélio" indica, ainda, que "bom-jesuíno" é o gentílico de Bom Jesus do Tocantins (TO) e "bonjesuense" é o gentílico de Bom Jesus do Galho (MG). Trata-se de uma evidência de que cada município tem sua tradição própria.
Analisando o dicionário "Houaiss" (2004), constatamos 14 verbetes relacionados a "bom-jesuense" e 2 concernentes a "bonjesuense", um deles com menção expressa ao município de Bom Jesus da Serra (BA). Curioso que, para esse dicionário, o gentílico de Bom Jesus do Norte seria também, simplesmente, "bom-jesuense", ou "nortense".
Deflui, do que foi exposto, que o vocábulo "bom-jesuense" não constitui regra impositiva para o gentílico de todos os municípios que ostentam a expressão "Bom Jesus" em seu nome.
Em vão alguém buscará em dicionários, contudo, pelo verbete "bonjesuista", idealizado por um dos grandes intelectuais bonjesuenses, Octacílio de Aquino, que assinava seus primorosos textos como "Octa".
O neologismo surge como uma necessidade de criação de uma palavra para expressar algo novo, e Octa observou a realidade de alguém que, não nascido em nosso município, vivia como se assim o fosse. Octa constatou, portanto, que há uma característica própria do ser bonjesuense.
Como já assinalou o vetusto Lelo Universal, "a língua evolui sem cessar, nascem neologismos, envelhecem palavras. A história, a geografia, a literatura, o cinema, a rádio, a tv criam cada dia novos nomes que lançam outros no esquecimento".
Delton de Mattos partiu desse conceito e passou a usar o neologismo "bonjesuismo". Por outro lado, no dia 9 de agosto de 2013, no Espaço Cultural Luciano Bastos, por ocasião de um evento cultural intitulado "Circuito Cultural Arte Entre Povos", indaguei a Tom Lourenço, um dos participantes relacionados ao tema das novas mídias: " - Como você se sente em Bom Jesus?" A resposta foi imediata: "- Estou me bonjesuizando!".
Tudo indica que os vocábulos "bonjesuista", "bonjesuismo" e "bonjesuizar-se", se referem exclusivamente a Bom Jesus do Itabapoana. Em relação a Bom Jesus do Norte, há uma vertente local que sugere o gentílico norte-bonjesuense, o que está em consonância com a nominação "norte-americano", relativa à America do Norte.
O vocábulo "bonjesuense" faz parte de nossa tradição e da nossa cultura. O Dicionário Houaiss não é autoridade para alterar nosso sistema simbólico e querer nos impor a forma "bom-jesuense". Evidentemente, que cada um tem a liberdade de utilizar a forma de gentílico que desejar. Trata-se aqui, contudo, de afirmar nossos valores diante do mundo, e não sucumbir às imposições forâneas.
Leon Tolstói disse, certa vez: "Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia". Nós, em Bom Jesus do Itabapoana, pintamos a nossa!
Lira Operária Bonjesuense |
Wilma Martins Teixeira Coutinho |
Dezembro mês sagrado
Nasceu o Menino Jesus
Que morreu por nosso amor
Pregado numa cruz
Desejamos muita paz
Neste mês tão consagrado
E o aniversário de
Nosso Jesus amado
Vamos esquecer o mal momento
E pensar no que é bom
Vamos pensar na alegria
E cantar em qualquer tom
Viva Jesus amado
Viva nosso Senhor
Seus filhos não o esquecem
Lhes têm um grande amor
Wilma
O JONF(Jornal O Norte Fluminense) parabeniza Dona Fiinha, a gloriosa Lira 14 de Julho e o povo rosalense
(Informações enviadas por Anselmo Junior Borges Nunes)