Em tempos de silêncio pesado e olhos marejados, uma vida inteira acende sua luz na memória de quem ficou. Jorge Luiz Peixoto Silveira — Policial Penal, filho de Bom Jesus do Itabapoana, alma firme, coração justo — agora habita outro plano, mas sua presença resiste, como brisa que passa e arrepia.
Desde 2012, servia com honra à Gloriosa Polícia Penal do Espírito Santo. Mais que um servidor, era um guardião do compromisso, da coragem, da justiça. Em cada plantão, um gesto de firmeza; em cada atitude, o eco de alguém que não apenas vestiu o uniforme — ele o honrou.
Seu corpo partiu após uma parada cardíaca. Mas seu legado não parou. Segue, pulsa, caminha entre os corredores da memória e da corporação que o despediu com emoção e reverência. No cemitério de sua cidade natal, Bom Jesus do Itabapoana, a terra que o viu menino acolheu, com lágrimas e respeito, o homem que soube fazer da vida uma missão.
Antes do distintivo, houve luta. Peixoto foi aluno do Instituto de Menores Roberto Silveira, participou da Feem, enfrentou os desafios da juventude com dignidade. Trabalhou como segurança no banco Bradesco — cada passo, um preparo para o chamado maior.
Disse André Luiz de Oliveira, presidente do Instituto:
"Peixoto foi aluno do Instituto de Menores e fez parte da Feem. Trabalhou, ainda, como segurança no banco do Bradesco antes de ingressar na gloriosa corporação dos Policiais Penais. Meus sentimentos aos familiares e amigos!"
Palavras que são prece, saudade e gratidão.
Hoje, mesmo em meio ao luto, a Polícia Penal do Espírito Santo olha para o céu e reconhece ali, entre as estrelas, o brilho firme de um farol. O farol chamado Peixoto — que jamais deixará de iluminar aqueles que seguem a trilha do dever com dignidade e alma reta.
Porque há homens que partem. Mas há os que permanecem.
E Jorge Luiz Peixoto Silveira permanece.
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