sexta-feira, 7 de novembro de 2025

A Consagração da Trajetória Premiada do Mestre Daniel de Lima





Na noite de 6 de novembro, em Rio das Ostras, a arte ganhou novos contornos de celebração. O Mestre Artesão Daniel de Lima, escultor do barro e lapidador de destinos, recebeu três honrarias da Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos (OMDDH), títulos que soam como uma coroação a décadas de trabalho silencioso, paciente e profundamente humano.

O primeiro, “Destaque Cultural 2025”, reconhece sua dedicação às artes plásticas e sua devoção à escultura em barro como expressão de identidade e memória. O segundo, “Notável Saber em Artes Visuais”, celebra a grandeza de suas obras, espalhadas pelo Brasil como testemunhos de uma sensibilidade rara. E o terceiro, “Mérito Educacional 2025”, chancela seu papel formador: mestre que molda não apenas peças, mas futuros, profissionais, cidadãos, sonhadores.

Cada título ecoa o mesmo entendimento: o trabalho de Daniel é mais que artístico; é social, espiritual, comunitário. Seja criando peças de primor técnico, seja conduzindo oficinas que transformam curiosos em artesãos, seja articulando e fortalecendo a categoria, Daniel promove vida. Ele eleva renda, autoestima e horizonte. Em suas mãos, o barro encontra destino, e as pessoas, oportunidade. Sua trajetória constrói, pouco a pouco, um mundo mais humano e menos desigual.

Nascido em Recife, no bairro Afogados, em 1º de abril de 1977, Daniel começou sua jornada artística por acaso, ou providência. Aos 12 anos, ao acompanhar os pais até Tracunhaém, terra consagrada do artesanato em argila, testemunhou as filmagens de uma novela da TV Globo. Imaginou-se artista, pediu ao pai para ficar ali, entre parentes, na esperança de novas gravações. Mas o destino tinha outro roteiro: viu crianças modelando passarinhos de barro retirado das margens do rio e vendendo a turistas. Fascinado, imitou o gesto. E ali começou a alquimia entre suas mãos e a argila.

Em Tracunhaém, observando mestres e participando do Núcleo de Produção Artesanal, aprendeu a moldar, queimar e finalizar peças. A cidade, berço de grandes nomes do barro, foi sua escola viva. Ali também produziu obras em Nossa Senhora do Ó, ampliando repertórios e técnicas.

Depois, sua estrada o levou pela Paraíba, Sapê, Alhandra, por Brasília e, enfim, ao Rio de Janeiro, onde passou por Campos dos Goytacazes, Casimiro de Abreu e Rio das Ostras.

Desde então, sua obra ganhou amplitude, reconhecimento e, por vezes, fronteiras internacionais. Paralelamente, suas oficinas formaram gerações de novos artesãos, contribuindo para a transformação social de comunidades inteiras.

No barro, o Mestre Daniel de Lima escreve histórias. E agora, com estas honrarias, a sociedade escreve a dele.



















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