FLICbonjê: a maior festa cultural da história de Bom Jesus

Prefeito Paulo Sérgio Cyrillo e Secretária de Educação, Ivana dos Santos Gomes - homenagearam a historiadora dona Maria Apparecida Viestel - na maior festa cultural da história de nosso município 

Ocorreu, entre os dias 11 e 15 de agosto, o maior evento cultural da história de Bom Jesus: a 1a. FLICbonjê (Feira Literária e Cultural de Bom Jesus do Itabapoana), dentro da tradicional Festa de Agosto. 

O acontecimento se desenrolou, principalmente, na praça Governador Portela, e contou com inúmeras atividades de grande impacto cultural.

Organizada pela Secretaria de Educação, cuja gestora é Ivana dos Santos Gomes, e pela Secretaria de Cultura, cujo titular é José Geraldo Morais, a FLICBonjê teve o apoio do prefeito municipal Paulo Sérgio Cyrillo.

A Feira teve início às 16h do dia 11 de agosto, com a abertura dos  estandes na praça Governador Portela. 

O Espaço Cultural Cafézin, do renomado artista plástico, restaurador, historiador de arte, escritor e poeta Adilson Figueiredo, levou a Biblioteca de Arte e Literatura Profa. Alcione Junger Vieira Figueiredo, nome de sua mãe.

Adilson levou também sua Escola de Artes - que fez sucesso com as crianças  - e uma exposição de Artesanatos. Um piano disponível ao público, que revelou crianças pianistas, foi ali estabelecido, e, em conjugação com o piano fixado no palco - dois pianos constituem um fato inédito em nossa história cultural -, foi lançado o  projeto do pianista Luís Otávio Barreto intitulado "Bom Jesus, Capital do Piano". 

Fez sucesso também o estande do livro "Bom Jesus do Itabapoana", obra histórica de autoria do saudoso Zico Camargo, e do livro infantil "Uma História que Ouvi do Meu Avô", das irmãs Maria Bernadete Teixeira e Maria Aparecida Teixeira - netas de Zico - a respeito da origem da Festa do Divino em nosso município. Entre as numerosas presenças no estande, constam Maria Bernadete Teixeira da Silva, Maria Aparecida Teixeira da Silva, Maura Nilza Teixeira da Silva, Maria Helena Teixeira da Silva, Cláudio José Marques, Ana Lúcia Teixeira da Silva Moraes,

Fernando Moraes e Padre Rodrigo Mello.

Foi concorrido  o estande da Editora O Norte Fluminense, fundada pelo saudoso Luciano Augusto Bastos, com livros sobre a história de Bom Jesus e de poesias de autores locais. A Editora homenageou, na oportunidade, Elcio Xavier, o Príncipe dos Poetas, a memorialista Ana Maria Silveira e a poeta Wilma Martins Teixeira Coutinho, com manifestações de Saulo Soares e Anízia Maria Pimentel.

Foram homenageados também, pela Editora O Norte Fluminense, a saudosa musicista Dona Nina, os Poetas Bonjesuenses e o Dia da Imprensa Bonjesuense - o dia 1o./8/1906, data do lançamento do primeiro jornal de nosso município, intitulado "Itabapoana", editado por Sylvio Fontoura.

O estande dos lançamentos de livros foi outro sucesso. O bonjesuense Guilherme Figueiredo lançou "Trópico de Capricórnio", Saulo Soares, de Piraí (RJ), lançou "Gerúndio", Jorge Carvalho, de Barra do Piraí (RJ), lançou "Cidades, Construções e Civilizações" e "Avenidas do Tabuleiro", Marcelo Aceti, de Niterói, lançou "Acetetos" e o infantil "Quem é esse vindo aí?",  Renato da Mata, de Miradouro (MG),  lançou o livro "Pá Lavra", a bonjesuense Marilha Mistaldo Rosa lançou o livro infantil "As três Sapequinhas", a bonjesuense Valdemira Pereira Modesto lançou o infantil "Jardim da Vovó" e o bonjesuense Rony Saboia lançou "Um Amor Para Sempre" e o infantil "O Sítio do Vô Zeca".

Por outro lado, o Dr Laércio Andrade de Souza apresentou seu livro " O Que o Tempo não Levou", Reginaldo Chalhoub apresentou o livro "Minhas Mal Traçadas Linhas", Jailton da Penha apresentou os livros "Santa Isabel, Uma Paixão em Azul, Vermelho e Branco" e "Usina Santa Isabel Jamais Será Esquecida", Maria de Lourdes Sá Andrade apresentou o livro "Minhas Lembranças, Nossas Histórias ", a munizfreirense Rita de Cássia Côgo apresentou o livro infantil "Minha Arca não é de Noé" e outras obras infanto-juvenis da coletânea Letrinhas, e a itaperunese Lenita Carneiro apresentou o livro "Remanso do Horror".

Após a abertura dos estandes, teve o início um inédito e envolvente Cortejo Histórico, levando história e poesia para as ruas de Bom Jesus, o que constitui fato extraordinário.

A partir da praça Amaral Peixoto, a secretária Ivana dos Santos Gomes abriu o séquito, após manifestação do agente cultural Bob Flávio. Em seguida, a Dra Nisia Campos discorreu sobre o interventor que dá nome à praça. Foi ele quem nos outorgou nossa segunda emancipação, ocorrida no dia 1o./01/1939. Informou ainda que Gino Martins Borges Bastos fora escolhido como o patrono da 1a. FLICbonjê.

A Comitiva se deslocou, então, ao som da Lira 26 de Julho, de Apiacá (ES), até o prédio onde está instalado o Café Bistrô, que comemorou 100 anos. A professora de História, Sheila Brasil, declamou, na oportunidade, uma bela poesia de Padre Mello intitulada "Flor de Luz", cujos versos finais são os seguintes: 

"Vós que viveis nas montanhas

Quereis a glória da luz?

Vinde passear à noite

Nas ruas de Bom Jesus".

Em seguida, o Cortejo prosseguiu até à altura da placa da rua Expedicionário Paulo Moreira, onde o professor de História, José Francisco Melo Laurindo, discursou sobre o herói bonjesuense que morreu em campo de batalha, na Itália, por ocasião da 2a. Guerra Mundial.

Posteriormente, a comitiva se dirigiu até o prédio histórico situado na praça Governador Portela, onde residiu Pedro Gonçalves da Silva Jr, o Coronel Pedroca, o 1o. prefeito de Bom Jesus, por ocasião de nossa primeira emancipação, ocorrida no dia 25/12/1890. 

Lá chegando, o escritor e pianista Luís Otávio Barreto dissertou sobre o prédio, enquanto a historiadora Dra Elaine Borges Sueth traçou um histórico sobre a vida da homenageada dona Maria Apparecida Viestel, neta do Coronel Pedroca, que foi professora de História e educadora que contribuiu para a formação de diversas gerações. Em seguida,  o prefeito Paulo Sérgio Cyrillo e a secretária de educação, Ivana dos Santos Gomes, homenagearam dona Maria Apparecida Viestel, que agradeceu a honraria.

O Grupo Musical Amantes da Arte, capitaneado pela musicista Ana Maria Baptista, entoou, então,  canções tradicionais para a ilustre homenageada, finalizando com o hino "Marcha a Bom Jesus", de autoria do saudoso Salim Darwich Tannus, considerado o Hino de Bom Jesus.

Em sequência, a comitiva se dirigiu à frente do palco da praça, onde a Dra Elaine Borges lançou, junto com a equipe de coordenadores e dos secretários Ivana e José Geraldo, o livro "Bom Jesus do Itabapoana - Nossa História, Nosso Lugar", coordenado por ela, obra voltada para o 3o. Ano do Ensino Fundamental da rede municipal.

Seguiu-se uma grande apresentação de Piano e Voz, com os irmãos Pedro e Martha Salim, com participação especial do cantor e compositor Toni Rezende, do percussionista Samuel Xavier e da cantora Danielle Pereira.

No dia 12 de agosto, às 16h, teve início o inédito Encontro de Academias e Autores, que está sendo noticiado em outro espaço de nosso jornal.

O pianista Luis Otávio Barreto protagonizou, logo depois, uma belíssima apresentação em "Piano ao Entardecer", seguida de apresentação musical com Alex Petrillo, lançamento de livros e o aplaudido concerto "Mistura", com o pianista Luís Otávio Barreto e convidados.

No dia 13, às 8h, ocorreu a Abertura Oficial da Festa de Agosto, com a presença do Tiro de Guerra, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Guarda Municipal, ocasião em que ocorreu a solenidade de hasteamento de bandeiras, ao som do hino nacional e executado pela tradicional Lira Operária Bonjesuense.  Às falas do prefeito municipal Paulo Sérgio Cyrillo, Padre Rodrigo Melo e Gino Martins Borges Bastos, seguiu-se a oferenda floral nos bustos dos ex-governadores Roberto e Badger Silveira, do médico José Vieira Seródio e do Padre Mello.

Posteriormente, ocorreu um emocionante Cortejo Poético, tendo à frente uma bandeira do Divino, ao som da música "Bandeira do Divino", de Ivan Lins, numa referência à Festa do Divino, que originou a Festa de Agosto em nosso município, por volta de 1860, na zona rural de Barra do Pirapetinga.

Mais uma vez, a poesia e história foram levadas às ruas do município, dessa vez com distribuição de livros em carrinhos de supermercado. E com conteúdo simbólico. Nas Festas do Divino tradicionais, os organizadores pediam donativos para realizarem a festa. A bandeira do Divino do Cortejo Poético comandava a distribuição de livros.

O primeiro local visitado foi o prédio do Big Hotel, com uma significativa explanação de Adilson Figueiredo. Prosseguiu-se até à esquina da rua Tte José Teixeira com a rua Abreu Lima, onde Luis Otávio Barreto narrou  sobre a "rua do Comércio".

A comitiva prosseguiu até à loja Garnier, onde Alba Lívia, mãe do prefeito municipal, homenageou a saudosa Silvia Borges, conhecida como Silvinha.

Em seguida, a comitiva se dirigiu ao Hotel Itavale, onde foi recepcionada pelo proprietário Paulo Bousquet. Marcos Seródio, hóspede frequente do hotel, narrou, com humor, um conto sobre um caso verídico, em que um jovem casal passou a noite em um dos quartos promovendo sons que atrapalharam o seu sono.

Posteriormente, o Cortejo finalizou seu trajeto diante da Delegacia de Polícia, onde foi apresentado um conto policial pela Guarda Civil Dornellas, assessorada por Bob Flávio e por alunos da rede municipal.

Em seguida, todos foram até à escadaria da prefeitura municipal e cantaram, com euforia, o Hino de Bom Jesus, encerrando o memorável Cortejo.

Às 16h, ocorreu a 2a. fase do Encontro das Academias e Autores. Às 19h, aconteceu mais uma ocasião para o lançamento de livros. 

Prosseguiu-se com o evento "Tenda Presente Literário", que distribuiu livros para a população.  Este outro grande acontecimento teve o apoio da empresa Primótica, de propriedade de Mansur Turques Mansur e Sandra Mansur. A empresa, fundada há 22 anos, possui 12 funcionários, e tem Carol Paiva como gerente. A feliz articulação para a participação da empresa na FLICbonjê se deu entre Bob Flávio, Sandra e Carol. 

A noite se encerrou de modo grandioso, com a marcante apresentação do trio TRESJAZZ, integrado por Luís Otávio Barreto, ao piano, Alex Petrillo, ao violão, e voz de Gabi Tebaldi.

No dia 14, a partir das 16h, ocorreu a Feira Literária e Cultural Infantil, com um belo espetáculo do Grupo Divertics Animações, com apresentação de dança, teatro e muita diversão para as crianças. Paralelo a isso, ocorreram lançamento de livros infantis e oficinas de artes com Adilson Figueiredo. A noite foi finalizada com um grandioso show musical infantil.

No dia 15, ocorreu, à tarde, um belo desfile escolar, com o tema "Por um Novo Amanhã", e às 18h, aconteceu a solenidade de encerramento da FLICbonjê.

Tratou-se, portanto, de evento memorável, que, ao celebrar a cultura e a história de nosso município, fez a história acontecer e, assim, se projetou para o futuro, para as transformações necessárias em direção à humanização de nossa sociedade.

Padre Rodrigo Mello entre as Maria Aparecida Teixeira e Maria Bernadete Teixeira 

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