terça-feira, 20 de maio de 2025

O magnífico PANTEÃO de ALCYR DOS REIS CARVALHO

 



Se, há mais de dois mil anos, o gênio de Marco Vipsânio Agripa construiu o imponente Panteão de Roma em honra aos deuses gregos e romanos, outro gênio dos tempos hodiernos, Alcyr dos Reis Carvalho, estabeleceu o admirável Panteão da Fazenda Belo Jardim, em Bom Jesus do Norte, em honra a seus amigos, que são também celebridades universais.

Em uma solenidade repleta de emoções, homenageou Luis Carlos Maiato, um dos maiores leitores do Brasil, exemplo de sabedoria e dignidade, e o Dr. Altever de Sá Vianna, autêntico discípulo de Hipócrates, um médico da humanidade, modelo de integridade profissional.

Anteriormente, foram objeto de consagração Celso de Oliveira Loureiro, prestigioso professor da Universidade Federal de Minas Gerais, hoje aposentado, e o Dr Reginaldo Teixeira Chalhoub, eminente escritor e Procurador do Estado do Rio de Janeiro, aposentado.

Alcyr, acompanhado da esposa Dors Almeida Baptista Carvalho, abriu o evento, saudando a todos e todas, explicando o objetivo de conceder as honrarias aos amigos, que também dignificam a sociedade.

O anfitrião estabeleceu o Panteão da Fazenda Belo Jardim como uma maneira de deixar um legado duradouro que inspira e motiva as gerações futuras. Concebeu-o como um local de reflexão, de homenagem e de celebração da vida dos celebrados, e um espaço onde poderemos lembrar, aprender e nos inspirar nos exemplos de coragem, determinação e sabedoria que eles nos legaram.

Esse Monumento é um reconhecimento, também, da importância da memória e da história. É um compromisso com a preservação da nossa identidade cultural e com a promoção da nossa herança comum.

Alcyr idealizou o Panteão, ainda, como um símbolo da gratidão e do respeito em local onde poderemos refletir sobre o passado e olhar para o futuro com esperança e determinação.

Após a fala do anfitrião, foi dada a palavra a Gino Martins Borges Bastos, que saudou todos os presentes e homenageados, assinalando que Alcyr dos Reis Carvalho constitui um dos mais importantes exemplos de honradez para o mundo. 

Foi registrado que apenas a genialidade de Alcyr dos Reis Carvalho poderia arquitetar uma obra dessa magnitude. Não por acaso ostenta "Carvalho", em seu sobrenome, evocando a marca inconfundível dos "Carvalhos da Justiça", "plantados pelo Senhor, para sua Glória" (Isaías, Cap. 61,3).

Foi assinalado ainda que Alcyr poderia estar usufruindo de sua aposentadoria com toda a tranquilidade, junto com sua magnífica família, usufruindo do paraíso que construiu na Fazenda Belo Jardim. Contudo, resolveu seguir o dever de consciência e lutar pelo bem maior da nossa coletividade. Por um lado, homenageando os amigos, de modo perene, em sua propriedade. Por outro lado, atuando na arte da Política, para promover a construção de uma nova sociedade. Para isso, não mediu esforços para atuar como um destemido general à frente do campo de batalha. Venceu a guerra da consciência!

Alcyr é um espírito irrequieto dotado de visão universal, que, além de brindar o  mundo com um notável exemplo de vida pessoal e familiar, resolveu transformar seu paraíso terrestre em um local de honraria aos amigos. 

O homem é o que faz e não o que diz. Tudo o que Alcyr faz é movido de grandeza humana, tão necessária para enfrentar os graves desafios do mundo de hoje. Alcyr dos Reis Carvalho é um nome que está perpetuado em nossa sociedade, com sua formidável obra e admirável exemplo de vida.

Gino distribuiu, posteriormente, os livros 'LEMBRANÇAS, CRÔNICAS E CONTOS", de Elcio Xavier, e "SAUDADE", de Gedália Loureiro Xavier, publicados pela Editora O Norte Fluminense, que contêm, respectivamente, o texto "A ILHA" e a poesia " REVER BOM JESUS", lidos na solenidade, e que estão ao final deste artigo.

Prosseguiu-se com José Ari Borges, que leu textos laudatórios lavrados por Alcyr em honra aos louvados do dia. Luis Carlos Maiato não se conteve, e se emocionou, com lágrimas. Os homenageados agradeceram as honrarias realizadas em vida.

Seguiu-se um lauto almoço, com uma linda confraternização. Natinho Borges realizou os registros do notável evento.

Estiveram presentes ao memorável acontecimento: Antônio Manoel, Adilson Figueiredo, Dr Reginaldo Teixeira Chalhoub, Vera Chalhoub, Ivana Marly Garcia, Marlene Garcia, Sérgio Santiago, Márcia Santiago, José Antônio Borges, Maria Eduarda, Vicente, Gabriel, Lorena, Adriana, Geovana, Adrícia, Natinho Borges e Marisa.

Alcyr dos Reis Carvalho e Dora Almeida Baptista Carvalho proporcionaram um momento histórico para a nossa sociedade. São merecedores, portanto, de toda a Honra e toda a Glória!









































A ILHA

Elcio Xavier 

A pequenina ilha do rio Itabapoana, trezentos metros abaixo da ponte que liga as duas cidades, foi certa vez reivindicada pelo prefeito de Bom Jesus do Itabapoana como parte de sua cidade. Houve uma "guerra" entre as duas Bom Jesus, que motivou uma reportagem de meia página do jornal "O Globo", fartamente ilustrada e texto belicoso, obtido pelo total desconhecimento da história da região, que recordo abaixo, esclarecendo que prevalecera o bom senso e os capixabas ganharam a batalha. Eis a história:

Bom Jesus do Norte surgiu das terras da Fazenda PROVIDÊNCIA, de Carlos Aquino Xavier, que abrangia toda a área da cidade capixaba. O nome Providencia foi escolhido por Carlos, mas todos a conheciam como Fazenda Jardim, graças ao belo jardim que Dona Francisca, esposa de Carlos, mantinha na entrada de sua residência. E a ilha foi motivo de grande aborrecimento para Baldina quando ficou noiva de seu primo Samuel, pois seus irmãos, irreverentes, passaram a galhofar da espevitada noiva, dizendo que seu pai, o Carlos, ofereceu ao futuro casal, como dore especial, a diminuta ilha. Foi a primeira "guerra" proporcionada pelo minúsculo acidente geográfico do rio Itabapoana que pouco faltou para um acontecimento fatal.

Essa ilha sobrevive de teimosa, pois em qualquer cheia (de média para grande) do Itabapoana, ela é lavada de ponta a ponta, mas nunca se sentiu abandonada.

REVER BOM JESUS 
(Aos nossos amigos e parentes)

Gedália Loureiro Xavier 

Rever Bom Jesus 
É rever o passado.
Suas praças onde poetas e sonhadores 
Teceram suas canções de amor 
Inebriados pelo perfume das rosas.
O tranquilo e sonolento rio Itabapoana 
De águas turvas pelo correr dos anos 
E seu rolar sinuoso e lerdo 
Com elegantes e suaves curvas.

Rever Bom Jesus 
É falar da ponte sobre o velho rio 
Onde em noites claras
Namorados trocavam juras de amor 
Enquanto a a lua a céu pleno
Refletia sua esplendorosa imagem 
nas prateadas águas.

Rever Bom Jesus 
É rever amigos,
Falar dos dias idos, das nossas vivências 
Na primavera da vida.
É recordar o amigo ausente 
E procurar na face jovem 
Dos seus descendentes, traços 
Tão queridos do nosso passado.

Rever Bom Jesus 
É falar da alegria chegada,
Do ambiente festivo, de música,
Risos e flores,
Da mesa farta, dos amigos, dos parentes,
É falar, por fim, da despedida 
- essa dor sem remédios -
Que faz descer dos nossos olhos 
A lágrima da saudade.

É falar do ADEUS...
É falar de você, povo tão querido.
E dizer, num rasgo de esperança:
                            Até breve... Até mais...

Guaratiba, Rio de Janeiro, RJ, 18/10/1988


Alcyr dos Reis Carvalho e Dora Almeida Baptista Carvalho: Carvalhos da Justiça






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