segunda-feira, 29 de abril de 2024

Biblioteca Municipal clama por ser divulgada

 

Biblioteca Municipal Rogério Figueiredo 

A Biblioteca Municipal Rogério Figueiredo, fundada no dia 14 de agosto de 2009, passa pelo que poderíamos chamar de uma "crise existencial".

Segundo informações, por falta de divulgação, boa parte da população não sabe de sua existência. E, dentre os que sabem, poucos a frequentam. 

O local, contudo, inspira cultura e história. O piso, de tacos de madeira, remete a uma época em que a cultura estava em alta no município. Alcyr dos Reis Carvalho Reis, economista de tradicional família bonjesuense, lá esteve hoje e se recordou de um júri que ocorreu naquele espaço. 

Aliás, uma demanda antiga do JONF (Jornal O Norte Fluminense), é que o município possa promover o resgate de parte nossa rica história relativa a este prédio. Ali havia o antigo Palacete do Malvino, que recebeu Getúlio Vargas Filho, na década de 1940, em noite memorável. Foi ali também que ocorreu o 1º júri de nosso município, onde atuou como advogado de defesa o pai dos ex-governadores Roberto e Badger Silveira, Boanerges Borges da Silveira. Uma parceria com a Associação do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira, permitiria que a entidade produzisse gratuitamente, banners e publicações, que viessem a ilustrar esse período de nossa gloriosa história. O material poderia ficar fixado nas dependências da própria Biblioteca Municipal.

Katia de Araújo Carvalho é a bibliotecária responsável, e atua com o apoio de Vilcineia Pereira da Penha. Recentemente, a prefeitura designou a servidora Maria Catarina Moraes de Souza para colaborar nos trabalhos.

O clamor, contudo, é pela divulgação: "Ninguém conhece a biblioteca!".



Katia de Araújo Carvalho, Vilcineia Pereira da Penha. e Maria Catarina Moraes de Souza


Alcyr dos Reis Carvalho: "me recordo de um júri que ocorreu neste espaco, quando o Fórum funcionava neste prédio"



UM RESGATE DE NOSSA RICA HISTÓRIA QUE PODERIA CONSTAR NO INTERIOR DA BIBLIOTECA 




Palácio de Malvino de Souza Rangel se transformou em Fórum, e recebeu Getúlio Vargas Filho, na década de 1940. Depois, foi demolido para a construção do atual prédio, que não funciona mais como Fórum 


A notícia da visita de Getúlio Vargas Filho a Bom Jesus do Itabapoana, no Palacete de Malvino de Souza Rangel, dada pela jornal A Voz do Povo, na década de 1940


PRIMEIRO BAILE 


Às 22 horas os salões do edifício Rangel, onde teria logar a festa joanina em homenagem ao Dr. Getúlio Vargas Filho, já regorgitavam do que de mais representativo há em nossos círculos de elegância. Tocava um esplêndido conjunto, integrado por exímios musicistas de Campos e Bom Jesus. Ali chegavam, minutos após, os visitantes. Em ligeiras palavras, como de praxe, o Dr. Octacílio de Aquino, secretário da prefeitura, apresentou à sociedade bonjesuense o Dr. Getúlio Vargas Filho que foi carinhosamente saudado por uma forte salva de palmas. E as danças tiveram início, formando o primeiro par o Dr. Getúlio Vargas Filho e a graciosa senhorita Letícia Freitas, levada pelo braço do prefeito Sr. José de Oliveira Borges.

Ornamentado de folhagens o salão principal do edifício, que é onde se instalam os serviços locaes do foro, offereciam aspecto sertanejo. A isso vinha juntar-se a indumentária feminina, toda em chita e de colecção modesta. Trajos de passeio, para os moços, à frente do palacete estalejava a fogueira característica das noites de São João.

A última foto do Palacete do Malvino antes de ser demolido. Sua história, contudo, é para sempre!



Os presentes na despedida do palacete de Malvino: José Borges Filho, Dr. Elcy de Souza, Ronaldo Almeida, Yolle Mello Teixeira, Helvio Almeida, Ronei Almeida, Elói, Filhinho Barreto Loretti, Dr. Sebastião Freire Rodrigues, Dr. Geraldo Batista, Carlos Quintino, Dr. Francisco Batista de Oliveira, Braz Cyrillo (trabalhou na empresa que construiu o novo prédio), Leonides Catharina, Dr Guth Gallo, Dr. Nivaldo Valinho, João Batista Vieira (Bulaia), Dr. Luiz Alberto e Paulinho Lupinha.




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