sexta-feira, 5 de abril de 2019

ENVELHEÇO QUANDO

Rogerio Loureiro Xavier


Olá pessoa amiga e do bem.

Envelheço quando me fecho para as novas ideias e me torno radical. Envelheço quando o novo me assusta. E minha mente insiste em não aceitar. Envelheço quando me torno impaciente, intransigente e não consigo dialogar. Envelheço quando meu pensamento abandona sua casa. E retorna sem nada a acrescentar. Envelheço quando muito me preocupo e depois me culpo porque não tinha tantos motivos para me preocupar. Envelheço quando penso demasiadamente em mim mesmo e consequentemente me esqueço dos outros. Envelheço quando penso em ousar e já antevejo o preço que terei que pagar pelo ato, mesmo que os fatos insistam em me contrariar. Envelheço quando tenho a chance de amar e deixo o coração que se põe a pensar. Será que vale a pena correr o risco de me dar? Será que vai compensar? Envelheço quando permito que o cansaço e o desalento tomem conta da minha alma que se põe a lamentar. Envelheço, enfim, quando paro de lutar!

Roger LX

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