HOSPITAL FARÁ ALTERAÇÃO DA SUA FACHADA HISTÓRICA

 

Victor Pavan, o administrador do Hospital (arquivo)

Em entrevista ao jornal O Norte Fluminense em 2018, Victor Pavan, o administrador do Hospital, afirmou: "Hoje, o hospital é outro, o hospital São Vicente de Paulo renasceu". (https://onortefluminense.blogspot.com/2018/05/com-palavra-o-hospital-primeira-parte.html)

De lá para cá, o nosocômio passou a apresentar um grande desenvolvimento, especialmente a partir da pandemia, em que o São Vicente passou a ser referência regional, recebendo vultosos recursos.

A articulação de Pavan com os políticos constitui evidência decorrente das inúmeras verbas parlamentares recebidas pelo nosocômio.

Um prédio com previsão de heliporto está sendo construído e, como não poderia deixar de ser, a fartura financeira do hospital tem sido festejada por todos e todas.

Ocorre que o sucesso econômico de um empreendimento não pode cegar os observadores  atentos.

O hospital tem uma experiência histórica de ter sido, no passado, uma referência estadual e, tempos depois, quedou-se numa decadência, com uma grave crise financeira.

E isso ocorreu por uma situação simples: total ausência de prestação de contas dos vultosos recursos recebidos, com natural acompanhamento da sociedade.

O Hospital São Vicente de Paulo é uma entidade que completará cem anos de existência no próximo ano e foi construído pela sociedade bonjesuense, que criou o Centro Popular Pro-Melhoramentos para ser responsável juridicamente pelo hospital.

O São Vicente é, portanto, propriedade da sociedade bonjesuense. 

Não obstante isso, nossa comunidade nunca recebeu qualquer prestação de contas dos volumosos valores recebidos.

Nem mesmo os sócios do Centro Popular recebem qualquer prestação de contas.

Quais os valores recebidos pelo São Vicente?

Como estão sendo empregados esses valores?

Ninguém da sociedade bonjesuense sabe!

Não se conhece o motivo pelo qual o Centro Popular Pro-Melhoramentos não apresenta uma prestação de contas a quem de direito, ou seja, à sociedade bonjesuense.

Ao assim agir, procede, até agora, como se fosse proprietário do hospital!

Esse é o contexto através do qual foi determinada a retirada das janelas da fachada quase centenária do prédio do hospital, sob o pretexto de proteção contra a transmissão de infecção hospitalar.

Não se sabe, contudo, o que virá depois da descaracterização da fachada, até porque há notícias de que havia um projeto de demolição da fachada para a construção de novas UTIs.

As janelas quase centenárias do hospital serão desfiguradas sob o pretexto de combate à transmissão de infecção hospitalar