Elcio Xavier e Gedália Loureiro Xavier |
Menino que dormes
Na caixa de neve,
Coberto de flores,
Num leito branquinho...
Menino desperta!
Que sono tamanho!
Não vês por acaso
Que a luz é tão branda?
Menino de barro
Tão frágil, tão frio,
De pernas quebradas
E olhos velados,
Que sina é a tua?
Dormir sempre assim,
Oculto na sombra
Vivendo o passado?!...
Menino! Menino!
Teu sono é tão leve...
Repousa que eu velo
Teus sonhos vividos!
Tu és a imagem
Das cousas perdidas
Que a vida nos rouba
E o tempo destrói.
Bom Jesus, 28/08/44
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